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INTERNACIONAL

SECAS REPRESENTAM 15% DOS PREJUÍZOS RELACIONADOS COM CATÁSTROFES

As secas representam 15% das perdas económicas relacionadas com catástrofes no mundo e são responsáveis por 86% das mortes de animais, indica um relatório da ONU sobre resistência à seca por parte das mulheres.

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As secas representam 15% das perdas económicas relacionadas com catástrofes no mundo e são responsáveis por 86% das mortes de animais, indica um relatório da ONU sobre resistência à seca por parte das mulheres.

Com o título “Soluções lideradas por mulheres para a resiliência à seca” o relatório hoje divulgado é da responsabilidade da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, na sigla original) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

No documento destaca-se que as mulheres produzem até 80% dos alimentos nos países em desenvolvimento, mas são menos de 20% dos proprietários de terras são mulheres.

Uma situação que limita o acesso das mulheres a créditos bancários e a formação, nomeadamente sobre a capacidade de se prepararem e recuperarem das secas.

Segundo o documento, cerca de 40% das terras do mundo estão degradadas, afetando mais de 3,2 mil milhões de pessoas. Pela degradação e pela seca, “muitas mulheres são obrigadas a percorrer distâncias mais longas para ir buscar água potável e lenha para as suas famílias”.

As duas agências da ONU dizem que apesar de enfrentarem estas barreiras sistémicas “as mulheres estão a desenvolver soluções inovadoras que permitem às suas comunidades adaptarem-se a condições ambientais cada vez mais adversas”.

A garantia dos direitos das mulheres à terra iria melhorar a nutrição das famílias, aumentar as despesas com a educação das crianças e melhorar as condições económicas gerais, diz a investigação da ONU.

Em termos gerais, conclui-se no relatório, as mulheres e as raparigas são particularmente afetadas pelos impactos da seca, mas também estão a mostrar uma “liderança notável para lidar com ela”.

As instituições apelam a um maior reconhecimento e apoio aos esforços liderados por mulheres para proteger as comunidades vulneráveis dos efeitos devastadores da seca, e salientam que os direitos das mulheres à terra são cruciais para alcançar a segurança alimentar.

O documento foi divulgado por ocasião do Dia Internacional da Mulher Rural, criado pela Assembleia Geral da ONU e que se assinala a 15 de outubro para destacar o papel das mulheres nas zonas rurais e as suas dificuldades.

O documento hoje apresentado será também parte dos debates na 16.ª Conferência das Partes (COP16) da UNCCD, a realizar em Riade, na Arábia Saudita, de 2 a 13 de dezembro.

INTERNACIONAL

PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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INTERNACIONAL

TRUMP AMEAÇA RÚSSIA COM MAIS SANÇÕES SE NÃO HOUVER ACORDO DE PAZ NA UCRÂNIA

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu hoje que, se Moscovo não chegar de imediato a acordo com a Ucrânia, o seu Governo irá impor elevadas tarifas e sanções a tudo o que for importado da Rússia.

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu hoje que, se Moscovo não chegar de imediato a acordo com a Ucrânia, o seu Governo irá impor elevadas tarifas e sanções a tudo o que for importado da Rússia.

“Este é o tempo de tentar um acordo”, escreveu Trump na plataforma Social Truth, assegurando que essa será sempre uma solução de último recurso.

“Não estou a tentar prejudicar a Rússia. Adoro o povo russo e sempre tive uma relação muito boa com o Presidente Putin”, explicou o Presidente norte-americano, aproveitando para pressionar a posição do líder russo, Vladimir Putin, sobre o conflito na Ucrânia.

“Se não chegarmos a um acordo em breve, não terei outra escolha senão impor elevados níveis de impostos, tarifas e sanções a qualquer produto que a Rússia venda aos Estados Unidos, bem como a outros países participantes”, ameaçou Trump.

Apesar de Trump não ter especificado que países podem ser sancionados, a China, o Irão e a Coreia do Norte — que já estão sujeitos a restrições comerciais por parte dos EUA — são os que mais têm apoiado a Rússia, com remessas de equipamento militar ou apoio diplomático em organizações internacionais.

O Presidente dos EUA também apelou diretamente a Putin, dizendo que o fim da guerra beneficiaria a Rússia, dado o estado atual da sua economia.

Apesar da ameaça de tarifas contra a Rússia, o comércio entre os dois países já tinha sido severamente limitado desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Na sequência da invasão russa da Ucrânia, os Estados Unidos impuseram inúmeras sanções contra a Rússia, incluindo restrições ao setor petrolífero e aos principais bancos russos, com o objetivo de isolar Moscovo do sistema financeiro internacional baseado no dólar.

De acordo com os mais recentes dados disponibilizados pelas autoridades norte-americanas, o comércio de bens e serviços entre os Estados Unidos e a Rússia em 2022 atingiu um total estimado de 20 mil milhões de dólares (cerca de 19 mil milhões de euros).

Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas, embora nunca tenha detalhado como o faria.

Contudo, Keith Kellogg, o enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, reduziu recentemente as expectativas, numa entrevista à cadeia televisiva Fox News, falando num período de 100 dias para negociar a paz.

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