ECONOMIA & FINANÇAS
RISCO DE POBREZA AFECTAVA QUASE DOIS MILHÕES DE PESSOAS EM 2018
O risco de pobreza afetava 1,8 milhões de pessoas em Portugal em 2018, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje publicados, a propósito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
O risco de pobreza afetava 1,8 milhões de pessoas em Portugal em 2018, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje publicados, a propósito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
“Em Portugal, 17,2% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2018, menos 0,1 pontos percentuais do que em 2017 e menos 2,3 pontos percentuais do que em 2013 e 2014”.
No entanto, a proporção de pessoas em risco de pobreza em Portugal é superior ao valor obtido para a União Europeia (28 países), com diferenças mais expressivas em 2013 e 2014.
“Entre os vários grupos populacionais, em Portugal são as crianças que, com maior frequência, são afetadas pelo risco de pobreza: Em 2018, 18,5% da população com menos de 18 anos vivia em condições de pobreza, face a 16,9% da população em idade ativa e 17,3% da população idosa”, precisa o INE no documento que contém os indicadores para Portugal relativos ao período 2010-2019.
De acordo com os resultados apurados para o período em análise, o risco de pobreza para as crianças foi particularmente elevado entre 2012 e 2014 (com proporções de 24,4%, 25,6% e 24,8%).
O risco de pobreza afeta homens e mulheres de forma distinta, mas com diferenças menores do que as registadas entre grupos etários. Em 2018, por exemplo, 17,8% das mulheres e 16,6% dos homens eram pobres.
“O risco de pobreza continua a atingir uma percentagem considerável de pessoas empregadas (10,8% em 2018) ou reformadas (15,2% no mesmo)”, afirmam os técnicos do INE.
Apesar de a população desempregada ter continuado a diminuir, o aumento da linha de pobreza em 2018 refletiu-se “num novo aumento do risco de pobreza para a população em situação de desemprego: de 45,7% em 2017 para 47,5% em 2018”.
Apenas a Área Metropolitana de Lisboa tinha uma taxa de risco de pobreza “significativamente inferior ao valor nacional” (13,3%), menos 3,9 pontos percentuais do que o risco de pobreza nacional (17,2%).
Em contrapartida, as regiões autónomas dos Açores e da Madeira registavam taxas de risco de pobreza de 31,8% e 27,8%, respetivamente, “bastante superiores ao valor nacional”.
A importância das despesas públicas em educação, saúde e proteção social, considerados serviços essenciais, no total das despesas públicas nacionais, é um indicador do esforço de cada país no apoio ao desenvolvimento e manutenção dos meios adequados para proporcionar bens e serviços básicos à população.
O peso relativo destas despesas atingiu o seu valor máximo em 2016 (64,6%), registando em 2018 um valor próximo (64,3%).
“Entre 2010 e 2018, este indicador registou valores sempre superiores na UE28, face a Portugal, e observou um crescimento continuado, interrompido em 2017 e 2018. À semelhança do que sucedeu em Portugal, no período em análise, a proteção social constituiu o serviço essencial com maior peso relativo (em média, 40,0% da despesa pública total na UE28 e 37,6% em Portugal”, refere o INE.
Em setembro de 2015, a assembleia geral das Nações Unidas adotou a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, abrangendo 17 objetivos e 169 metas para cobrir preocupações sociais, económicas e ambientais em todo o mundo.
Para Portugal, ao nível de cobertura por objetivo, o INE destaca positivamente os ODS 3 (Saúde de Qualidade), 7 (Energias Renováveis e Acessíveis) e 9 (Indústria, Inovação e Infraestruturas), com mais de 80% dos indicadores disponíveis.
“No lugar oposto do espetro situa-se o ODS 13 (Ação Climática), com apenas 12,5% dos indicadores disponíveis para a monitorização do respetivo progresso”, lê-se no relatório que acompanha os dados recolhidos e tratados estatisticamente.
ECONOMIA & FINANÇAS
MEDIA CAPITAL: DEPOIS DE PREJUÍZOS VOLTA AOS LUCROS EM 2023
A Media Capital registou um lucro de 319 mil euros no ano passado, o que compara com prejuízos de 12,1 milhões de euros em 2022, divulgou hoje a dona da TVI.
A Media Capital registou um lucro de 319 mil euros no ano passado, o que compara com prejuízos de 12,1 milhões de euros em 2022, divulgou hoje a dona da TVI.
“No ano de 2023, o grupo Media Capital atingiu um resultado líquido positivo de 0,3 milhões de euros, representando uma franca recuperação face aos resultados negativos registados nos anos anteriores e em particular em 2022, de 12,1 milhões de euros”, refere a Media Capital, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Corrigido do efeito das provisões, imparidades de direitos e reestruturações, o resultado líquido ajustado atingiu 1,5 milhões de euros, representando um aumento de 5,6 milhões de euros face a 2022”, lê-se no documento.
Os rendimentos operacionais da dona da TVI ascenderam a 150,9 milhões de euros no ano passado, “cerca de 1% acima do registado” em 2022, impulsionado “essencialmente pelo desempenho do segmento de produção audiovisual, no qual se verificou um acréscimo de 25%”.
Já os rendimentos de publicidade sofreram uma queda de 4% “para 98,7 milhões de euros, decorrente da redução registada no mercado publicitário na televisão de canal aberto”, enquanto se registou “um crescimento nos rendimentos de publicidade” nos canais pagos (‘pay-tv’), “que atingiram um crescimento de 30%, fruto também dos bons resultados de audiência”, lê-se no comunicado.
Os outros rendimentos operacionais subiram 11% para 522 milhões de euros, “resultado do desempenho no segmento de produção audiovisual e na venda de conteúdos”.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) consolidado ajustado de gastos líquidos com provisões e reestruturações atingiu 10,4 milhões de euros, mais 75% que um ano antes.
“Este crescimento é o reflexo do contributo positivo dado por todos os segmentos de negócio”, refere a Media Capital.
ECONOMIA & FINANÇAS
NÚMERO DE DESEMPREGADOS INSCRITOS SOBE 6% EM MARÇO PARA 324.616
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
No fim de março, estavam registados 324.616 desempregados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas, mais 18.459 (6,0%) do que no mesmo mês do ano anterior, mas menos 6.392 (-1,9%) em comparação com fevereiro, indica o IEFP.
Para o aumento homólogo global, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (19.204) nos centros de emprego, os que procuram um novo emprego (17.029) e os detentores do ensino secundário (16.365).
A nível regional, em março, com exceção dos Açores (-11,0%) e da Madeira (-20,3%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado na região do Algarve (+14,4).
Já face mês anterior, o IEFP indica que, com exceção da região de Lisboa e Vale do Tejo, “a tendência é de redução do desemprego com a maior variação a acontecer na região do Algarve (-18,5%)”.
Considerando os grupos profissionais dos desempregados registados no continente, o IEFP destaca os “trabalhadores não qualificados” (27,5%), os “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (20,3%), o “pessoal administrativo”(11,9%) e “especialistas das atividades intelectuais e científicas” (10,2%).
Relativamente ao mês homólogo, “observa-se um acréscimo no desemprego, na maioria dos grupos profissionais, com destaque para os “operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (+11,8%) e “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (9,7%).
O IEFP salienta, por sua vez, a redução do desemprego nos “agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, pesca e floresta” (-3,3%).
Ao longo do mês de março inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 44.387 desempregados, menos 7,8% em termos homólogos e uma redução de 8,3% face a fevereiro.
As ofertas de emprego recebidas ao longo do mês totalizaram 11.087 em todo o país, um número inferior ao do mês homólogo em 24,8% e superior face ao mês anterior em 22,2%.
As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo de março no continente, foram as “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (24,1%), o “alojamento, restauração e similares” (18,7%), o “comércio por grosso e a retalho” (11,2%) e a “administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social”(7,2%).
As colocações realizadas em março totalizaram 8.312 em todo o país, menos 8% face ao mesmo mês do ano passado e mais 23,4% em cadeia.
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