REGIÕES
PORTO: DESCENTRALIZAÇÃO PREVÊ CONSTRUÇÃO DE QUATRO NOVOS CENTROS DE SAÚDE
O executivo da Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, com os votos contra do BE e CDU, submeter a deliberação da Assembleia Municipal o auto de transferência de competências na saúde, que prevê a construção de quatro centros de saúde.
O executivo da Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, com os votos contra do BE e CDU, submeter a deliberação da Assembleia Municipal o auto de transferência de competências na saúde, que prevê a construção de quatro centros de saúde.
À margem da reunião privada do executivo, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, destacou que “ao contrário das outras descentralizações, esta era voluntária”, o que permitiu ao município negociar os termos com o Ministério da Saúde e Administração Regional de Saúde do Norte.
“Do nosso ponto de vista, este foi um processo mais virtuoso do que os outros. Como não foi um presente por decreto, permitiu-nos negociar e as negociações chegaram a bom porto”, considerou.
Aos jornalistas, Rui Moreira adiantou estar prevista “uma melhoria” nos edifícios que serão transferidos para a autarquia, a construção de novos centros de saúde e a possibilidade de flexibilizar os horários de funcionamento de algumas unidades, mediante a avaliação de uma comissão criada para o efeito.
De acordo com a informação partilhada pelo município, um levantamento feito pela ARS-Norte identificou a necessidade de realizar 14 “grandes intervenções”, entre as quais quatro “construções de raiz”, nomeadamente em Azevedo de Campanhã, Lordelo do Ouro, Garcia de Orta e Carvalhido-Prelada.
Paralelamente, foi identificada a necessidade de uma “grande obra de reabilitação” em Aldoar e a ser avaliada outra “grande requalificação” em Santos Pousada.
O município deverá também levar a cabo oito requalificações “com diferentes graus de complexidade e valores”: Constituição, Vale Formoso, Foz do Douro, Cedofeita-Carvalhosa, Aníbal Cunha, Lordelo do Ouro (onde atualmente funcionam as duas unidades de saúde familiar, sendo que uma se mantém no edifício e outra será transferida para o edifício a construir), Miguel Bombarda e Covelo.
A descentralização na saúde produz efeitos a 01 de janeiro de 2024, mas “só se pratica de facto com a criação de novos contratos”, esclareceu o autarca, adiantando serem precisos entre três a quatro meses para o município conseguir “desempenhar plenamente” essa tarefa. .
Também aos jornalistas, o vereador Sérgio Aires, do BE, esclareceu que o voto contra se prendeu com o auto de transferência e não com a submissão à Assembleia Municipal, afirmando ter dúvidas relativamente às verbas atribuídas pela tutela.
À semelhança do BE, também a vereadora Ilda Figueiredo, da CDU, disse existir “um nevoeiro muito forte sobre o que vai acontecer no futuro e os encargos que uma situação destas pode trazer”, referindo-se à reabilitação dos edifícios e novas construções.
Pelo PS, o vereador Tiago Barbosa Ribeiro destacou que este foi “um processo bem gerido e dialogado”, considerando que esta descentralização “vai permitir um melhor serviço à população e mais adequado à realidade local”.
Também o social-democrata Alberto Machado considerou que o processo negocial nesta área “protagonizou todos os passos que o PSD entende como certos quando há uns anos os líderes do PSD e PS assinaram o acordo para a descentralização”.
O auto de transferência, cujos encargos serão superiores a 5,2 milhões de euros, será submetido a deliberação da Assembleia Municipal do Porto.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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