INTERNACIONAL
RÚSSIA, IRÃO, COREIA DO NORTE E CHINA NA ORIGEM DOS CIBERATAQUES MAIS EFICAZES
O nível de eficácia dos ciberataques por entidades estatais teve um aumento de 20% para 40% em apenas um ano, sendo os principais autores Rússia, Irão, Coreia do Norte e China, segundo um relatório hoje divulgado pela Microsoft.

O nível de eficácia dos ciberataques por entidades estatais teve um aumento de 20% para 40% em apenas um ano, sendo os principais autores Rússia, Irão, Coreia do Norte e China, segundo um relatório hoje divulgado pela Microsoft.
O estudo da defesa digital da Microsoft, que cobre o período entre julho de 2021 e junho de 2022, revela que, desde fevereiro deste ano, assiste-se ao começo da “guerra híbrida”, marcada pelos ataques físicos e digitais da Rússia contra a Ucrânia.
Houve um aumento da eficácia dos ataques, devido principalmente aos avanços da Rússia na tentativa de destruição das infraestruturas da Ucrânia e espionagem aos países aliados, incluindo aos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha e Suíça.
A Rússia foi origem de 90 por cento dos ataques detetados no ano passado visando países da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), sendo que 48% desses ataques comprometeram empresas de tecnologias de informação (TI), de acordo com o relatório da Microsoft.
Irão, Coreia do Norte e China foram também dos principais atores de ciberataques, tendo como objetivo a recolha de informação, interrupção de processos e serviços, roubo de criptomoedas ou destruição de dados e obtenção de receitas.
Entre julho de 2021 e junho de 2022, a Microsoft afirma ter bloqueado 37 mil milhões de ameaças por correio eletrónico e 34,7 mil milhões de ameaças de roubo de identidade. Os principais setores afetados pelos ataques detetados pela Microsoft são as TI, ONG e grupos de reflexão, educação, governos, finanças, meios de comunicação, serviços de saúde, transportes, organizações intergovernamentais e comunicações.
O relatório mostra também que continuam a aumentar os ataques de ‘ransomware’, um ‘software’ malicioso utilizado por cibercriminosos, e ‘phishing’ (roubo de dados).
Só no último ano, foram registados, por segundo, cerca de 921 ataques a ‘passwords’, um aumento de 74% face ao ano anterior.
Muitos destes resultaram em ataques que afetaram setores como a indústria, saúde, retalho, educação, energia, finanças, governos e TI.
Tal como os ataques de ‘ransomware’, as mensagens de correio eletrónico de ‘phishing’ também aumentaram, com a Microsoft a detetar cerca de 710 milhões destas mensagens bloqueadas por semana.
Apesar dos temas da covid-19 terem sido menos prevalecentes do que em 2020, a guerra na Ucrânia motivou novas estratégias de ‘phishing’, desde o início de março de 2022, com mensagens de correio eletrónico de organizações falsas solicitando doações em criptomoedas, alegadamente para apoiar cidadãos ucranianos.
O estudo da Microsoft teve com base mais de 43 triliões de sinais diários.

INTERNACIONAL
QUASE 30% DOS TRABALHADORES DOS SERVIÇOS ESSENCIAIS SÃO MAL PAGOS – OIT
Quase 30% dos trabalhadores dos serviços essenciais, no mundo, como os que estiveram na linha da frente na pandemia de covid-19, são mal pagos, recebendo em média menos 26% face aos restantes trabalhadores, segundo a OIT.

Quase 30% dos trabalhadores dos serviços essenciais, no mundo, como os que estiveram na linha da frente na pandemia de covid-19, são mal pagos, recebendo em média menos 26% face aos restantes trabalhadores, segundo a OIT.
De acordo com as principais conclusões do “World Employment and Social Outlook (WESO) 2023 – O valor do trabalho essencial” da Organização Internacional do Trabalho (OIT), os países devem melhorar as condições laborais e os rendimentos destes trabalhadores que estão em áreas como a saúde, segurança, alimentação, transportes ou limpezas.
Nos 90 países analisados pela OIT com dados disponíveis, mais de metade (52%) do emprego é realizado por trabalhadores essenciais, embora em países de elevado rendimento, a proporção seja menor (34%).
Segundo o relatório, em todo o mundo, 29% destes trabalhadores são mal pagos, ou seja, recebem menos de dois terços do salário médio por hora.
Em média, os trabalhadores essenciais ganham 26% menos do que os outros trabalhadores e apenas dois terços dessa diferença se deve à educação e à experiência, realça a OIT.
No setor alimentar, a proporção de trabalhadores essenciais com baixos salários é particularmente elevada, situando-se nos 47%, e nos setores da limpeza e saneamento é de 31%.
Estes setores empregam uma grande proporção de imigrantes, especialmente em países de elevados rendimentos.
O estudo indica ainda que perto de um em cada três trabalhadores essenciais tem contrato temporário, embora existam diferenças consideráveis entre países e setores, com a indústria alimentar a registar 46% de trabalhadores temporários.
Nos países com rendimentos baixos, mais de 46% dos trabalhadores essenciais trabalham muitas horas, sendo as jornadas longas mais frequentes no setor dos transportes, onde 42% dos trabalhadores essenciais exercem funções mais de 48 horas semanais.
Uma parte substancial dos trabalhadores essenciais de todo o mundo também tem horários irregulares ou jornadas reduzidas e apenas 17% têm proteção social.
Para garantir a continuidade dos serviços essenciais durante futuras pandemias ou outras crises, a OIT recomenda um maior investimento em infraestruturas, capacidade produtiva e recursos humanos nestes setores chave.
“A falta de investimento, especialmente nos sistemas de saúde e alimentação, contribui para um défice de trabalho decente que prejudica tanto a justiça social como a resiliência económica”, realça a organização.
Entre as medidas a tomar pelos diferentes países, a OIT defende que os sistemas de saúde e segurança no trabalho abranjam todos os setores e trabalhadores.
A organização defende ainda a melhoria das remunerações dos trabalhadores essenciais, para reduzir a diferença salarial face aos outros trabalhadores, nomeadamente através de salários mínimos negociados ou estatutários.
Devem ainda ser garantidas jornadas de trabalho seguras e previsíveis através de regulamentação, incluindo negociação coletiva, e adaptar os quadros jurídicos para que os trabalhadores estejam abrangidos por proteção social.
INTERNACIONAL
HACKERS RUSSOS ATACAM SITE DO PARLAMENTO FRANCÊS
A página de Internet da Assembleia Nacional Francesa está bloqueada desde esta manhã devido a um ataque reivindicado pelo grupo de piratas informáticos pró-Rússia NoName, em resposta ao apoio da França à Ucrânia.

A página de Internet da Assembleia Nacional Francesa está bloqueada desde esta manhã devido a um ataque reivindicado pelo grupo de piratas informáticos pró-Rússia NoName, em resposta ao apoio da França à Ucrânia.
A página do Parlamento francês revela agora a indicação de que está “em manutenção” devido a ter sido alvo de um ataque de “negação de serviço” (quando um número muito elevado de pedido de acessos a leva à saturação).
O ataque informático já foi reivindicado pelo grupo de hackers pró-russos NoName057(16), que numa mensagem na rede social Telegram justificou o ato pelo apoio que a França tem dado à resistência ucraniana perante a invasão russa.
“Decidimos repetir a nossa recente viagem à França, onde os protestos contra Macron, que decidiu não se importar com os franceses e continua a servir os neonazis na Ucrânia, não estão a acalmar”, escreveu o grupo no canal Telegram.
Este grupo de piratas informáticos também reivindica um ataque contra a página online do Senado, por enquanto sem efeito visível.
O grupo NoName é um dos cerca de 80 movimentos de hackers pró-Rússia que visam instituições em países que apoiam a Ucrânia, incluindo países da Europa Ocidental, explicou Nicolas Quintin, analista-chefe da equipa de análise de ameaças da organização Thales, que reúne cerca de 50 especialistas em todo o mundo.
A França, um dos seus alvos regulares, sofreu vários desses ataques recentemente: na semana passada, os piratas informáticos bloquearam a página de Internet Aeroportos de Paris e a página da Direção Geral de Segurança Interna.
O NoName, estabelecido em março de 2022, que comunica em russo e inglês, realiza ataques de “negação de serviço”, um modelo básico de ataques cibernéticos.
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