Ligue-se a nós

NACIONAL

RELATÓRIO DENUNCIA: QUASE TUDO FALHOU

Quase ninguém é poupado no relatório da Comissão que avaliou as circunstâncias do trágico incêndio de Pedrógão Grande, onde morreram 64 pessoas. Da Protecção Civil ao Governo, passando pelo SIRESP e pelas autarquias, as culpas são repartidas pelos diversos responsáveis no terreno.

Online há

em

Quase ninguém é poupado no relatório da Comissão que avaliou as circunstâncias do trágico incêndio de Pedrógão Grande, onde morreram 64 pessoas. Da Protecção Civil ao Governo, passando pelo SIRESP e pelas autarquias, as culpas são repartidas pelos diversos responsáveis no terreno.

O relatório da Comissão Técnica Independente sobre o incêndio de Pedrógão faz alusão ao facto de o segundo comandante operacional nacional aquando do incêndio de Pedrógão Grande, Albino Tavares ter recomendado aos operadores de comunicações que não registassem mais alertas na fita do tempo.

A decisão é definida como “excepcional” pelo documento, uma vez que contraria as normas recomendadas e que dificulta o apuramento pleno da verdade sobre o que aconteceu.

“É, contudo, excecional que tenha havido uma decisão de Albino Tavares, ordenando ao chefe da sala do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria que os operadores de telecomunicações não deveriam registar mais informações na fita de tempo acerca dos alertas que ali recebiam”, refere o relatório da comissão independente hoje divulgado.

Durante a audição junto da Comissão Técnica Independente, Albino Tavares justificou a sua decisão com “o excesso de informação que era produzida a partir do CDOS de Leiria”.

No entanto, os peritos consideram que este procedimento “contraria toda a doutrina instituída relacionada com o funcionamento do Sistema de Apoio à Decisão Operacional (SADO), que impõe que todas as situações críticas devem, até de forma intempestiva, ficar registadas no sistema, independentemente da determinação operacional associada”.

O relatório destaca também que “esta determinação do COS pode subtrair à fita do tempo do SADO informações que poderiam ser importantes para a compreensão dos acontecimentos na noite de 17 para 18”.

“Pode até admitir-se que, para além das falhas de comunicação provocados pela rede SIRESP, pudessem ter havido pedidos de ajuda veiculadas através de chamadas efetuadas para o Posto de Comando Operacional, mas que não teriam sido registadas. Por este motivo, as informações registadas podem ter impedido que se conheça completamente o que se passou naquele período de tempo, introduzindo uma exceção no procedimento de que deveria ter sido executado de forma inquestionável”, sustenta.

Sistema de combate a incêndios desadequado:

“Não houve pré-posicionamento de forças, nem análise da evolução da situação com base na informação meteorológica disponível”, refere a Comissão, imputando responsabilidades ao Governo por não ter reagido ao alerta especial do Instituto Português de Meteorologia Atmosférica (IPMA) para a região.

Os peritos referem que “a avaliação que deve ser feita relativamente à prontidão das actividades de pré-supressão de incêndios é francamente negativa“, notando que “os postos de vigia para detecção de incêndios mais próximos da ocorrência de Pedrógão Grande não estavam ainda activos”, e que “não havia vigilância móvel armada nem pré-posicionamento de meios de combate em local estratégico, à excepção dos sapadores florestais”.

Fraco investimento na prevenção:

O documento menciona também que Portugal gastou cerca de 6.585 milhões de euros nos últimos 16 anos em incêndios, mas que só 410 milhões de euros foram investidos na prevenção.

Os peritos também sustentam que a ideia de que a maior parte dos incêndios florestais tem origem criminosa é “um mito profusamente difundido pela comunicação social” e “inadvertidamente” aproveitado por alguns políticos, o que contribuiu para uma “desresponsabilização da sociedade”.

Entre as recomendações deixadas ao Governo, a Comissão aponta a necessidade de “transformação progressiva” do Sistema Nacional de Combate aos Incêndios, “aproveitando as suas virtudes e tentando colmatar os seus defeitos”. Também sugere a criação de uma Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais, constituída por unidades que actuem “até ao nível regional/distrital”.

Culpas também são apontadas aos proprietários das casas e aos municípios e entidade concessionárias das vias de comunicação por não cumprirem a legislação quanto às faixas de rede secundária.

A rede secundária inclui faixas de 50 metros em redor das edificações, faixas de 10 metros para cada lado das estradas e de 100 metros à volta dos aglomerados populacionais.

“A promiscuidade entre casas e árvores nestes aglomerados, por incúria ou falta de recursos económicos dos proprietários, cria situações de enorme risco junto às habitações. Nas vias de comunicação, as obrigações das entidades gestionárias e/ou concessionárias não tinham sido cumpridas de acordo com as determinações legais”, refere o documento.

SIRESP falhou, mas não foi o principal culpado:

O relatório também se refere ao sistema de comunicações de emergência SIRESP, apontando que falhou, durante o incêndio, porque se baseia numa tecnologia “obsoleta” que precisa de ser actualizada, mas que não foi o principal responsável pela tragédia.

E até os Centros de Saúde merecem a nota de que “não estão preparados nem equipados” para dar resposta a uma tragédia como a ocorrida durante os incêndios de Junho na região Centro.

Já a GNR é ilibada de responsabilidades, nomeadamente no âmbito das vítimas da chamada “estrada da morte”.

Relatório de Pedrógão Grande arrasa Protecção Civil e não poupa o Governo

O relatório da Comissão Técnica Independente, que foi entregue no Parlamento nesta quinta-feira, realça que a tragédia de Pedrógão Grande resultou de “falha humana”, ou, na verdade, de várias falhas, a começar pelas lacunas da prevenção e terminando nos erros do comando de operações da Protecção Civil.

“As consequências catastróficas do incêndio não são alheias às opções táticas e estratégicas que foram tomadas”, refere o documento de 296 páginas, sustentando que “foi unânime a opinião” de todos os responsáveis no terreno que o posto de comando operacional (PCO) “estava permanentemente superlotado, desorganizado, desorientado, descoordenado, com autoridades políticas a intervirem também nas decisões operacionais”.

A presença excessiva de autoridades e da comunicação social junto do PCO também perturbou o combate ao incêndio, constata o relatório, apontando que entre as 22 horas de 17 de Junho e as 20:50 horas de 18 de Junho foram feitos “11 briefings operacionais” a diversas entidades que se deslocaram ao local, “o que se entende não ser razoável para o bom comando da operação em curso”.

O relatório considera também que, perante a pior e mais fatídica ocorrência no país provocada por um incêndio florestal, se “exigiria a presença dos operacionais mais qualificados, designadamente do Comandante Operacional Nacional (CONAC), que deveria ter mantido a avocação desta operação de socorro”.

“Houve subavaliação e excesso de zelo na análise da fase inicial do incêndio, que contribuíram para que o ataque inicial não conseguisse debater o avanço do fogo”, menciona ainda o documento que refere, igualmente, a inexperiência do comando no terreno.

Ministra da Administração Interna reafirma que não se demite por Pedrógão Grande:

“Não vou pedir a demissão, senhor deputado”, disse Constança Urbano de Sousa ao deputado centrista Nuno Magalhães num debate no parlamento, pedido pelo PSD, sobre o relatório técnico independente sobre os incêndios de junho.

Como o PS e os partidos de esquerda, a ministra afirmou que ainda não foi possível examinar com profundidade o relatório, o que impede um “debate sério”, mas admitiu que houve falhas e que num Conselho de Ministros extraordinário, no dia 21, serão tiradas conclusões.

No debate o PSD pediu por várias vezes que o Governo peça desculpas aos portugueses sobre o que aconteceu em junho passado em Pedrógão Grande, com o CDS-PP a pedir a demissão de Constança Urbano de Sousa.

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, defendeu que, perante as conclusões da comissão independente aos incêndios na região centro e as declarações do primeiro-ministro, a ministra da Administração Interna “já está demitida, só não sabe quando“.

António Costa, em declarações ao jornalistas na conferência de imprensa em São Bento, disse, por sua vez, que assumiria “responsabilidades políticas, se fosse caso disso. Iremos tirar todas ilações que temos a tirar e assumiremos as responsabilidades”.

Já Marcelo Rebelo de Sousa remeteu as declarações para sábado. “O Presidente da República não fala por ter ouvido, tem de ler, e eu não tive tempo para ler“, respondeu, referindo que teve “um dia muito cheio”, mas já tem o relatório, “devidamente impresso”, com “mais de 150 páginas, fora os anexos”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que tenciona começar a ler o documento ainda na quinta-feira e terminar na sexta-feira, porque tem nesse dia, à noite, “um encontro com a associação dos familiares das vítimas” do incêndio de Pedrógão Grande.

“E no dia seguinte estarei a abrir um colóquio que elas organizam”, adiantou, concluindo que espera, no sábado, “estar em condições” de falar sobre o relatório.

NACIONAL

ALERTA: GNR VAI FISCALIZAR TRANSPORTE DE MERCADORIAS ENTRE HOJE E DOMINGO

A Guarda Nacional Republicana (GNR) realiza a partir desta segunda-feira e até domingo uma operação de fiscalização direcionada para o transporte rodoviário de mercadorias, visando a verificação de peso, dimensões e disposição de carga.

Online há

em

A Guarda Nacional Republicana (GNR) realiza a partir desta segunda-feira e até domingo uma operação de fiscalização direcionada para o transporte rodoviário de mercadorias, visando a verificação de peso, dimensões e disposição de carga.

Em comunicado, a GNR adianta que no âmbito da Operação ECR 2023 — “Peso, dimensões e disposição de carga” — vai desenvolver ações de fiscalização em todo o território nacional, visando a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos utentes das vias.

O objetivo é, segundo a GNR, “dissuadir os condutores e as empresas de transporte da prática de atividades ilícitas, promovendo e reforçando a segurança rodoviária“.

A operação decorre no âmbito do Euro Contrôle Route (ECR), um grupo de organismos europeus de fiscalização dos transportes rodoviários, que tem por objetivo melhorar a segurança rodoviária e a sustentabilidade, a concorrência leal e as condições de trabalho no transporte rodoviário.

LER MAIS

NACIONAL

GNR REALIZA A PARTIR DE HOJE A OPERAÇÃO “CENSOS SÉNIOR 2023”

A GNR realiza a partir de hoje a operação “Censos Sénior 2023” que tem como objetivo sensibilizar os idosos para a adoção de comportamentos de segurança e fazer um levantamento das condições em que vive esta população.

Online há

em

A GNR realiza a partir de hoje a operação “Censos Sénior 2023” que tem como objetivo sensibilizar os idosos para a adoção de comportamentos de segurança e fazer um levantamento das condições em que vive esta população.

A operação “Censos Sénior 2023” realiza-se durante o mês de outubro em todo o país e visa através de “um conjunto de ações de patrulhamento e de sensibilização à população mais idosa” sensibilizá-la para comportamentos de autoproteção de segurança e reforçar o sentimento de segurança”, precisa a Guarda Nacional Republicana.

A corporação indica que este conjunto de ações estão enquadradas no âmbito da celebração do Dia Internacional do Idoso, que hoje se assinala, e mobilizam cerca de 400 militares das secções de prevenção criminal e policiamento comunitário da GNR, que vão privilegiar a proximidade junto da população idosa e com maior vulnerabilidade, bem como aqueles que vivem sozinhos ou isolados.

Esta força de segurança sublinha também que estas ações de patrulhamento visam “reforçar os comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco dos idosos em se tornarem vítimas de crimes, nomeadamente em situações de violência, burla e furto”.

A GNR considera que “continua a ser fundamental alertar as pessoas idosas para os procedimentos de autoproteção em situações de violência, burlas, conto do vigário e furto em residências, assim como prevenir comportamentos de risco associados ao consumo de álcool e combater o isolamento social, identificar cuidadores informais e capacitação de adultos para utilização da internet”.

Na edição de 2022 da operação “Censos Sénior”, a GNR sinalizou 44.511 idosos que vivem sozinhos e isolados ou em situação de vulnerabilidade devido à sua condição física, psicológica ou outra que possa colocar em causa a sua segurança.

As situações de maior vulnerabilidade foram reportadas pela GNR às entidades competentes, sobretudo de apoio social, no sentido de fazer o seu acompanhamento futuro.

Vila Real foi o distrito onde foram sinalizados mais idosos com 5.353, seguido da Guarda com 5.243, Viseu com 3.586, Faro com 3.527, Bragança com 3.411 e Beja com 3.346.

Em Lisboa foram sinalizados 1.134 idosos e no Porto com 875, sendo este o distrito com um menor número de idosos identificados.

LER MAIS
JORNAL ONLINE
Jornal Audiência
RÁDIO ONLINE
LINHA CANCRO
DESPORTO DIRETO
GOLOS: BRAGA X SPORTING


GOLOS: PORTO X AROUCA


GOLOS: GIL VICENTE X BENFICA


GOLOS: RIO AVE X PORTO


RÁDIO REGIONAL: SD | HD





RÁDIO REGIONAL VILA REAL




RÁDIO REGIONAL CHAVES




RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA




RÁDIO REGIONAL MIRANDELA



MUSICBOX


WEBRADIO 100% PORTUGAL




WEBRADIO 100% POP-ROCK




WEBRADIO 100% OLDIES




WEBRADIO 100% LOVE SONGS




WEBRADIO 100% DANCE




WEBRADIO 100% BRASIL




WEBRADIO 100% INSPIRATION


PAGAMENTO PONTUAL


KEYWORDS

MAIS LIDAS