REGIÕES
PRIMEIRA MULHER A ASSUMIR CARGO DE CAPITÃO DE PORTO TOMOU POSSE
A capitão-de-fragata Mónica Martins, de 46 anos, tornou-se hoje na primeira mulher em Portugal a assumir o cargo de capitão de porto e comandante-local da Polícia Marítima, liderando a capitania da Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
A capitão-de-fragata Mónica Martins, de 46 anos, tornou-se hoje na primeira mulher em Portugal a assumir o cargo de capitão de porto e comandante-local da Polícia Marítima, liderando a capitania da Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
A oficial tomou posse, hoje à tarde, das suas funções nestas localidades do distrito do Porto, que acolhem a maior comunidade piscatória do país, e também uma das zonas balneares mais relevantes da região Norte, reconhecendo “responsabilidade extra” por ser a primeira mulher no cargo.
“Claro que sinto um peso maior nos ombros pelo facto de ser a primeira mulher, e de, por isso, ter muita atenção em cima de mim. Mas, tentarei executar as minhas competências como os meus antecessores. Só tenho de seguir o bom exemplo deles”, disse Mónica Martins, no final da tomada de posse.
A nova comandante da capitania poveira e vila-condense garantiu que o tema da emancipação da mulher no contexto profissional “não é algo” que lhe tenha, até aqui, “merecido grande reflexão”, vendo como “natural” a sua chegada a este cargo.
“Tendo integrado o primeiro curso de mulheres da Escola Naval, é natural que seja pioneira em diversas situações na Marinha. Certamente que mais mulheres, com competência, vão chegar a estes cargos”, analisou.
Mónica Martins, que em 1994 integrou o primeiro grupo de mulheres a entrar na carreira de oficial da Marinha, na Escola Naval no Alfeite, desempenhava funções de comando na Zona Marítima dos Açores, antes de ser destacada para esta nova missão, que a deixou com “particular satisfação”.
“Fiquei muito contente quando soube que tinha sido selecionada para esta capitania. Sinto o peso e também o privilégio de garantir a segurança de uma das grandes comunidades piscatórias do país. Desde o primeiro momento que visitei as cidades senti-me muito bem acolhida”, confessou a nova comandante.
Mónica Martins rende no cargo Bruno Ferreira Teles, que cumpriu a missão nos últimos três anos na Póvoa de Varzim e Vila do Conde, desejando “muitas felicidade” à sua inédita sucessora.
“Que seja tão feliz como eu nestes dois territórios, de onde parto de coração cheio, cheio, com muitas amizades e dívidas de gratidão que nunca conseguirei retribuir a todos os que me ajudaram nesta missão” disse o capitão-de-mar-e-guerra.
A oficializar a rendição do cargo, esteve João Dores Aresta, diretor-geral da Autoridade Marítima e comandante-geral da Polícia Marítima, que destacou o simbolismo desta tomada de posse.
“É de particular importância estarmos na tomada de posse da primeira mulher capitão de porto, pois sublinha a notória e crescente relevância do papel feminino em cargos e profissionais, que dantes estavam apenas direcionadas para homens”, disse o vice-almirante.
João Dores Aresta considerou que este é “um forte indicador das mudanças sociais, culturais e profissionais” que há muito acontecem na Marinha, e mostrou-se convicto que “outros exemplos como estes, em cargos tão ou mais relevantes” vão acontecer na Autoridade Marítima Nacional”.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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