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SETÚBAL: MAIS DE MIL PESSOAS CONTRA AS DRAGAGENS NO SADO

Mais de 1.000 pessoas manifestaram-se hoje em Setúbal contra as dragagens previstas no projeto de melhoria das acessibilidades marítimas ao porto de Setúbal, que prevê a retirada de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do estuário do Sado.

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Mais de 1.000 pessoas manifestaram-se hoje em Setúbal contra as dragagens previstas no projeto de melhoria das acessibilidades marítimas ao porto de Setúbal, que prevê a retirada de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do estuário do Sado.

“O que me traz aqui é a preocupação com as gerações futuras. Tenho duas filhas. É pela geração delas que estou aqui hoje”, disse à agência Lusa Filipe Custódio, que se juntou à manifestação por considerar que “não temos o direito de hipotecar o futuro das novas gerações”.

O protesto decorreu entre a Doca dos Pescadores e o edifício da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, em Setúbal, e contou, segundo a organização, com cerca de 1.000 pessoas.

Francisco Ferreira, da Associação Zero – uma das entidades promotoras da manifestação, juntamente com a SOS Sado, Clube da Arrábida, Ocean Alive e Greve Climática Portugal -, disse que “não podemos estar a falar da proteção dos oceanos, com Portugal a comprometer-se com mais áreas de rede natura protegidas à escala europeia – uma das quais é o estuário do Sado e a outra é a zona em frente a Troia -, e, ao mesmo tempo, avançar com estas dragagens”.

“É só ouvirmos aquilo que tem sido dito nas Nações Unidas nos últimos dias. Mais importante do que o desenvolvimento e crescimento económico ligado a alguns setores é a riqueza e o valor económico da pesca, do turismo, do lazer, da qualidade de vida e da proteção dos oceanos, aqui e lá fora, porque 60 por cento das espécies que vêm ao estuário do Sado são fundamentais para alimentar o oceano. Isso sim, é um valor económico brutal, que não foi, infelizmente, contabilizado e tido em conta”, disse.

“As dragagens vão fazer com que a luz não chegue aos grandes produtores, que são as pradarias marinhas, as florestas marinhas e o fitoplâncton. Este decréscimo na produção vai afetar toda a cadeia alimentar e, portanto, a riqueza do nosso estuário”, corroborou a bióloga marinha Raquel Gaspar, fundadora do Ocean Alive.

Por outro lado, acrescentou Raquel Gaspar, “as pradarias marinhas são grandes sequestradoras de carbono”.

“E hoje, na situação que vivemos, em que as alterações climáticas correm nas nossas veias de preocupação, proteger estas pradarias por serem um dos habitats do nosso planeta com mais capacidade de o fazer, é essencial. O que está aqui em causa é não destruir um habitat, um sistema natural, que assegura a nossa sobrevivência”, defendeu.

Na manifestação contra as dragagens esteve o vereador do PSD na Câmara de Setúbal Nuno Carvalho, que não vê “nenhuma razão para estar a favor, porque não há nenhum esclarecimento sobre aquilo que efetivamente são as dragagens, como é que vão afetar os pescadores, o setor do turismo e como é que vão afetar a cidade”.

“Nós até hoje não sabemos qual o verdadeiro impacto (das dragagens) que ocorre, não há um esclarecimento cabal. E, no período em que foi possível haver um esclarecimento, na consulta pública, ela foi feita de forma super discreta, sem quase ninguém saber e, portanto, não há nenhuma razão que nos permita sentirmo-nos seguros. Nós não sabemos se isto é prioritário para Setúbal. E é demasiado impactante para não haver um esclarecimento cabal e sem qualquer margem de dúvida”, acrescentou.

Pedro Vieira, do Clube da Arrábida, uma das entidades organizadoras da manifestação, disse estar “muito satisfeito” com a adesão das pessoas.

“Foi uma belíssima adesão tendo em conta que hoje houve uma série de eventos em Setúbal, o que mostra que a causa passou de uma causa local para uma causa nacional”, disse Pedro Vieira, que ainda acredita na possibilidade de uma decisão judicial para travar as dragagens no estuário do Sado.

“Há uma providência cautelar do Clube da Arrábida, que não foi decretada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Almada, mas nós recorremos para o Tribunal Central Administrativo, que nos deu razão. E o TAF tem que reanalisar essa providência cautelar. Nós estamos convictos de que essa providência cautelar contra a APSS e a Mota Engil pode ser decretada. E se for decretada, a obra pode parar. Mas também pode parar se houver uma decisão política nesse sentido”, concluiu.

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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