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NACIONAL

PROTEÇÃO CIVIL ALERTA PARA AGRAVAMENTO DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu hoje um aviso à população sobre o agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas, com vento e chuva forte, agitação marítima e queda de neve.

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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu hoje um aviso à população sobre o agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas, com vento e chuva forte, agitação marítima e queda de neve.

Baseada nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a ANEPC alerta para a ocorrência na quarta-feira de períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes, a norte do Cabo Mondego durante a manhã e no litoral Norte, a partir do final da tarde, bem como precipitação persistente nas regiões montanhosas do Minho e Douro-Litoral, podendo exceder os 40 milímetros (mm) em seis horas.

Para o mesmo dia está previsto vento forte, com rajadas até 70 km/h no litoral Norte, que no final do dia podem atingir até 90 km/h no Norte e Centro, associadas a agitação marítima na costa ocidental, a norte do cabo Raso, com ondas de quatro a cinco metros.

Para quinta-feira, a ANEPC avisa para um cenário semelhante, com períodos de chuva, por vezes forte, a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela até ao início da manhã, passando a regime de aguaceiros à tarde, e para a possibilidade de queda de neve acima de 1200/1400 metros de altitude.

As previsões para quinta-feira apontam igualmente para vento forte nas terras altas do Norte e Centro, com rajadas até 100 km/h e agitação marítima forte a sul do cabo Raso, com ondas de cinco a sete metros, podendo atingir os 14 metros de altura.

No que se refere à situação hidrológica no Norte do país, a ANEPC alerta, com base em previsões da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para a bacia do rio Minho, onde o caudal se mantém acima dos 800 metros cúbicos por segundo, “podendo aumentar ligeiramente se houver descargas na barragem de Frieira, enquanto no rio Lima continua o estado de ‘alerta amarelo’ pela possibilidade de aumento das descargas do sistema Alto Lindoso-Touvedo”.

Na bacia hidrográfica do rio Cávado mantém-se o estado de “alerta amarelo” pela possibilidade de aumento das descargas da barragem da Caniçada.

Face à globalidade das previsões, sobretudo de precipitação intensa, vento forte e agitação marítima, a ANEPC avisa para a ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais, por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro, assim como de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras.

Alerta também para a instabilidade de vertentes, conduzindo a deslizamentos e derrocadas motivadas pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais do verão passado ou por artificialização do solo.

A ter em conta também nas próximas 48 horas o piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve, a possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima e ao arrastamento para as estradas de objetos soltos ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, devido ao vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

A ANEPC deixa as habituais recomendações à população para que garanta a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras que estejam suspensas, e especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, devido à queda de ramos e de árvores.

Recomenda também especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, a não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.

Aos condutores é recomendada condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias e para não atravessarem zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas.

NACIONAL

MORTALIDADE INFANTIL REGRESSOU A NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA – DGS

A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A informação foi avançada à agência Lusa pela diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, a propósito dos relatórios que a DGS divulga esta quinta-feira sobre a mortalidade infantil e materna no período 2017-2021.

“Aquilo que nós conseguimos ver, no caso da mortalidade materna, é que nos últimos dois anos, com análises preliminares, nós conseguimos ver até alguma diminuição e, no caso da mortalidade infantil, (…) uma estabilização, mas conseguimos ver que os níveis observados vão para aqueles níveis que eram os níveis pré-pandemia”, afirmou.

No caso da mortalidade materna, segundo explicou, o relatório incorpora o trabalho desenvolvido pela comissão criada em 2020 para analisar este fenómeno e também os dados recolhidos através do Sistema de Informação de Certificados de Óbito (SICO).

Sobre o trabalho da comissão criada em 2020 para estudar a mortalidade materna, cujo trabalho nunca foi tornado público, Rita Sá Machado explicou essa opção com o facto de tal documento conter “dados muito sensíveis” que poderiam permitir identificação de pessoas.

Quanto a distância entre o período abrangido pelos relatórios divulgados esta quinta-feira pela DGS e os números mais recentes já divulgados, por exemplo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a responsável explicou: “São dois trabalhos distintos: num estamos a falar daquilo que são indicadores simples, olhando para tendências, se os indicadores vão aumentando ou diminuindo. Uma outra coisa foi o que trabalhámos de uma forma detalhada, olhando com uma dimensão mais profunda, com recomendações específicas”.

Os dados divulgados esta quita-feira indicam que após 2015 manteve-se o aumento do numero de mortes maternas, variando entre sete e 17. O valor máximo observado no período em análise verificou-se em 2020, coincidente com a pandemia de covid-19 (17 mortes).

Admite ainda que a aplicação dos respetivos mecanismos de melhoria pode justificar o aumento do número de mortes maternas e do Rácio de Mortalidade Materna (RMM) a partir de 2014, “pelo aumento da sensibilidade e pela diminuição de fenómenos de subnotificação”.

Segundo o relatório, a maioria (51,7%) das mortes maternas no quinquénio 2017-2021 ocorreu em mulheres em menos de 35 anos, apesar do Rácio de Mortes Maternas (que reflete a capacidade do sistema de saúde prestar os cuidados eficazes na prevenção e complicações que ocorrem) é superior nas mulheres com mais de 40 anos de idade.

O documento destaca igualmente a prevalência de carga de doença identificada antes da gravidez, considerando este indicador “de grande relevância”, uma vez que abrange 63% dos casos.

O diagnóstico da obesidade foi o mais prevalente, seguido da hipertensão arterial. Em 33,3% dos casos de morte materna foi identificado um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 25kg/m2 (excesso de peso e obesidade).

A diretora-geral de Saúde sublinha que estas alterações sociodemográficas da população e a carga de doença estão a ter efeitos nas mães e, por isso, defende um acompanhamento das diretrizes emanadas pela DGS e da “própria prestação e organização dos serviços de saúde” para acompanhamento destas mães.

Nas conclusões do relatório, a DGS refere que embora a maioria das mortes maternas ocorra em mulheres portuguesas, o rácio de mortalidade materna (RMM) nas mulheres estrangeiras é superior.

Esta situação leva a responsável da DGS a considerar necessário “um melhor conhecimento dos próprios profissionais que estão no atendimento, para que o processo de atendimento seja mais célebre a algumas destas mulheres [estrangeiras]”.

A este propósito, a DGS recomenda no relatório a elaboração e divulgação de uma circular conjunta sobre procedimentos no atendimento de grávidas de nacionalidade estrangeira.

Questionada sobre se uma possível alteração na Lei de Bases da Saúde que restrinja acesso a cidadãos estrangeiros a casos urgentes ou se o ato for pago, Rita Sá Machado recorda:”uma grávida, quer no seu acompanhamento, quer em qualquer problema que tenha durante a gravidez, é sempre olhado como questões de urgência ou emergência”.

No relatório sobre a mortalidade materna, a DGS recomenda ainda que se assegure que uma grávida não vigiada tem uma consulta num prazo de uma semana após o pedido da unidade de saúde, seja qual for o trimestre da gravidez.

A melhoria da vigilância da saúde das grávidas em condições de risco e com necessidade de vigilância acrescida, garantindo de é encaminhada dos cuidados de saúde primários para consulta específica e ser atendida no praz máximo de duas semanas, são outras das recomendações.

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HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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