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INTERNACIONAL

RÚSSIA “PREPARA” A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL

Comunicação Social russa alerta para conflito global por causa da Síria. As autoridades russas estão a preparar abrigos antinucleares em Moscovo, noticiou a principal estação de televisão da Rússia, referindo que a “terceira guerra mundial já começou” por causa do conflito na Síria. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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RÚSSIA "PREPARA-SE" PARA A 3ª GUERRA MUNDIAL

A menos de 48 horas das negociações sobre o cessar-fogo na Síria e em plena crise diplomática entre Paris e Moscovo, a agência France Presse refere que o apresentador do Rússia 24 – o principal canal de televisão de notícias do país – afirmou que as baterias antiaéreas russas na Síria vão “abater” aviões de guerra norte-americanos.

Na mesma emissão, o canal de informação estatal difundiu uma reportagem sobre a preparação de abrigos antinucleares em Moscovo.

Por outro lado, em S. Petersburgo, o jornal Fontanka, através da internet, indica que o governo russo se prepara para racionar o pão “por causa de uma futura guerra”, apesar de as autoridades afirmarem que pretendem apenas proceder à regulação do preço da farinha.

Segundo a France Presse, as estações de rádio russas lançaram, esta semana, o debate sobre os “exercícios de defesa civil e mobilização” que fazem parte dos programas do Ministério das Situações de Emergência e que prevê também planos de evacuação e de combate a incêndios.

Em Moscovo, sublinha a agência de notícias francesa, são inúmeras as pinturas murais “patrióticas” e de apoio ao Presidente Vladimir Putin e que são difundidas através de imagens de televisão.

De acordo com a redação da France Presse em Moscovo, a “febre” patriótica e as referências sobre a ” iminente terceira guerra mundial” têm como causa a rutura verificada nas negociações entre Washington e Moscovo, no dia 03 de outubro, sobre o conflito na Síria, após o fim do cessar-fogo alcançado em Genebra no passado mês de setembro.

De acordo com as Nações Unidas, os bombardeamentos da aviação da Rússia e das forças de Damasco transformaram a cidade de Alepo num “inferno na Terra” assim como provocaram críticas por parte dos países ocidentais, nomeadamente da França.

A Armada russa desembarcou nos últimos dias no porto sírio de Tartous várias baterias antiaéreas S-300 com capacidade para atingir aviões de combate. No mesmo porto encontram-se várias corvetas da Marinha de Guerra de Moscovo armadas com mísseis.

Segundo a análise da France Presse, trata-se de armamento que pretende demonstrar força contra as forças militares dos Estados Unidos.

Em Moscovo, a escalada da tensão diplomática é “amplificada” através dos meios de comunicação social que publicam os “inúmeros” comunicados do Ministério da Defesa russo, e nomeadamente as declarações do general Igor Konachenkov, porta-voz do Exército da Rússia que tem dirigido críticas diretas contra a Casa Branca e ao Pentágono.

“Eu quero recordar aos ‘estrategas’ americanos que os mísseis antiaéreos S-300 e S-400 que asseguram a defesa das bases russas em Hmeimim e Tartous, na Síria, têm um raio de ação que pode vir a surpreender qualquer aeronave não identificada”, disse o responsável militar russo no dia 06 de outubro.

Na cadeia de televisão estatal Rússia 1, o apresentador Dmitri Kissilev e diretor da agência de notícias Ria Novosti resumiu as declarações do general Konachenkov para que as “pessoas simples as possam entender”, explicando que a ameaça é dirigida diretamente aos aviões norte-americanos.

Kissilev disse também que existe um “Plano B” dos Estados Unidos para a Síria e que consiste no “uso da força” contra o presidente Bashar al-Assad e a aviação da Rússia e “avisou” igualmente os países ocidentais de que os mísseis instalados no enclave russo em Kaliningrad, próximo da Polónia, “podem” estar armados com ogivas nucleares.

“Atualmente, a Rússia está mais do que preparada, sobretudo do ponto de vista psicológico, para uma espiral de confrontação com o Ocidente”, afirmou, por seu lado, o politólogo Gueorgui Bovt no site de notícias Gazeta.ru.

Na semana passada, o ex-presidente soviético Mikhail Gorbatchev – que iniciou há 30 anos o fim da Guerra Fria – disse à agência Ria Novosti que o mundo avança “perigosamente para a zona de alerta vermelho” referindo-se ao conflito na Síria.

Mesmo assim, na quarta-feira, num primeiro sinal de alívio, após vários dias de acusações, Moscovo anunciou uma reunião internacional sobre a Síria, agendada para sábado na Suíça, entre o secretário de Estado norte-americano John Kerry e o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.

LUSA

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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