NACIONAL
SIRESP TAMBÉM “FALHOU” EM 2016
Segundo noticiado pela Rádio Renascença, a rede de comunicações do Estado SIRESP (que suporta todas as comunicações de emergência e segurança), terá falhado também no ano passado num violento incêncio em Abrantes/Sardoal.
Segundo noticiado pela Rádio Renascença, a rede de comunicações do Estado SIRESP (que suporta todas as comunicações de emergência e segurança), terá falhado também no ano passado num violento incêncio em Abrantes/Sardoal.
O sistema de comunicações de emergência SIRESP falhou durante os incêndios do Verão do ano passado, segundo um relatório do Ministério da Administração Interna (MAI) a dado a conhecer pela Rádio Renascença. O documento é conhecido numa altura em que o primeiro-ministro, António Costa, pediu esclarecimentos urgentes sobre o funcionamento da rede de SIRESP no incêndio desta semana em Pedrógão Grande, que provocou 64 mortos e mais de 160 feridos.
O relatório mostra que durante o incêndio de Agosto de 2016, nos concelhos de Abrantes e do Sardoal, o sistema de comunicações de emergência teve um problema e a situação só foi normalizada ao fim de 17 horas.
Os problemas começaram às 18h21, de 23 de Agosto, quando um cabo de transmissão de uma estação fixa foi destruído pelo fogo, deixando cerca de metade dos meios sem comunicação rádio.
Foi preciso mandar vir uma estação base (EB) móvel, que estava em Belas, Sintra, que só entrou em operação às 6h05 da manhã do dia seguinte, indica o relatório do MAI.
Mas os problemas não ficaram por aqui. Pelas 8h40, o Centro de Operação e Gestão (COG) “toma conhecimento que existem rádios impossibilitados de se ligarem” à estação móvel.
Pelas 11h06, “a situação ao nível das comunicações da SIRESP fica normalizada”, refere o documento a que a Renascença teve acesso.
O relatório do MAI, datado de Abril deste ano, é a resposta às conclusões da Comissão Municipal de Defesa da Floresta da Vila do Sardoal, que em Setembro de 2016 apontou “falhas” ao SIRESP que afectaram as comunicações.
Duas mudanças para evitar “falhas mais relevantes”:
Oito meses depois do parecer da comissão, o Ministério da Administração Interna aponta “duas oportunidades de melhoria” para que as “falhas mais relevantes” não se repitam.
Em primeiro lugar, entre o pedido da Protecção Civil para a entrada em acção de uma estação móvel e a resposta da PSP não devem passar mais de 30 minutos. No caso do incêndio de Sardoal e Abrantes demorou 1 hora e 38 minutos.
Em segundo lugar, o MAI refere que o atraso entre o início da entrada em operação da estação móvel e a desactivação da estação fixa foi a “falha operacional mais crítica verificada”. O processo demorou cinco horas.
O relatório constata que a situação resultou da “inexistência de um procedimento definido” e que, para o futuro, a Supervisão da rede, da responsabilidade da SIRESP, deverá questionar o Centro de Operação e Gestão e o COG “terá uma atitude proactiva junto da entidade responsável pela coordenação dos efectivos no teatro de operações”.
O incêndio nos concelhos de Abrantes e Sardoal, no distrito de Santarém, chegou a ser combatido por quase 700 bombeiros, destruiu algumas casas e provocou, pelo menos, seis feridos ligeiros.
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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