NACIONAL
PORTUGAL: POPULAÇÃO AUMENTOU 0,44% EM 2022 DEVIDO À MIGRAÇÃO
O número de habitantes em Portugal cresceu 0,44% em 2022, em relação ao ano anterior, decorrente de uma variação positiva na componente migratória e pela diminuição na componente natural, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O número de habitantes em Portugal cresceu 0,44% em 2022, em relação ao ano anterior, decorrente de uma variação positiva na componente migratória e pela diminuição na componente natural, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A população residente em Portugal, em 31 de dezembro de 2022, foi estimada em 10.467.366 habitantes”, referiu o INE nos Anuários Estatísticos Regionais, com informação à escala regional e municipal, acrescentando que o número representa um aumento de 0,44% face ao valor estimado para o ano anterior e “um aumento superior em relação à variação ocorrida no ano anterior (+0,26%)”.
Entre 2021 e 2022, as sete regiões NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) II apresentaram um aumento da população residente: Norte (+0,60%), Área Metropolitana de Lisboa (+0,56%), Região Autónoma dos Açores (+0,48%), Algarve (+0,43%), Madeira (+0,22%), Centro (+0,17%) e Alentejo (+0,16%).
Segundo o INE, “o aumento da população residente em Portugal, em 2022, decorreu de uma variação positiva na componente migratória (+0,83%) — mais alta do que a tendência positiva ocorrida no ano anterior (+0,69%) –, atenuada pela diminuição na componente natural (-0,39%) — que se revelou menos intensa face ao ano anterior (-0,43%)”.
A importância da componente migratória para o crescimento global do efetivo populacional “estendeu-se a todas as regiões NUTS II do país, com particular relevância para as regiões do Alentejo e Norte”, com valores acima de mais 0,90%, registando a Área Metropolitana de Lisboa (AML) o crescimento migratório menos intenso (+0,66%).
A componente natural do crescimento populacional registou diminuições em todas as NUTS II do país, tendo o Alentejo (-0,83%), Centro (-0,68%) e região autónoma da Madeira (-0,53%) registado as reduções mais acentuadas e superiores à referência nacional (-0,39%).
Em 143 dos 308 municípios do país (46%), localizados maioritariamente na faixa litoral do continente e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, foi estimado um crescimento populacional efetivo, apontou o INE.
Em 13 municípios do país “a evolução positiva da população decorreu de taxas de crescimento natural e migratório simultaneamente positivas”: Odivelas, Amadora, Loures, Sintra e Vila Franca de Xira (AML), Esposende, Braga, Vizela e Lousada (Norte), Corvo, Lagoa e Ribeira Grande (Açores) e Albufeira (Algarve).
“Nos restantes 130 municípios com aumento populacional a evolução deveu-se exclusivamente a um saldo migratório positivo”, lê-se no estudo.
O efetivo populacional diminuiu, em 2022, em 161 municípios, destacando-se Barrancos (- 2,77%) e Alcoutim (-2,21%) com os decréscimos populacionais mais elevados do país, e 17 registaram um saldo negativo em ambas as componentes demográficas: Resende, Baião, Cinfães, Arouca, Felgueiras, Castelo de Paiva e Guimarães (Norte), Barrancos, Elvas, Portalegre, Campo Maior e Vila Viçosa (Alentejo), Manteigas, Penacova, Sever do Vouga e Guarda (Centro), e Setúbal (AML).
A análise da componente migratória por sub-regiões revela que, em 2022, todas as 25 NUTS III do país obtiveram variações migratórias positivas, com destaque para o Oeste (1,69%), Lezíria do Tejo (1,62%), Alentejo Litoral (1,42%) e Área Metropolitana do Porto (1,31%), com aumentos acima de 1%, enquanto o Tâmega e Sousa (0,11%) apresentou a menor taxa de crescimento migratória.
O movimento migratório apresentou um contributo positivo em 290 dos 308 municípios (94%), destacando-se com crescimentos migratórios superiores a 2%, um conjunto de 22 municípios: 10 no Centro, sobretudo no Oeste, cinco no Alentejo, três no Norte, Corvo (4,02%) — com o maior valor do país –, e São Roque do Pico nos Açores, Castro Marim, no Algarve, e Porto Santo, na região da Madeira.
Segundo o INE, em 2022, a mediana da idade da população residente era de 47 anos ao nível nacional e os 25% de população residente com menor idade tinham até 26,7 anos (1.º quartil) e os 25% da população mais velha tinha 64,2 ou mais anos.
Em 2022, a idade mediana da população residente foi superior à referência nacional (47,0 anos) em 16 das 25 NUTS III e 10 destas sub-regiões apresentavam valores iguais ou superiores a 50 anos, destacando-se o Alto Tâmega com o maior valor mediano (56,6). A Região Autónoma dos Açores (42,7) e a Área Metropolitana de Lisboa (45,0) eram as únicas sub-regiões com idade mediana igual ou inferior a 45 anos.
Os anuários apresentaram também informação sobre construção e habitação, revelando que o valor das vendas de alojamentos familiares situou-se, em 2022, acima do valor nacional (2.219 euros/m2) no Algarve (3.042/m2), na AML (3.013/m2) e Madeira (2.273/m2), e que, no caso das rendas de novos contratos de alojamentos familiares, o valor era superior à referência nacional (9,88 euros/m2) na AML (13,25/m2) e Algarve (10,11/m2).
No turismo, em 50 municípios mais de metade dos hóspedes dos estabelecimentos de alojamento turístico eram não residentes no país, com Machico (86,8%) — valor mais elevado do país –, Santana (82,4%), Calheta (82,1%), Câmara de Lobos (81,6%) e Santa Cruz (81,4%) da região da Madeira, e Lagos (83,0%) no Algarve, a destacarem-se por apresentarem proporções de hóspedes não residentes acima de 80%.
Os resultados totais dos Anuários Estatísticos Regionais relativos a 2022 podem ser consultados na área dedicada aos municípios (dossiês temáticos) em www.ine.pt.
NACIONAL
MORTALIDADE INFANTIL REGRESSOU A NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA – DGS
A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A informação foi avançada à agência Lusa pela diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, a propósito dos relatórios que a DGS divulga esta quinta-feira sobre a mortalidade infantil e materna no período 2017-2021.
“Aquilo que nós conseguimos ver, no caso da mortalidade materna, é que nos últimos dois anos, com análises preliminares, nós conseguimos ver até alguma diminuição e, no caso da mortalidade infantil, (…) uma estabilização, mas conseguimos ver que os níveis observados vão para aqueles níveis que eram os níveis pré-pandemia”, afirmou.
No caso da mortalidade materna, segundo explicou, o relatório incorpora o trabalho desenvolvido pela comissão criada em 2020 para analisar este fenómeno e também os dados recolhidos através do Sistema de Informação de Certificados de Óbito (SICO).
Sobre o trabalho da comissão criada em 2020 para estudar a mortalidade materna, cujo trabalho nunca foi tornado público, Rita Sá Machado explicou essa opção com o facto de tal documento conter “dados muito sensíveis” que poderiam permitir identificação de pessoas.
Quanto a distância entre o período abrangido pelos relatórios divulgados esta quinta-feira pela DGS e os números mais recentes já divulgados, por exemplo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a responsável explicou: “São dois trabalhos distintos: num estamos a falar daquilo que são indicadores simples, olhando para tendências, se os indicadores vão aumentando ou diminuindo. Uma outra coisa foi o que trabalhámos de uma forma detalhada, olhando com uma dimensão mais profunda, com recomendações específicas”.
Os dados divulgados esta quita-feira indicam que após 2015 manteve-se o aumento do numero de mortes maternas, variando entre sete e 17. O valor máximo observado no período em análise verificou-se em 2020, coincidente com a pandemia de covid-19 (17 mortes).
Admite ainda que a aplicação dos respetivos mecanismos de melhoria pode justificar o aumento do número de mortes maternas e do Rácio de Mortalidade Materna (RMM) a partir de 2014, “pelo aumento da sensibilidade e pela diminuição de fenómenos de subnotificação”.
Segundo o relatório, a maioria (51,7%) das mortes maternas no quinquénio 2017-2021 ocorreu em mulheres em menos de 35 anos, apesar do Rácio de Mortes Maternas (que reflete a capacidade do sistema de saúde prestar os cuidados eficazes na prevenção e complicações que ocorrem) é superior nas mulheres com mais de 40 anos de idade.
O documento destaca igualmente a prevalência de carga de doença identificada antes da gravidez, considerando este indicador “de grande relevância”, uma vez que abrange 63% dos casos.
O diagnóstico da obesidade foi o mais prevalente, seguido da hipertensão arterial. Em 33,3% dos casos de morte materna foi identificado um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 25kg/m2 (excesso de peso e obesidade).
A diretora-geral de Saúde sublinha que estas alterações sociodemográficas da população e a carga de doença estão a ter efeitos nas mães e, por isso, defende um acompanhamento das diretrizes emanadas pela DGS e da “própria prestação e organização dos serviços de saúde” para acompanhamento destas mães.
Nas conclusões do relatório, a DGS refere que embora a maioria das mortes maternas ocorra em mulheres portuguesas, o rácio de mortalidade materna (RMM) nas mulheres estrangeiras é superior.
Esta situação leva a responsável da DGS a considerar necessário “um melhor conhecimento dos próprios profissionais que estão no atendimento, para que o processo de atendimento seja mais célebre a algumas destas mulheres [estrangeiras]”.
A este propósito, a DGS recomenda no relatório a elaboração e divulgação de uma circular conjunta sobre procedimentos no atendimento de grávidas de nacionalidade estrangeira.
Questionada sobre se uma possível alteração na Lei de Bases da Saúde que restrinja acesso a cidadãos estrangeiros a casos urgentes ou se o ato for pago, Rita Sá Machado recorda:”uma grávida, quer no seu acompanhamento, quer em qualquer problema que tenha durante a gravidez, é sempre olhado como questões de urgência ou emergência”.
No relatório sobre a mortalidade materna, a DGS recomenda ainda que se assegure que uma grávida não vigiada tem uma consulta num prazo de uma semana após o pedido da unidade de saúde, seja qual for o trimestre da gravidez.
A melhoria da vigilância da saúde das grávidas em condições de risco e com necessidade de vigilância acrescida, garantindo de é encaminhada dos cuidados de saúde primários para consulta específica e ser atendida no praz máximo de duas semanas, são outras das recomendações.
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
- REGIÕES3 semanas atrás
ANACOM E ERC RENOVAM LICENÇAS DA RÁDIO REGIONAL
- DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: BOAVISTA EM ÚLTIMO APÓS DERROTA COM O AROUCA (VÍDEO)
- DESPORTO3 semanas atrás
TAÇA DA LIGA: BENFICA VENCE SPORTING NA FINAL PELA MARCAÇÃO DE PENÁLTIS (VÍDEO)
- DESPORTO3 semanas atrás
TAÇA DA LIGA: JOÃO PINHEIRO NOMEADO PARA A FINAL “SPORTING X BENFICA”
- DESPORTO DIRETO2 semanas atrás
DIRETO: GIL VICENTE FC X FC PORTO (20:30)
- NACIONAL2 semanas atrás
JOSÉ MANUEL MOURA É O NOVO PRESIDENTE DA PROTEÇÃO CIVIL
- DESPORTO DIRETO7 dias atrás
DIRETO: FC PORTO X OLYMPIACOS FC (17:45)
- REGIÕES2 semanas atrás
PORTO: ARRANCAM AS OBRAS NA CIRCUNVALAÇÃO ENTRE CUF E MAGALHÃES LEMOS