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INTERNACIONAL

RECORDE DE CALOR DE 2024 EXIGE “AÇÃO CLIMÁTICA INOVADORA” EM 2025 – ONU

A temperatura média dos últimos dois anos excedeu o limite de 1,5°C de aquecimento estabelecido pelo Acordo de Paris, situação nunca antes vista na história moderna, levando o líder da ONU a apelar hoje a uma “ação climática inovadora”.

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A temperatura média dos últimos dois anos excedeu o limite de 1,5°C de aquecimento estabelecido pelo Acordo de Paris, situação nunca antes vista na história moderna, levando o líder da ONU a apelar hoje a uma “ação climática inovadora”.

O ano passado superou 2023 e tornou-se o mais quente da história, com uma temperatura média da superfície global 1,55°C superior (com uma margem de incerteza de ±0,13°C) à média do período 1850-1900, de acordo com uma análise do Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência das Nações Unidas (ONU) que recorreu a seis grandes bases de dados internacionais.

O recorde de calor de 2024, coroando uma “década extraordinária de temperaturas recordes”, segundo a OMM, “requer uma ação climática inovadora em 2025”, apelou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que desde que assumiu o cargo em 2017 fez das alterações climáticas uma das suas prioridades.

O ano de 2024 foi de facto o mais quente alguma vez registado desde que as estatísticas começaram em 1850, sublinhou também hoje o Serviço de Alterações Climáticas (C3S) do Observatório Europeu Copernicus.

Não se espera que 2025 seja um ano recorde, mas o Gabinete Meteorológico Britânico alertou que este ano deverá ser um dos três mais quentes registados no planeta.

Em 2025, ano marcado pelo regresso ao poder de Donald Trump nos Estados Unidos – um cético em relação às alterações climáticas -, os países devem também anunciar os seus novos roteiros climáticos, atualizados de cinco em cinco anos no âmbito do Acordo de Paris.

Mas a redução dos gases com efeito de estufa está estagnada em alguns países ricos, como foi o caso dos Estados Unidos, com apenas -0,2% no ano passado, segundo um relatório independente.

Segundo o Copernicus, só o ano de 2024 – mas também a média dos dois anos 2023-2024 – ultrapassou 1,5°C de aquecimento em comparação com a era pré-industrial, antes da utilização massiva de carvão, petróleo e gás fóssil e do seu impacto profundo no clima.

“É importante enfatizar que um único ano acima de 1,5°C não significa que não conseguimos cumprir as metas de temperatura de longo prazo do Acordo de Paris [alcançado em 2015], que têm décadas de alcance”, observou a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

Mas, segundo frisou o serviço europeu Copernicus, o atual cenário “destaca o facto de que as temperaturas globais estão a aumentar para além do que os humanos modernos experimentaram”.

De facto, o atual aquecimento do clima não tem precedentes em pelo menos 120.000 anos, de acordo com os cientistas.

Por trás destes números já existe uma série de desastres agravados pelas alterações climáticas: 1.300 mortes em junho durante o calor extremo registado aquando da peregrinação a Meca, inundações históricas na África Ocidental e Central, violentos furacões nos Estados Unidos e nas Caraíbas, assim como os devastadores incêndios que lavram atualmente na Califórnia.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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TRUMP AMEAÇA RÚSSIA COM MAIS SANÇÕES SE NÃO HOUVER ACORDO DE PAZ NA UCRÂNIA

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu hoje que, se Moscovo não chegar de imediato a acordo com a Ucrânia, o seu Governo irá impor elevadas tarifas e sanções a tudo o que for importado da Rússia.

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu hoje que, se Moscovo não chegar de imediato a acordo com a Ucrânia, o seu Governo irá impor elevadas tarifas e sanções a tudo o que for importado da Rússia.

“Este é o tempo de tentar um acordo”, escreveu Trump na plataforma Social Truth, assegurando que essa será sempre uma solução de último recurso.

“Não estou a tentar prejudicar a Rússia. Adoro o povo russo e sempre tive uma relação muito boa com o Presidente Putin”, explicou o Presidente norte-americano, aproveitando para pressionar a posição do líder russo, Vladimir Putin, sobre o conflito na Ucrânia.

“Se não chegarmos a um acordo em breve, não terei outra escolha senão impor elevados níveis de impostos, tarifas e sanções a qualquer produto que a Rússia venda aos Estados Unidos, bem como a outros países participantes”, ameaçou Trump.

Apesar de Trump não ter especificado que países podem ser sancionados, a China, o Irão e a Coreia do Norte — que já estão sujeitos a restrições comerciais por parte dos EUA — são os que mais têm apoiado a Rússia, com remessas de equipamento militar ou apoio diplomático em organizações internacionais.

O Presidente dos EUA também apelou diretamente a Putin, dizendo que o fim da guerra beneficiaria a Rússia, dado o estado atual da sua economia.

Apesar da ameaça de tarifas contra a Rússia, o comércio entre os dois países já tinha sido severamente limitado desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Na sequência da invasão russa da Ucrânia, os Estados Unidos impuseram inúmeras sanções contra a Rússia, incluindo restrições ao setor petrolífero e aos principais bancos russos, com o objetivo de isolar Moscovo do sistema financeiro internacional baseado no dólar.

De acordo com os mais recentes dados disponibilizados pelas autoridades norte-americanas, o comércio de bens e serviços entre os Estados Unidos e a Rússia em 2022 atingiu um total estimado de 20 mil milhões de dólares (cerca de 19 mil milhões de euros).

Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas, embora nunca tenha detalhado como o faria.

Contudo, Keith Kellogg, o enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, reduziu recentemente as expectativas, numa entrevista à cadeia televisiva Fox News, falando num período de 100 dias para negociar a paz.

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