Ligue-se a nós

REGIÕES

PORTO: ORGANIZADORES DO FANTASPORTO ABSOLVIDOS DE TODAS AS ACUSAÇÕES

O tribunal do Porto absolveu hoje os coorganizadores do festival de cinema Fantasporto Mário Dorminsky e Beatriz Pacheco Pereira, que estavam acusados por peculato, embora os factos tenham sido dados como provados.

Online há

em

O tribunal do Porto absolveu hoje os coorganizadores do festival de cinema Fantasporto Mário Dorminsky e Beatriz Pacheco Pereira, que estavam acusados por peculato, embora os factos tenham sido dados como provados.

Uma terceira pessoa arguida no processo, a irmã de Beatriz, Manuela Pacheco Pereira, que secretariava o festival e a cooperativa promotora, foi igualmente ilibada.

Segundo explicação do tribunal, a não condenação dos arguidos, apesar da factualidade provada, decorre de uma questão de Direito: a de não se poder atribuir aos arguidos a qualidade de funcionário, condição declarada imperativa para a imputação do crime de peculato.

Os dois responsáveis pela cooperativa Cinema Novo, organizadora do festival internacional de cinema, e Manuela Pacheco Pereira foram levados a julgamento no tribunal criminal de São João Novo, no Porto, acusados e pronunciados por apropriação indevida de 2.810 euros relativos a passes livre-trânsito para as edições do Fantasporto de 2012 e de 2013.

Em audiência para produção de prova, em 11 de outubro, o casal que está no centro deste processo assumiu ter recebido numa conta bancária particular conjunta dinheiro de bilhetes do Fantasporto, admitindo tratar-se de “uma asneirada” e de um “disparate”.

Mário Dorminsky disse então ao coletivo de juízes que “toda a área financeira” do festival passava por ele, contando que, “numa conversa de fim de tarde” com a mulher, acertaram que as transferências dos pagamentos dos “cartões de participante” no Fantasporto passariam a ser feitas para a conta titulada por ambos, para despesas e fundo de maneio do festival.

O gestor cultural afirmou que não se aperceberam de que estavam a cometer algo de ilegal, sublinhando que, após uma inspeção tributária, Beatriz Pacheco Pereira devolveu, através de cheque, cerca de 2.700 euros à cooperativa Cinema Novo.

Beatriz Pacheco Pereira confirmou a versão apresentada pelo marido: “É verdade, houve um erro. Lamento profundamente”, declarou, acrescentando que o dinheiro serviu de fundo de maneio para despesas correntes durante o Fantasporto, nomeadamente, com voluntários do festival.

“Gerimos a cooperativa como se fosse uma coisa nossa”, explicou, mas salientou que nunca se apropriou de dinheiro da cooperativa e que, no final do Fantasporto, era feito “o acerto de contas” com a Cinema Novo.

Quanto a Beatriz Pacheco Pereira, frisou que “nada tem a ver” com a situação, sublinhando que esta se limitou a cumprir as instruções.

“Só indicava o NIB às pessoas que pediam”, corroborou Manuela Pacheco Pereira.

Ao contrário do habitual, o acórdão não foi lido pela juiz-presidente do coletivo, mas por uma juiz-ala, pelo facto de um familiar da presidente do coletivo ter sido infetado com covid-19, o que levou a magistrada, como medida preventiva, a não comparecer em tribunal.

REGIÕES

MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Online há

em

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

LER MAIS

REGIÕES

OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Online há

em

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

LER MAIS

MAIS LIDAS