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PORTO: FERNANDO ARAÚJO CABEÇA DE LISTA DO PS – LEGISLATIVAS
O antigo diretor executivo do SNS Fernando Araújo vai ser o cabeça de lista do PS pelo Porto nas próximas eleições legislativas, confirmou esta sexta-feira o secretário-geral socialista, que considerou que o médico “inspira confiança e segurança aos portugueses”.

O antigo diretor executivo do SNS Fernando Araújo vai ser o cabeça de lista do PS pelo Porto nas próximas eleições legislativas, confirmou esta sexta-feira o secretário-geral socialista, que considerou que o médico “inspira confiança e segurança aos portugueses”.
“As listas do PSD não surpreendem ninguém. Eles têm Ana Paula Martins, nós temos Fernando Araújo. A saúde é um dos exemplos máximos da incompetência deste Governo em resolver problemas“, respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas à entrada da Futurália, em Lisboa.
Segundo o líder do PS, “Fernando Araújo é uma figura consensual na sociedade portuguesa, inspira confiança e segurança aos portugueses”, o que é preciso na área da saúde.
“O PSD preferiu manter na lista de deputados, isso é um sinal evidentemente, a responsável máxima pelo falhanço na saúde”, acusou, numa referência à presença da ministra da saúde nas escolhas que foram feitas esta semana pelos sociais-democratas.
O nome de Fernando Araújo, que esta semana participou nas sessões temáticas do PS para atualizar o programa eleitoral socialista às legislativas, foi adiantado pela edição desta sexta-feira do Expresso.
Também na Futurália, Pedro Nuno Santos defendeu que a vitória do PSD nas legislativas significaria manter a instabilidade em Portugal, alegando que o país teria um primeiro-ministro “permanentemente ensombrado” por suspeitas.
“A ética é uma dimensão importante, mas a dimensão da estabilidade também. Se, no limite, Luís Montenegro vencesse as eleições, nós teríamos um primeiro-ministro permanentemente ensombrado por suspeitas e por dúvidas e portanto a instabilidade manter-se-ia em Portugal”, disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas à margem de uma visita à Futurália, em Lisboa.
O líder do PS defendeu que esse é um ponto central na atual situação política, considerando é preciso assegurar que, depois das eleições legislativas de 18 de maio, Portugal vai ter “estabilidade e não um primeiro-ministro que continuará ensombrado com suspeitas graves” que, disse, não se resolvem com atos eleitorais.
“Há quem diga que os portugueses não ligam à ética. Eu cá acho que ligam. A dimensão ética é importante, mas tão importante como ela, é a dimensão da estabilidade”, defendeu.
Sobre a presença nas listas do PSD de Hernâni Dias, antigo secretário de Estado que se demitiu devido a uma polémica com uma empresa imobiliária, Pedro Nuno Santos não mostrou qualquer surpresa. “Se Luís Montenegro também está por que é que Hernâni Dias não haveria de estar?”, perguntou.
Questionado sobre as listas do PSD e a presença de vários ministros, o líder do PS escusou-se a comentar em detalhe estas escolhas. “Acho que foram maus ministros e portanto também não vão ser bons deputados. Nós não ganhamos nada com a presença de vários deles nas listas, mas isso é o PSD que se tem que responsabilizar pelas suas escolhas e serão depois confrontados depois com o voto”, disse.
No último da nossa governação a economia crescia mais do que cresceu com a governação da AD, crescia mais o emprego do que cresceu com a AD, crescia mais os salários do que cresceu com a AD. Este governo apresenta a taxa de execução de investimento público mais baixa dos últimos 10 anos. Aquilo que estava bem já esta bem, até melhor há um ano, aquilo que não estava tão bem está hoje pior, como é o caso da saúde”, apontou.
Sobre sondagens que dão PSD/CDS-PP à frente do PS, o secretário-geral socialista desvalorizou e respondeu que “há sondagens para todos gostos” e algumas que dão a vitória ao PS.
Esta semana, depois de participar na sessão setorial sobre SNS que o PS promoveu esta sexta-feira no âmbito no ciclo de debates que está a promover para atualizar o programa eleitoral que vai apresentar às próximas eleições legislativas, Fernando Araújo acusou o Governo de não confiar no SNS nem ter uma visão e um plano para a sua gestão, considerando que o PS acredita neste sistema e nos seus profissionais.
Quanto a integrar as listas de deputados, Fernando Araújo disse então isso era algo que competia ao PS e que o seu trabalho neste momento era contribuir com ideias.
“Estou sempre disponível, como estive noutros períodos, para ajudar o SNS nas funções que eventualmente me solicitam ou peçam. Portanto, estou neste momento até como médico, já estive com funções de dirigente, e contribuirei no futuro, sempre que eu ache que possa trazer algum contributo, por mais humilde que seja, estarei disponível para ajudar o SNS a voltar a ter aquela nova vida que todos nós desejamos, com respostas consistentes para os portugueses”, assegurou.
Quanto à polémica sobre os debates televisivos, Pedro Nuno Santos recordou que, através das redes sociais, já te tinha criticado o que defendeu ser “um traço que caracteriza Luís Montenegro”, ou seja, “fugia dos jornalistas, fugia das respostas e agora foge dos debates”.
“Temos um primeiro-ministro que acha que pode fugir ao debate e isso é grave. Nós não aceitamos, mas nós não vamos fugir aos debates. Não vamos fazer o mesmo que Luís Montenegro. Luís Montenegro quer evitar, quer fugir de alguns debates difíceis para ele”, condenou.
