NACIONAL
RUI MOREIRA FAZ DURAS CRÍTICAS À ANMP
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, criticou hoje a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), considerando que não competia a esta entidade “caucionar politicamente um acordo com o qual os municípios não estavam de acordo”.
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, criticou hoje a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), considerando que não competia a esta entidade “caucionar politicamente um acordo com o qual os municípios não estavam de acordo”.
“À ANMP não lhe competia caucionar politicamente um acordo com o qual os municípios não estavam de acordo. É uma questão política, não é uma questão legal. Com certeza que sendo lei, todos nós vamos cumprir, questão diferente tem a ver com a legitimação”, disse o autarca independente, no final de uma audiência com o Presidente da República.
A Câmara do Porto aprovou hoje, com os votos contra do PS e PSD, a moção do presidente do município para desvincular a autarquia das decisões da ANMP, devido ao acordo de descentralização feito com o Governo.
Falando aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, onde foi recebido pelo Presidente da República, Rui Moreira criticou a forma como a descentralização de competências para os municípios está a decorrer e afirmou que “a descentralização decorrerá apenas de uma decisão política, à qual os serviços pertinentes devem dar seguimento”.
“Para haver descentralização, é preciso haver vontade política, têm de ser decisões dos políticos, e depois os serviços técnicos e a administração têm de cumprir aquilo que os políticos decidem. De outra maneira, estamos a inverter o processo e assim nunca nada será descentralizado”, salientou.
Um dos exemplos referidos pelo líder do executivo municipal do Porto é a passagem da sede do Infarmed para o norte do país, considerando que este “é um processo estranho”.
Rui Moreira afirmou que foi confrontado com “uma posição política do Governo de descentralizar o Infarmed” e que “naturalmente o presidente da Câmara do Porto mais não teria do que dar todo o auxílio para que o Infarmed tenha todas as condições para se instalar” na cidade.
O autarca apontou que, “pelos vistos, aquilo que resultou depois disso foi um conjunto de constrangimentos de ordem também administrativa” e que, deste modo, o país “nunca mais” vai “descentralizar nada”, uma vez que “não há poder”.
Este processo não se faz “passando apenas tarefas para as autarquias, e o Infarmed é o exemplo paradigmático do que nós tememos que venha a suceder com todo este pacote da descentralização”, rematou.
Outro das críticas apontadas pelo autarca portuense prende-se com os vistos do Tribunal de Contas, que “tardam” e não permitem aos municípios concretizar as obras com que se comprometem, dentro dos prazos estipulados, uma matéria que “bastaria simplificar”.
Questionado sobre a saída da autarquia da ANMP, Rui Moreira respondeu que essa é uma matéria que “está em aberto” e que a moção aprovada hoje “não é um recuo, é um primeiro passo”.
“Devemos começar por dizer à ANMP que não nos sentimos representados, que não entendemos que possa, sem nos consultar, assumir compromissos por nós”, sublinhou.
“Todos os municípios se entenderam sobre a base em que devia decorrer a descentralização”, referiu, acrescentando que “era bom que se fosse retomar esse caminho e não se tentasse o caminho simples de fazer um acordo com o PSD, que deu uma carta-branca para que o Governo com a ANMP fizesse um acordo em que os princípios defendidos [na cimeira] em Sintra, que tinham sido anunciados com pompa e circunstância, não estivessem lá contemplados”.
O autarca referiu, contudo, que não planeia solicitar uma audiência com o primeiro-ministro para discutir o assunto.
LUSA
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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