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PRODUÇÃO DE VINHO NO DOURO PODERÁ AUMENTAR 10% NESTA VINDIMA

A produção de vinho na Região Demarcada do Douro poderá aumentar cerca de 10% na próxima vindima, num intervalo estimado entre as 240 mil e as 259 mil pipas, foi hoje divulgado.

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A produção de vinho na Região Demarcada do Douro poderá aumentar cerca de 10% na próxima vindima, num intervalo estimado entre as 240 mil e as 259 mil pipas, foi hoje divulgado.

A previsão de produção para a vindima de 2023 foi apresentada pela Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), que tem sede em Vila Real.

“Aquilo que se perspetiva para este ano é que haja um aumento em relação ao ano passado de cerca de 10%, ou seja, que a previsão esteja acima da média e abaixo do intervalo máximo, que são as 259 mil pipas”, afirmou à agência Lusa o diretor-geral da ADVID, Luís Marcos.

O responsável especificou que se está a falar de um aumento de 10% em relação à colheita declarada do ano passado, que, segundo o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), foi de 233 mil pipas.

A estimativa da ADVID aponta para um intervalo que vai desde uma produção mínima de 222 mil pipas ao máximo de 259 mil pipas, com um valor médio de 240 mil pipas de vinho.

As previsões da ADVID são baseadas no método de pólen recolhido na fase de floração da videira nas três sub-regiões do Douro – Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior – e, por isso, não têm em consideração os fatores pós-florais, que podem alterar o potencial de colheita, como, por exemplo a queda de granizo ou doenças que afetam a vinha.

“É uma previsão que incide maioritariamente sobre aquilo que é o potencial à floração. Este foi o ano em que floração foi a mais precoce desde que temos registos no nosso Observatório Vitícola, desde 2014, o que também condiciona um pouco o potencial de produção”, referiu Luís Marcos.

Isto porque, explicou, o inverno foi chuvoso (dezembro e janeiro), seguindo-se meses secos e um aumento das temperaturas, pelo que a floração da videira ocorreu em finais de abril de forma “rápida e homogénea”, havendo também condições favoráveis para o vingamento da planta.

“Neste momento temos cachos cheios, bagos sãos e com boas condições de desenvolvimento”, salientou.

Em finais de maio e início de junho, houve situações de queda de granizo e de chuva intensa em concelhos como Alijó, Murça, Vila Nova de Foz Côa e Meda, e verificaram-se situações de míldio, o que obrigou à realização de vários tratamentos fitossanitários preventivos.

“Essas chuvas permitiram que as videiras, neste momento, estejam numa situação de conforto moderado. Por outro lado, teve o grande inconveniente de, esses episódios de chuva, serem acompanhados por um lado de granizo e, por outro lado, de uma incidência de doenças, como é o caso do míldio”, referiu.

Luís Marcos lembrou que, “à floração, o Douro estava com valores de ‘stress’ hídrico muito semelhantes a 2022”, ou seja, a sentir as consequências de ausência de precipitação e temperaturas elevadas, mas acrescentou que as chuvas de maio permitiram regularizar o ‘stress’ hídrico para valores normais para a região demarcada.

“Vamos ver como evolui o verão”, apontou, defendendo, no entanto, que é cada vez mais importante haver “uma estratégia de conservação da água”.

As condições meteorológicas que se verificarem nos próximos dois meses, até à vindima, poderão condicionar a produção na região e obrigarão “a uma atenção permanente a um cuidado constante” com a vinha”.

As previsões de vindima são um dos parâmetros avaliados pelo conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) para definir o benefício, ou seja, a quantidade de mosto que cada produtor pode transformar em vinho do Porto.

O interprofissional deverá fixar o benefício ainda este mês. Para a vindima de 2022, o benefício foi de 116 mil pipas (550 litros cada).

A colheita declarada em 2022, na Região Demarcada do Douro, foi de cerca de 233 mil pipas de vinho, uma quebra de 12% comparativamente com o ano anterior e inferior à inicialmente prevista que rondava os 20%.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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