ARTE & CULTURA
SIMONE DE OLIVEIRA REGRESSA AOS PALCOS APÓS PAUSA ‘FORÇADA’ DEVIDO AO COVID-19
A cantora Simone de Oliveira regressa no domingo aos palcos, depois de uma paragem forçada pela covid-19, com um espetáculo no Tivoli, em Lisboa, que terá vários convidados, entre os quais António Zambujo e FF.

A cantora Simone de Oliveira regressa no domingo aos palcos, depois de uma paragem forçada pela covid-19, com um espetáculo no Tivoli, em Lisboa, que terá vários convidados, entre os quais António Zambujo e FF.
Em 62 anos de carreira, Simone de Oliveira não se lembra de um momento como este, em que todas as salas de espetáculos encerraram por alguns meses e os profissionais do setor ficaram sem poder trabalhar.
“Nunca tal me aconteceu. Eu já perdi a voz, lá recuperei a voz, já passei as passas do Algarve com alguns problemas de saúde, mas nesta altura este confinamento é muito complicado”, partilhou com a Lusa, numa conversa telefónica.
Ao fim de três meses confinada em casa, sem poder ensaiar ou atuar, regressa aos palcos no domingo, às 18:00, a convite do Tivoli. Mas Simone de Oliveira achou que neste regresso “não devia estar sozinha”, por isso convidou os cantores FF, Sissi Martins, Ruben Madureira, FF e António Zambujo para a acompanharem, além dos músicos Muno Feist (piano) e Armando Ribeiro (saxofone).
“Vamos todos cantar o melhor que sabemos, o melhor que podemos, uns com os outros, umas vezes sozinhos e outras acompanhados”, revelou.
Simone admite que o espetáculo irá acontecer num dia “complicado, porque é domingo e às seis da tarde e as pessoas com este tempo vão para a praia”.
“Vamos esperar que a casa tenha pessoas, que se lembrem de nós porque nós precisamos do público, porque é a nossa vida. A nossa vida é feita com o público e é dele que nós ganhamos para pagar as nossas coisas”, referiu.
A cantora lembra que os profissionais do espetáculo estão “parados há muitos meses”. “Sem absolutamente nada, porque nós não temos subsidio de coisa nenhuma. Eu estou há 62 anos a trabalhar a recibos verdes”, contou.
Antes da pandemia, Simone de Oliveira estava em ensaios com o encenador Filipe La Féria, que tem na calha um espetáculo de homenagem à atriz Laura Alves.
“Acabámos os ensaios no dia 08 de março e vim para casa no dia 09”, recordou.
Desde então não trabalhou mais, até agora. O facto de ter “trabalhado muito nos últimos dois verões, com o [cantor] David Antunes” e de não ser “de desvarios, nem de grandes gastos”, permitiram-lhe viver estes meses sem grande preocupações financeiras.
Mas sabe que nem todos os profissionais do espetáculo tiveram a mesma sorte, por isso, apela ao público para que se lembre “não só de quem canta ou de quem representa, mas de todos os outros que estão atrás e são milhares de pessoas, algumas a passar fome”.
“Eu lamento que a nossa ministra [da Cultura, Graça Fonseca] não saiba nada de nós. Quando digo nada, é nada. Nunca foi a um circo, não é ver o circo é ir atrás do circo, nunca foi a um espetáculo de teatro, atrás, os meses que se leva ensaiar, não sabe os medos que nós temos, o medo de não receber, o medo de não ter dinheiro para pagar a renda da casa”, afirmou.
Simone de Oliveira gostava um dia de se sentar com Graça Fonseca para lhe dizer: “A senhora tem que ouvir várias coisas que eu tenho para lhe contar, em 62 anos de vida”.
“Em relação à Cultura nós tivemos sempre uns ministros e umas ministras… Nunca mais me esqueço de uma ministra da Cultura que dizia que dizia que não gostava de fado, detestava fado, a única pessoa de quem gostava era a Amália. Dava vontade de rir. Se houve alguém que cantou fado maravilhosamente, e não cantará ninguém como ela cantou, foi a Amália”, disse.
Depois do Tivoli, Simone de Oliveira tem já outro espetáculo agendado, no dia 24 de julho no Fórum Cultural de Alcochete, mas aí estará sozinha em palco, “a cantar e a contar histórias”.

ARTE & CULTURA
MENOS DE DOIS TERÇOS DOS PORTUGUESES COMPRARAM LIVROS EM 2022
Menos de dois terços dos portugueses compraram livros no ano passado, de acordo com um inquérito hoje divulgado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

Menos de dois terços dos portugueses compraram livros no ano passado, de acordo com um inquérito hoje divulgado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
“Os dados recolhidos permitem concluir que 62% dos inquiridos compraram livros no último ano e, destes, 70% afirmaram que compraram o mesmo ou mais do que no ano anterior. O estudo apurou também que os jovens entre os 15 e os 34 anos continuam a ter o hábito de comprar livros, sendo quem mais comprou no último ano (28%)”, lê-se no comunicado sobre o inquérito feito pela GfK a 1.001 pessoas entre julho e agosto.
Segundo os destaques do inquérito, que tinha apresentação prevista para hoje de manhã no evento Book 2.0, que vai discutir até sexta-feira em Lisboa “o futuro da leitura”, o mercado livreiro em Portugal representou 175 milhões de euros em 2022, com um total de 21.115 livros lançados.
“Foi muito interessante perceber a importância que os livros continuam a ter nas camadas mais jovens, que representam atualmente a faixa etária onde mais se compra livros. Num país com os índices de leitura mais baixos da Europa, estes números trazem-nos esperança no futuro, fazem-nos acreditar que é possível mudar hábitos para as gerações futuras”, disse o presidente da APEL, Pedro Sobral, citado no comunicado.
De acordo com o mesmo texto, as compras de livros tiveram subidas na Grande Lisboa e na região Sul, e quebras “no Grande Porto, Interior e Litoral”, num mercado onde os “lares com um ‘status’ social mais elevado” são quem mais compra obras literárias.
“Não podemos ficar satisfeitos se assistimos a uma subida do índice de compra de livros, mas apenas na Grande Lisboa. O aumento da leitura deve ser transversal a todo o país, independentemente da classe económica ou da região do país, por isso democratizar o acesso ao livro deve ser um imperativo nacional”, afirmou Pedro Sobral.
O mercado português é dominado por quatro grupos de livrarias em rede, que detêm 80 lojas, “nove retalhistas multiproduto, correspondentes a 1.200 pontos de venda; oito grupos de grande distribuição, com 1.800 pontos de venda, e quatro livrarias únicas”.
O Book 2.0 vai juntar em Lisboa múltiplas figuras, da área do livro e de fora dele, para debater o futuro da leitura.
De acordo com o programa, a abertura contou com a presença de Pedro Freitas, conhecido por o Poeta da Cidade, num momento sob o tema “O poder de transformar o nosso mundo”, seguindo-se discursos de Pedro Sobral e da presidente da Associação Internacional de Editores, Karine Pansa.
Ao longo do dia estão previstas conversas entre pessoas como o psiquiatra Daniel Sampaio e o escritor João Tordo, entre as escritoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada ou entre as autoras Dulce Maria Cardoso, Tânia Ganho e Isabela Figueiredo.
Estão também marcados painéis sobre “Inteligência Artificial: Oportunidades e Desafios”, o BookTok e ainda “Preconceitos Ocultos na Indústria Editorial Inclusiva”, entre muitos outros.
O dia de hoje encerra com o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, a ser entrevistado pelo editor de Cultura do Observador, Tiago Pereira, e com um discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Na sexta-feira, há conversas entre, por exemplo, o antigo ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas e os escritores Rodrigo Guedes de Carvalho e Juan Gabriel Vasquez, para além de vários painéis dedicados à Educação, com destaque para uma entrevista ao ministro da Educação, João Costa, pela jornalista Isabel Lucas.
ARTE & CULTURA
MORREU TOTO CUTUGNO, VOZ DE “L’ITALIANO” E VENCEDOR DA EUROVISÃO EM 1990
O cantor italiano Toto Cutugno, conhecido internacionalmente pelo seu sucesso ‘Un Italiano vero’ e pela vitória no Festival Eurovisão da Canção em 1990, com ‘Insieme: 1992’, morreu hoje, aos 80 anos, anunciou o seu empresário.

O cantor italiano Toto Cutugno, conhecido internacionalmente pelo seu sucesso ‘Un Italiano vero’ e pela vitória no Festival Eurovisão da Canção em 1990, com ‘Insieme: 1992’, morreu hoje, aos 80 anos, anunciou o seu empresário.
“Depois de uma longa doença, o estado do cantor piorou nos últimos meses”, revelou Danilo Mancuso, citado pela agência italiana Ansa.
Também a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, recordou o cantor através da rede social X (antigo Twitter): “Adeus a Toto Cutugno, um verdadeiro italiano”.
O ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, lembrou, por sua vez, “um artista orgulhoso em ser italiano, apreciado também no estrangeiro, cujos sucessos foram a banda sonora de uma época”.
O maior sucesso de Toto Cutugno data de 1983: ‘Un Italiano vero’, canção também conhecida simplesmente como ‘L’italiano’, que alcançou o primeiro lugar nas tabelas musicais de Itália e da Suíça, e o número dois em França.
Em 1990, o músico italiano conquistou o Festival Eurovisão da Canção em Zagreb com o tema ‘Insieme: 1992’, uma canção sobre a Europa.
Depois de Gigliola Cinquetti em 1964, tornou-se o segundo italiano a vencer o Festival Eurovisão.
Os dois artistas apresentaram no ano seguinte, em 1991, a edição do festival que se realizou em Roma.
Salvatore Cutugno, conhecido como Toto Cutugno, nasceu em 07 de julho de 1943 na Toscana e compôs para muitos cantores franceses, especialmente na década de 1970, como Michel Sardou (“En chantant”), Mireille Mathieu, Gérard Lenorman, Joe Dassin, Johnny Hallyday, Herve Vilard e Sheila.
O cantor e compositor vendeu mais de 100 milhões de discos, segundo o jornal Il Corriere della Será.
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