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ECONOMIA & FINANÇAS

RENDIMENTO DOS PORTUGUESES EM NÍVEIS DE PRÉ-CRISE

O rendimento disponível ‘per capita’ das famílias portuguesas estava em 2017 abaixo dos níveis de 2008, de acordo com um estudo hoje divulgado pela Comissão Europeia (CE).

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O rendimento disponível ‘per capita’ das famílias portuguesas estava em 2017 abaixo dos níveis de 2008, de acordo com um estudo hoje divulgado pela Comissão Europeia (CE).

No entanto, a edição de 2019 do relatório anual sobre a evolução do emprego e da situação social na Europa (ESDE) mostra que, ao contrário do que aconteceu em território nacional, no geral, o rendimento disponível das famílias ‘per capita’ “ultrapassou os níveis pré-crise de 2008 na zona euro. Esta meta já tinha sido atingida em 2015 na União Europeia (UE) como um todo”.

No entanto, “ainda há oito Estados-membros que não regressaram ao nível de 2008”, de acordo com o ESDE, citando dados de 2017, como é o caso de Portugal, ainda que o país tenha melhorado em alguns indicadores, nomeadamente no emprego e no risco de pobreza.

O relatório destaca que na Grécia este indicador estava cerca de 30% abaixo dos níveis de 2008, no Chipre 15%, em Itália 9%, em Espanha 6% e na Áustria 4%. Portugal está no grupo da Bélgica e Irlanda, cerca de 2% ou menos.

O relatório recordou ainda que estimativas rápidas do Eurostat mostraram que Portugal, Grécia e Roménia apresentaram “descidas significativas” nas taxas de risco de pobreza, enquanto o Reino Unido aumentou ligeiramente, citando dados de 2018.

O ESDE estima que depois de 2017 este indicador tenha melhorado.

Em comunicado, a CE explicou que “à luz das tendências globais a longo prazo, como o envelhecimento, a globalização, a transformação tecnológica e as alterações climáticas, a ESDE de 2019 é dedicada ao tema da sustentabilidade”.

Este trabalho “mostra que a luta contra as alterações climáticas e a preservação do crescimento são indissociáveis”, sendo que a “revisão de 2019 confirma igualmente a expansão contínua da atividade económica da União Europeia (UE), com novos níveis recorde de emprego e uma melhoria da situação social”.

No mesmo comunicado, a Comissária responsável pelo Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade dos Trabalhadores, Marianne Thyssen, disse que “a presente revisão anual revela uma recuperação da economia europeia. Com 240,7 milhões de europeus empregados e um aumento de cerca de 13,4 milhões de postos de trabalho desde o início da Comissão Juncker, a taxa de emprego na UE é a mais elevada de sempre”, garantiu a responsável.

Na mesma nota, a CE garantiu que “a transição para uma economia neutra em termos de carbono aumentará o número de postos de trabalho disponíveis e terá um impacto na estrutura do mercado de trabalho, nas distribuições de postos de trabalho e nas competências necessárias. Espera-se que a transição possa criar, até 2030, 1,2 milhões de empregos adicionais na UE, além dos 12 milhões já previstos”.

LUSA

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PREÇO DO OURO ATINGE NOVO MÁXIMO HISTÓRICO

O preço do ouro, um dos ativos considerados como um refúgio seguro em tempos de incerteza, subiu hoje 0,7% na abertura das negociações, atingindo um novo máximo histórico de 2.087 dólares por onça.

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O preço do ouro, um dos ativos considerados como um refúgio seguro em tempos de incerteza, subiu hoje 0,7% na abertura das negociações, atingindo um novo máximo histórico de 2.087 dólares por onça.

De acordo com dados da Bloomberg recolhidos pela agência de notícias EFE, às 06:15, o preço do ouro está a subir 0,7% para 2.087,41 dólares, embora durante as primeiras horas da manhã tenha chegado a subir para 2.135,39 dólares por onça.

Na sexta-feira, o ouro já ultrapassara o recorde atingido em agosto de 2020, de 2.075 dólares.

No acumulado do ano, o preço do ouro já registou uma valorização de 14,29%.

Um analista da XTB, Joaquín Robles, explicou que o preço do ouro é impulsionado pela fraqueza do dólar norte-americano e pela queda dos rendimentos das obrigações.

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GOVERNO APROVA COMPENSAÇÃO AOS SENHORIOS DE RENDAS ANTERIORES A 1990

O Conselho de Ministros aprovou hoje a compensação aos senhorios para contratos de arrendamento anteriores a 1990 e não submetidos ao Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).

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O Conselho de Ministros aprovou hoje a compensação aos senhorios para contratos de arrendamento anteriores a 1990 e não submetidos ao Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, foi aprovado o decreto-lei que “estabelece o mecanismo de compensação aos senhorios, até ao limite de 1/15 do Valor Patrimonial Tributário do locado, para os contratos de arrendamento para habitação celebrados antes de 18 de novembro de 1990, na sequência da não transição desses contratos para o Novo Regime do Arrendamento Urbano”.

Na terça-feira, associações de proprietários e inquilinos referiram que o Governo tinha afastado, numa reunião do Conselho Nacional de Habitação, atribuir uma compensação aos senhorios de rendas anteriores a 1990.

Em 22 de novembro, tinha sido divulgado um estudo sobre os contratos de arrendamento não submetidos ao Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), divulgado pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) em conjunto com o relatório sobre o Arrendamento Habitacional em Portugal, e que visou caracterizar o número de famílias com as chamadas rendas antigas (anteriores a 1990) e contribuir para estimar os montantes necessários para concretizar os apoios a esta tipologia de contratos.

O documento apresentava os cálculos para vários cenários, em função de medidas contempladas na legislação: o pacote Mais Habitação e o decreto-lei que em 2015 preconizava o subsídio a atribuir aos inquilinos com menores rendimentos, mais idosos ou com deficiência, após terminar o regime transitório.

De acordo com o estudo, o valor do apoio previsto no pacote Mais Habitação que entrou em vigor em outubro deste ano e trava a transição para o NRAU das chamadas rendas habitacionais antigas, seria mais elevado ou mais baixo em função da solução a ser adotada.

Apontando os dados para a existência de 124.083 contratos de arrendamento habitacional anteriores a 1990 (no total são 151.620, aos quais foram subtraídos os 27.537 alojamento que são propriedade de uma entidade pública ou de organização sem fins lucrativos) a compensação poderia ascender a uma despesa mensal de 54,5 milhões de euros ou 653 milhões de euros por ano, assumindo que esta corresponde à diferença entre o valor médio das rendas atuais e uma renda definida com base no valor mediano do metro quadrado dos novos contratos de arrendamento.

Já se esta metodologia fosse aplicada, mas considerando um teto de 80% ao valor mediano do metro quadrado dos novos contratos de arrendamento (publicado pelo Instituto Nacional de Estatísticas), então a despesa mensal com esta medida seria de 39,8 milhões de euros (477,8 milhões de euros por ano).

O estudo considerava ainda um outro cenário, tendo em conta o disposto no diploma do Mais Habitação, apontando, neste caso, para um custo mensal de cerca de 2,2 milhões de euros por mês (26,6 milhões de euros por ano).

Neste segundo cenário, o valor foi calculado assumindo-se que o inquilino paga uma renda de acordo com as taxas de esforço previstas na lei (em função do rendimento anual bruto corrigido — RABC do agregado familiar) e uma compensação ao senhorio no remanescente para 1/15 avos do valor patrimonial tributário da casa, quando este for superior àquele.

Este estudo, cuja realização estava prevista no Orçamento do Estado para 2022, foi elaborado pelo observatório da Habitação, do Arrendamento e da Reabilitação Urbana (OHARU), através de uma parceria entre a PlanAPP, em colaboração com o INE e a Autoridade tributária e Aduaneira (AT).

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