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PORTO: TORRE DE CONTROLO ‘QUASE’ PROVOCA UM ACIDENTE AÉREO NO AEROPORTO

A torre de controlo do Aeroporto do Porto autorizou a aterragem de um avião da Ryanair, quando, simultaneamente, na pista ainda se encontrava um A321neo da SATA pronto para descolar, disseram à agência Lusa fontes aeronáuticas.

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A torre de controlo do Aeroporto do Porto autorizou a aterragem de um avião da Ryanair, quando, simultaneamente, na pista ainda se encontrava um A321neo da SATA pronto para descolar, disseram à agência Lusa fontes aeronáuticas.

Em resposta enviada hoje à agência Lusa, a NAV diz que “teve conhecimento imediato do incidente ocorrido na passada segunda-feira [26 de junho]”, através do sistema de reporte de ocorrências, acrescentando ter informado o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) e a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

Fontes aeronáuticas explicaram à Lusa tratar-se de um “incidente grave, que só não teve outras consequências porque o piloto” do Boeing 737 da Ryanair, proveniente de Barcelona, alertou o controlador para a presença de um outro avião na pista, um A321neo da companhia SATA, que aguardava autorização para descolar rumo a Porto Santo, tendo abortado a aterragem.

“A NAV Portugal procedeu à abertura de uma investigação interna deste incidente, estando neste momento a recolher os elementos necessários para a elaboração do seu relatório”, adianta a empresa responsável pela gestão do tráfego aéreo.

Num relatório final de investigação, divulgado em dezembro de 2022, o GPIAAF concluiu ter havido falhas graves no controlo de tráfego aéreo nos aeroportos do Porto e de Ponta Delgada, que autorizaram descolagens e aterragens quando ainda se encontravam viaturas a realizar inspeção ou manutenção da pista.

No caso do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, o incidente aconteceu na noite de 27 de abril de 2021, quando um Boeing 737-400, de carga, operado pela ASL Airlines Belgium, iniciou a descolagem, no momento em que um veículo ‘follow-me’, “devidamente autorizado a realizar a inspeção da pista, apercebeu-se de uma luz brilhante e questionou a torre sobre a presença de alguma aeronave a alinhar na pista”.

O GPIAAF fez cinco recomendações de segurança à NAV, “cobrindo os aspetos de implementação de sistemas de deteção de incursão de pista fiáveis e independentes da ação humana, revisão das políticas de efetiva supervisão dos controladores e respetivas prerrogativas dos operacionais, revisão de componentes do seu sistema de gestão de segurança e implementação do conceito de sala de controlo estéril”.

Após a divulgação do relatório do GPIAAF, a NAV revelou ter adotado “um conjunto de medidas internas” para “mitigar ao máximo o risco de repetição dos erros que causaram” os incidentes que se verificaram nos dois aeroportos nacionais.

A Lusa questionou a NAV sobre como é que olha para este incidente e se era expectável que viesse a acontecer, depois de ter anunciado a implementação de várias medidas, mas a gestora do espaço aéreo nacional refuta semelhanças e comparações entre o incidente de segunda-feira e o de 27 de abril de 2021.

“As medidas adotadas resultaram de outro tipo de incidente, que não deve ser transposto para este caso em particular. As ocorrências são materialmente distintas e as medidas adotadas no passado ajudaram a robustecer a segurança da operação para aquele tipo de situações, não estando comprometidas pelo sucedido na segunda-feira passada”, sustenta a NAV.

O mesmo entendimento tem a ANAC, o regulador do setor, que, em resposta enviada à Lusa diz que, tecnicamente, o incidente de segunda-feira “não se trata de uma repetição de circunstâncias, mas de uma ocorrência de tipo diferente” da que aconteceu em 27 de abril de 2021, razão pela qual foram classificados em categorias diferente.

Também em resposta enviada à Lusa, o GPIAAF refere que “foi notificado pela NAV Portugal” do incidente de segunda-feira, acrescentando que, “de imediato, iniciou a recolha de informação por forma a sustentar o seu processo de avaliação em curso das circunstâncias da ocorrência”.

Quanto à questão das medidas adotadas pela NAV Portugal e pela ANAC na sequência do incidente de 27 de abril de 2021, este organismo refere que “ambas as entidades estabeleceram um plano de implementação até 31 de dezembro de 2023”.

A este respeito, a ANAC diz que “está a monitorizar” a implementação de diversas medidas por parte da NAV.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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