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PORTUGUESES APOSTAM NA FACIM – MAPUTO

A Feira Internacional de Maputo (FACIM) é uma tradição para algumas das empresas portuguesas que querem investir em Moçambique, contaram os representantes à Lusa.

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A Feira Internacional de Maputo é uma tradição para algumas das empresas portuguesas que querem investir em Moçambique, contaram os representantes à Lusa.

“O mercado moçambicano continua a ser um mercado que promete. Definitivamente, queremos expandir os nossos serviços”, disse à Lusa Acílio dos Santos Silva, administrador da Jotelar.

A pequena empresa portuguesa, que trabalha com artigos para hotelaria, está em Moçambique há seis anos, tempo suficiente para “conhecer bem” o mercado, mas é expositora na Facim há pelo menos 25 anos.

O principal certame de negócios do país decorre abriu portas na segunda-feira e decorre durante uma semana nos arredores de Maputo.

Com a crise económica, a procura por artigos de hotelaria caiu significativamente, mas a empresa optou por se manter no mercado moçambicano.

“É preciso compreender a dinâmica do mercado e isso sim vai garantir que haja segurança para quem atua em Moçambique”, acrescentou Acílio dos Santos Silva.

A crise ainda não acabou, mas “as coisas estão a melhorar ligeiramente”.

Moçambique atravessou um período conturbado, marcado pela suspensão do apoio externo como resultado de dívidas ocultas do Estado, com depreciação do metical, aumento do custo de vida e redução do investimento estrangeiro.

Ao mesmo tempo, o país sofreu com calamidades naturais, bem como com uma crise política e militar.

O cenário também criou receio para quem está a avaliar possibilidades de investir em Moçambique, como é o caso da Micromil, uma empresa vocacionada para a área da imagiologia e que tem “os olhos postos” no mercado moçambicano.

“Moçambique tem um bom mercado, sobretudo no que respeita à área médica. E nós estamos aqui na Facim porque queremos encontrar parcerias para entrarmos no mercado moçambicano”, disse a diretora de ‘marketing’ da empresa, Suzana Antunes.

Aquela responsável aponta a paz como condição para o desenvolvimento do mercado, lembrando que há muitos empresários na lusofonia que “têm a mesma boa impressão do mercado moçambicano”.

“Penso que não é somente Portugal, são várias as empresas de outros países da lusofonia que querem expandir a sua atuação nas nossas áreas. Mas é preciso que se sintam seguras a todos os níveis”, concluiu.

Portugal está na Facim com cerca 40 empresas, que actuam em áreas como a construção, infraestruturas, energia, educação, saúde, metalomecânica, novas tecnologias, higiene e limpeza, logística e transportes, material eléctrico e consultoria.

A 53.ª edição da Facim, que decorre desde segunda-feira e durante esta semana, junta representações de 1.900 empresas de 28 países nos arredores da capital moçambicana.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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