REGIÕES
SANTARÉM: BAIXOS CAUDAIS DO RIO TEJO COLOCAM EM RISCO A PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Os baixos caudais no Tejo estão a colocar em risco a produção agrícola em cerca de mil hectares na zona de Abrantes e Constância, tendo o representante das dezenas de agricultores afetados alertado para a “necessidade urgente” de água.

Os baixos caudais no Tejo estão a colocar em risco a produção agrícola em cerca de mil hectares na zona de Abrantes e Constância, tendo o representante das dezenas de agricultores afetados alertado para a “necessidade urgente” de água.
“O grande problema é que, desde sexta-feira e até hoje, o rio vai com um caudal de uma ribeirinha e as captações dos agricultores estão sem poder tirar água do Tejo [para a rega] e estão a ter problemas económicos”, disse à Lusa Luís Damas, presidente da Associação dos Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação, no distrito de Santarém, que alertou para a “necessidade urgente de água nas próximas horas.
Segundo notou aquele responsável, “com a falta de água dos últimos dias vamos já ter perda de culturas e, a continuar assim, vamos ter perdas totais, o que é muito grave para a economia da região, assim como para toda a ecologia do rio e de tudo o que vive à volta do rio”.
Em causa, afirmou, estão cerca de mil hectares de terrenos férteis nas margens ribeirinhas dos concelhos de Abrantes e de Constância, e onde a falta de água está a afetar a produção de milho, trigo e girassol, e as culturas permanentes, como o olival, macieiras e amendoeiras.
“A situação é pontual, mas já não é de agora”, afirmou Luís Damas, tendo feito notar que os agricultores “estão dependentes da boa ou da má vontade dos espanhóis em libertar água” a partir da barragem de Alcântara.
Nesse sentido, o representante dos agricultores defendeu que “Espanha deveria libertar um caudal diário e não um caudal semanal obrigatório”, tendo referido que, com o acordo em vigor pela Convenção de Albufeira, os espanhóis “têm um caudal semanal para lançar para o rio, mas podem num dia lançá-lo todo, ou seja, num dia temos uma barrigada de água e nos outros dias a água escasseia”.
Luís Damas defende que a solução poderá passar por um “acordo entre os governos dos dois países” de modo a assegurar um “caudal mínimo diário” e, ao mesmo tempo, do lado português, “que o governo assegure uma solução para o nosso território, com melhoramentos na barragem da Pracana ou outro reservatório no rio Ocreza”.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Abrantes disse que o problema “não é novo” e que “há muito tempo” vem “alertando para a questão da irregularidade” dos caudais no rio Tejo.
“Há muito tempo que alerto para esta questão da quantidade e da irregularidade dos caudais do rio Tejo e dos problemas que tal situação acarreta, e vou solicitar nova reunião junto do Ministério do Ambiente para debater este problema”, afirmou Manuel Jorge Valamatos.
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Constância, Sérgio Oliveira, disse que “este é um problema que se arrasta há, pelo menos, dois anos”.
O autarca referiu à Lusa que já manifestou a sua “preocupação por diversas vezes junto da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no sentido de “se encontrar uma solução para os problemas da falta de água para a rega dos terrenos agrícolas, assim como outras preocupações como rombos nos leitos do rio”.

REGIÕES
MACEDO DE CAVALEIROS: ATAQUE DE TOURO CAUSA A MORTE DE UM IDOSO
Um homem de 86 anos morreu no hospital de Bragança depois de ter sido gravemente ferido por um touro, na segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros, disse hoje à Lusa fonte dos bombeiros locais.

Um homem de 86 anos morreu no hospital de Bragança depois de ter sido gravemente ferido por um touro, na segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros, disse hoje à Lusa fonte dos bombeiros locais.
De acordo com a fonte, o incidente ocorreu por volta da hora de almoço na exploração de animais de que a vítima era proprietária em Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança.
O idoso foi atacado por um touro e ficou gravemente ferido, tendo sido transferido para o hospital de Bragança, onde viria a morrer algumas horas depois, segundo ainda a fonte da corporação dos bombeiros voluntários de Macedo de Cavaleiros.
Além dos bombeiros, acorreram ao local também a equipa de emergência médica e o helicóptero do INEM, que transportou a vítima para Bragança.
REGIÕES
AFONSO HENRIQUES TERÁ ESTÁTUA EM ZAMORA (ESPANHA, PRÓXIMO DE BRAGANÇA)
Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, vai ter uma estátua em Espanha, em Zamora, em evento de homenagem que vai decorrer em 29 e 30 de abril, revelou hoje à Lusa a Grã Ordem Afonsina.

Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, vai ter uma estátua em Espanha, em Zamora, em evento de homenagem que vai decorrer em 29 e 30 de abril, revelou hoje à Lusa a Grã Ordem Afonsina.
“Afonso Henriques é uma figura emblemática que não só é reconhecido em Portugal, como muito acarinhada em Espanha, nomeadamente em Zamora onde ele próprio se foi armar cavaleiro, aos 14 anos. Por isso, nós e os espanhóis estamos umbilicalmente ligados por factos históricos do seu percurso e é isso que vamos celebrar”, explica Abel Cardoso, autor do projeto da estátua e vice-presidente da Grã Ordem Afonsina.
Em declarações à Lusa, revelou que o monumento, talhado pelo escultor vimaranense Dinis Ribeiro, pesa cerca de 15 toneladas e tem quase seis metros e meio de altura, sendo uma caracterização de Afonso Henriques com 14 anos, agarrado a uma espada, refletindo a sua investidura como cavaleiro, um momento histórico documentado.
“Será uma escultura que irá recrear o preciso momento que antecedeu o gesto da sua própria investidura como cavaleiro. Quando a sua tomada de consciência se torna absoluta e cuja profundidade terá contornos irreversíveis na história dessa nação preste a emergir, Portugal”, explica o autor do projeto.
Abel Cardoso anuncia uma estátua “quase do tamanho” do adolescente que segura a espada de guerra a duas mãos, “não só devido peso da peça em si, mas também como sinal de alguém que, por força indómita, antevê no reflexo desta longa lâmina o seu futuro e se prende a ele sem hesitação reclamando-o seu como por direito”.
“Uma figura do jovem infante, adolescente, mas esclarecido. De rosto miúdo, porém determinado que na cidade de Zamora, no Pentecostes de 1125, se prepara para ajoelhar como criança para posteriormente se erguer enquanto homem”, exalta.
A investidura de D. Afonso Henriques como cavaleiro é um facto histórico tradicionalmente assinalado na cidade espanhola no dia de Pentecostes de cada ano, com manifestações promovidas pelo Centro de Iniciativas Turísticas de Zamora, uma associação que envolve mais 26 municípios limítrofes.
A ideia da estátua de Afonso Henriques foi partilhada pela Grã Ordem Afonsina com vários organismos espanhóis que “logo acolheram o projeto”, nomeadamente a Fundación Rei Afonso Henriques, o Cabido da Catedral de Zamora, a autarquia local e o Centro de Iniciativas Turísticas de Zamora e Municípios Limítrofes.
“Esta iniciativa será um marco importante no desenvolvimento das relações de amizade e cooperação entre entidades e coletividades portuguesas e espanholas interessadas em aprofundar o conhecimento histórico sobre o primeiro Rei de Portugal, em especial aquelas que se situam em locais que foram palco dos principais factos históricos por ele protagonizados”, sublinha Abel Cardoso.
Além da estátua, que será “única de um monarca português em Espanha”, está prevista a celebração litúrgica na Catedral de Zamora, que poderá a vir a ter transmissão online, e uma peça de teatro de recriação histórica dedicada a Afonso Henriques.
“Pretendemos levar uma réplica da espada de D. Afonso Henriques, que faz parte do espólio do Museu Militar do Porto, para ser benzida durante a celebração”, acrescenta o responsável, que gostava de a ver novamente exposta em Guimarães.
Criada em Guimarães, o berço da nacionalidade, a Grã Ordem Afonsina foi constituída em 2019 “com o único propósito de estudo e divulgação do património material e imaterial de D. Afonso Henriques”, juntando atualmente cerca de 100 membros.
A estátua em Zamora “permite o culto a uma figura que outrora nos dividiu, mas que hoje pode ser entendido como elo fundamental de ligação entre portugueses e espanhóis”, concluiu.
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