REGIÕES
PORTO: CIRCULAÇÃO AUTOMÓVEL NA AVENIDA DA BOAVISTA “FINALMENTE” RESTITUÍDA
A circulação rodoviária da Avenida da Boavista foi restituída em ambos os sentidos, informou hoje a Metro do Porto, acrescentando que os trabalhos da empreitada do “metrobus” permanecem no corredor central e na Avenida do Marechal Gomes da Costa.

A circulação rodoviária da Avenida da Boavista foi restituída em ambos os sentidos, informou hoje a Metro do Porto, acrescentando que os trabalhos da empreitada do “metrobus” permanecem no corredor central e na Avenida do Marechal Gomes da Costa.
Numa publicação no seu site, a Metro do Porto afirma que “a normalidade na Avenida da Boavista foi restituída, durante o dia de ontem [terça-feira], à população portuense na sua plenitude e antes das festas de São João, conforme havia sido prometido”. Segundo a Metro, a Avenida da Boavista “não só ficou desimpedida de constrangimentos de obra, como foi devolvida com uma série de melhorias”, como novos passeios, sistema de semaforização, sinalização e iluminação.
A circulação rodoviária entre a rotunda da Boavista e a intersecção com a Avenida Marechal Gomes da Costa foi restituída nas duas vias, em ambos os sentidos, continuando a Metro do Porto a trabalhar no corredor central da avenida e na Avenida Marechal Gomes da Costa, nomeadamente na construção das sete estações do “metrobus” (Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império).
Durante os últimos 16 meses, a circulação sofreu diversos impedimentos e alterações de trânsito devido à obra do “metrobus”, que ligará a Casa da Música à Praça do Império. O prazo para a conclusão da obra de concepção e construção do “metrobus” do Porto tem como data limite 23 de Agosto e o primeiro veículo a hidrogénio deverá chegar entre o final de Setembro e início de Outubro, segunda a Metro do Porto. A partir desta quarta-feira, também o acesso à rotunda através da avenida foi retomado, avança a metro.
As condicionantes à circulação na rotunda (Praça Mouzinho de Albuquerque) permanecem até sábado, indicou à Lusa fonte da Metro, acrescentando que a própria rotunda fica desimpedida no dia 20 de Julho, no âmbito da empreitada da Linha Rosa, que ligará São Bento à Casa da Música.
Aquando da apresentação do programa das festividades do São João, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, adiantou que o município estava a tentar distribuir os empresários das diversões que ficariam na Boavista por outras zonas da cidade e a estudar a possibilidade de instalar a roda gigante noutro local. “Temos pena do que se passa na rotunda da Boavista (…) Foi-nos anunciado que tudo aquilo iria estar desimpedido no início do mês, mas basta lá passar para perceber que não vai ser assim”, afirmou Rui Moreira.
Ao contrário de outros anos, a rotunda da Boavista não tem a habitual zona de diversões “devido a constrangimentos logísticos” das obras da Metro do Porto. “A Metro tem-nos surpreendido sempre com o facto de as previsões não baterem certo de qualquer maneira”, referiu então o autarca, defendendo, no entanto, que a cidade tem de viver com os constrangimentos das obras. “Não podemos fazer disso também um drama, a cidade do Porto vai festejar o São João condignamente”, referiu.
Questionado sobre o que aconteceria aos empresários de equipamentos de diversão da Boavista, Rui Moreira afirmou que o município está a tentar distribuí-los por outras zonas da cidade, assim como a estudar a possibilidade de instalar a roda gigante noutro local da cidade. “Estamos a pensar se a conseguimos instalar e onde, não é evidente. De resto, vamos conseguir certamente contentar os empresários, mas não é fácil a substituição de sítio, sobretudo para a roda gigante”, referiu, dizendo que os empresários estão “muito desapontados” por não se instalarem na Boavista.

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BOTICAS: PROVIDÊNCIA CAUTELAR SUSPENDE PROSPEÇÃO DE LÍTIO
Proprietários interpuseram uma providência cautelar contra o Ministério do Ambiente que suspendeu a servidão administrativa que permitia à Savannah Resources fazer prospeções mineiras em terrenos de aldeias de Boticas, foi hoje anunciado.

Proprietários interpuseram uma providência cautelar contra o Ministério do Ambiente que suspendeu a servidão administrativa que permitia à Savannah Resources fazer prospeções mineiras em terrenos de aldeias de Boticas, foi hoje anunciado.
A providência cautelar foi entregue no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela e, em comunicado, a associação Unidos em Defesa de Covas de Barroso (UDCB) explica que o “despacho de admissão suspende todos os trabalhos na área de servidão até decisão futura do tribunal”.
A UDCB disse que esta decisão é tomada ao abrigo do artigo 128.º do Código de Processo nos Tribunais Administrativos (CPTA).
A secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, emitiu um despacho, publicado em 06 de dezembro em Diário da República, que autoriza a constituição de servidão administrativa, pelo prazo de um ano, o que permite à empresa Savannah aceder a terrenos privados para a prospeção de lítio.
Esta decisão foi contestada por proprietários afetados e autarcas.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da UDCB, Nelson Gomes, explicou que foram três proprietários que interpuseram a providência cautelar para travar a servidão, mas que o efeito suspensivo abrange todos os terrenos afetados pela decisão governamental.
A UDCB disse ainda que o Ministério do Ambiente foi notificado durante o dia de quarta-feira e que “está obrigado por lei a cumprir a decisão”.
Por isso, a partir de hoje, segundo referiu, as comunidades de Covas do Barroso e Romainho “estarão no terreno para assegurar a suspensão imediata dos trabalhos e travar um projeto que ameaça o seu bem-estar, as serras e o futuro do Barroso”.
“O tempo da servidão acabou”, pode ler-se no comunicado.
À Lusa Nelson Gomes disse que a providência foi admitida pelo tribunal no dia 30 de janeiro, mas, segundo explicou, só produz efeito a partir do momento em que as partes são notificadas da decisão, o que aconteceu na quarta-feira.
Por isso, frisou, por agora “os trabalhos têm que parar”.
“O nosso objetivo é precisamente travar o projeto porque, neste momento, está a haver uma destruição total quer de terrenos particulares, quer de terrenos baldios. Esta invasão que está a acontecer para nós não faz sentido nenhum, é um processo muito pouco democrático e que não entendemos”, afirmou o presidente da associação.
Após o anúncio da servidão administrativa, em dezembro, a empresa Savannah Resources anunciou poder “retomar o trabalho de campo e as perfurações necessárias” para o estudo definitivo (DFS) e o processo de conformidade ambiental do projeto lítio do Barroso, prevendo concluir estas etapas em 2025.
A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.
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VILA REAL: TEATRO, MÚSICA, DANÇA E CINEMA NA ALDEIA DE BENGOURO
A programação 2025 da iniciativa “Lua cheia, arte na aldeia”, que decorre em Benagouro, Vila Real, inclui a estreia das peças Maria! Não me mates que sou tua mãe, O lobo e Medula, anunciou esta quarta-feira a companhia Peripécia.

A programação 2025 da iniciativa “Lua cheia, arte na aldeia”, que decorre em Benagouro, Vila Real, inclui a estreia das peças Maria! Não me mates que sou tua mãe, O lobo e Medula, anunciou esta quarta-feira a companhia Peripécia.
O ciclo de artes, lançado por esta companhia de teatro em 2014, propõe espetáculos em todas as noites de lua cheia, na aldeia de Benagouro, concelho de Vila Real.
A iniciativa promove o diálogo entre a arte e o espaço rural, oferece mensalmente espetáculos de teatro, música, dança, cinema e outras expressões artísticas e a programação preparada para 2025 inclui a estreia de peças pela Peripécia.
“A programação que fazemos tem em consideração que uma parte do público não está tão habituado à fruição artística e às suas diferentes linguagens, mas, independentemente disso, são propostas em que o interesse e a inovação artística são tidas em conta”, afirma, citado em comunicado, o ator e diretor artístico da companhia, Sérgio Agostinho.
Assim, nos dias 13 e 14 de fevereiro, estreia-se a peça Maria! Não me mates que sou tua mãe!, um conto popular de Camilo Castelo Branco que foi publicado em Portugal, na década de 1840, inspirado num crime real — um matricídio — ocorrido em Lisboa.
O espetáculo insere-se nas comemorações dos 200 anos do nascimento de Camilo Castelo Branco e faz parte do projeto “ContoContigo”, dinamizado pela Peripécia.
O encenador Nuno Pino Custódio disse que a temática desta peça “não está assim tão distante da atualidade”.
“Tal como hoje as fake news moldam perceções e criam realidades alternativas, também a literatura de cordel, ao narrar crimes hediondos com tons moralizantes, reforçava valores e crenças dominantes, promovendo a visão de um mundo dividido entre o bem e o mal”, explica, também citado em comunicado.
O encenador acrescenta que “o impacto emocional era a sua arma, tal como o é agora o choque instantâneo das manchetes manipuladoras e dos discursos alarmistas que alimentam o medo e a polarização”,
Este espetáculo, coproduzido com o Espaço Miguel Torga e o município de Sabrosa, vai percorrer vários espaços culturais da região transmontana.
A segunda estreia acontece em junho, com a Peripécia a colocar em cena O lobo, uma peça que explora a figura do lobo, suas simbologias e problemáticas políticas e ecológicas a nível europeu.
Em novembro será a vez de estrear Medula, outra criação original que reflete sobre a existência na era digital.
Segundo a companhia, a lua de março trará Sítio, da Companhia da Chanca, uma narrativa sobre um casal de idosos que embarca numa aventura poética para enviar presentes ao neto no estrangeiro.
Em abril, o artista Roi Borrallas apresentará Solo, uma performance que funde teatro e circo, maio será marcado pela exibição do filme Montado, o bosque do lince ibérico, de Joaquín Gutiérrez Acha, e, depois, em julho, será a vez de Sin miedo, da companhia Maintomano, uma abordagem sensível sobre o medo e as formas de superá-lo através de acrobacias e elementos cénicos.
Em agosto, a Peripécia revisitará Ibéria – a louca história de uma península, a sua primeira produção, apresentada há 21 anos e, em setembro, contará com Rima, uma performance de novo circo por Alan Sencades e Alvin Yong.
Em outubro, o músico Jordão subirá ao palco para um concerto intimista e o ciclo encerra, em dezembro, com BullDog, uma produção da Janela Aberta Teatro.
“São espetáculos que vão a Benagouro, mas que se podem encontrar nos teatros do Porto, Lisboa ou Madrid. A programação é feita sempre com um grande critério de excelência, nunca baixamos a fasquia”, realçou Sérgio Agostinho.
A Peripécia Teatro foi fundada em 2004 e, em 2007, estabeleceu-se em Vila Real, contando no seu repertório com peças como Vincente, Van e Gogh, Sou do Tamanho do que Vejo, Novecentos. O Pianista do Oceano, Mamã?!, 1325 e o Ensaio dos abutres.
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