INTERNACIONAL
RAMZAN KADYROV IGUAL A SI PRÓPRIO: ‘KIEV E NATO ESTÃO DESESPERADOS’
O líder da Chechénia, Ramzan Kadyrov, considerou, esta quarta-feira, que o apelo do Presidente russo Vladimir Putin à mobilização militar parcial colocou “a elite de Kiev e toda a NATO numa situação desesperada”, em mensagem divulgada no Telegram.
O líder da Chechénia, Ramzan Kadyrov, considerou, esta quarta-feira, que o apelo do Presidente russo Vladimir Putin à mobilização militar parcial colocou “a elite de Kiev e toda a NATO numa situação desesperada”, em mensagem divulgada no Telegram.
“Apoio totalmente as decisões tomadas pelo presidente”, indica no texto o líder da república russa do Cáucaso do Norte de larga maioria muçulmana, ao considerar que estas “medidas necessárias, importantes e preventivas” se destinam a proteger a integridade territorial da Rússia.
“Não é segredo para ninguém que nos últimos anos foi travada uma guerra contra a Rússia e da forma mais cruel. Num certo período teve uma forma oculta, mas agora é óbvia para todos”, indica o líder checheno, apontado pelos Estados Unidos como um “homem de mão” de Putin e submetido, como a sua família, a sanções impostas pelo Tesouro (Finanças) norte-americano.
Kadyrov acusa ainda a NATO de planear instalar mísseis e contingentes militares perto da fronteira da Rússia “antes dos acontecimentos do Donbass”, e de “esses mesmos países” fomentarem a instabilidade na região do Cáucaso, operações que considera destinadas ao fracasso.
“Por isso é muito importante terminar a operação especial no Donbass (…) evitar para que o inimigo venha ao nosso país, às nossas cidades, às nossas casas”, sublinha, para além de insistir no “falhanço” da NATO no projeto de expansão até às fronteiras russas e de denunciar o envio de armamento para os “ucraniano-nazis”, utilizado para bombardear a “população civil” do Donbass.
O todo-poderoso líder checheno, cujas unidades têm estado envolvidas em combates em território ucraniano desde início do conflito, acusa o ocidente de ter tentado “destruir a Rússia através da nossa república”, numa referência às guerras travadas neste território durante as presidências de Boris Ieltsin e Vladimir Putin, uma situação que reforça a necessidade de uma mobilização parcial dos reservistas e num cenário que considera comparável.
“Apoio totalmente a decisão do presidente (…). Nós, na República da Chechénia, participamos ativamente nesse processo desde o primeiro dia, mas agora exista uma diretiva do chefe de Estado e vamos cumpri-la a 100%”, conclui Kadyrov, que deixa ainda três mensagens mobilizadoras: “Onde há injustiça nós aparecemos!”, “Poder Ahmat” e “Alá é Grande!”.
Putin anunciou hoje uma “mobilização parcial” dos cidadãos do país, quando a guerra na Ucrânia está quase a chegar ao sétimo mês do conflito, numa mensagem dirigida à nação.
A medida, que entra já em vigor, é justificada com a necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, está pronta a utilizar “todos os meios” ao seu dispor para “se proteger”, declarou Putin, que acusou o Ocidente de procurar destruir o país.
O anúncio de “mobilização parcial” dos russos em idade de combater abre caminho para uma escalada no conflito na Ucrânia.
“Considero necessário apoiar a proposta [do Ministério da Defesa] de mobilização parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram (…) e com uma experiência pertinente”, declarou.
“O decreto sobre a mobilização parcial foi assinado” e entra hoje em vigor hoje, acrescentou Putin, sublinhando “falar apenas de mobilização parcial”, numa resposta a rumores surgidos nas últimas horas sobre uma mobilização geral.
INTERNACIONAL
VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.
De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
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