NACIONAL
PORTUGAL BATE RECORDE COM 7497 NOVOS CASOS DE COVID-19
Portugal regista hoje 7.497 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e mais 59 mortes relacionadas com a covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Portugal regista hoje 7.497 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e mais 59 mortes relacionadas com a covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim hoje divulgado o número de novos casos inclui o somatório de 3.570 casos, decorrentes do atraso no reporte laboratorial, principalmente de um laboratório na região Norte, desde o dia 30 de outubro.
Desde o início da pandemia, Portugal contabiliza um total de 156.940 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.694 óbitos.
Dos 59 óbitos, também o número diário mais elevado desde o início da pandemia, 34 ocorreram na região Norte, 18 em Lisboa e Vale do Tejo, cinco no Centro e dois no Alentejo.
Em relação aos internamentos, o número de pessoas hospitalizadas é de 2.337 (menos 12 do que na terça-feira) e destas 325 (mais cinco) estão em Unidades de Cuidados Intensivos.
As autoridades de saúde têm 65.566 pessoas em vigilância, menos 81 do que na terça-feira.
A DGS contabiliza ainda 65.300 casos ativos, mais 5.081 que nas últimas 24 horas, período em 2.357 doentes recuperaram, totalizando 88.946 desde o início da pandemia.
A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, registando hoje mais 5.183, totalizando 72.875, e 1.206 mortos desde o início da pandemia.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados 1.560 novos casos de infeção, contabilizando a região 63.250 casos e 1.057 mortes.
Na região Centro registaram-se 518 novos casos, contabilizando 13.860 infeções e 333 mortos.
No Alentejo foram registados 120 novos casos de infeção, totalizando 3.031, com um total de 53 mortos desde o início da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 81 casos de infeção, somando 3.032 casos e 29 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados mais nove casos nas últimas 24 horas, somando 388 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou 26 novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 504 infeções, e um óbito até hoje.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 71. 233 homens e 85.707 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.376 eram homens e 1.318 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
Segundo a Direção-Geral da Saúde, os dados por concelho serão atualizados durante esta semana, na sequência da reformulação dos indicadores relativos aos novos casos de covid-19.
A aplicação de medidas de controlo têm por base a incidência cumulativa a 14 dias, que corresponde ao número de novos casos nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes.
“Pretende-se que esta seja a principal métrica utilizada na avaliação de risco de cada concelho para que os cidadãos possam acompanhar a evolução da pandemia nos concelhos”, explica a DGS numa nota de rodapé do boletim.
O confinamento parcial entrou hoje em vigor em 121 concelhos de Portugal continental onde há “risco elevado de transmissão da covid-19”, aplicando-se o dever de permanência em casa, exceto para deslocações autorizadas, como compras, trabalho, ensino e atividade física.
Além de medidas específicas para estes concelhos, a resolução do Conselho de Ministros publicada em Diário da República prolonga a declaração de situação de calamidade em todo o território nacional continental até às 23:59 do dia 19 de novembro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 47,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
NACIONAL
25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL
A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.
A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.
O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.
O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.
De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.
A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.
O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.
Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.
No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.
Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.
Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.
“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.
Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).
A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.
NACIONAL
25 DE ABRIL: A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO
O dia 25 de Abril de 1974 será para sempre o “Dia da Liberdade”. Afinal o que se passou exactamente nesse dia ? Para compreenderes temos aqui um resumo do que realmente se passou nesse dia e da importância que representa para Portugal e para os Portugueses. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
A Revolução de 25 de Abril, também referida como Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.
Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS.
O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de Maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.
Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado como “Dia da Liberdade”.
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