ECONOMIA & FINANÇAS
SUBSÍDIO DE NATAL CONTINUA EM DUODODÉCIMOS
Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado diz que “dificuldades técnicas” são o argumento do Governo para acabar já com o sistema de duodécimos. Uma “falsa questão”, reagem os trabalhadores da função pública. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
O Governo invocou “dificuldades técnicas” nas negociações com os sindicatos para não conseguir, logo em janeiro, pagar por inteiro do subsídio de Natal, deixando para trás o regime dos duodécimos. O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado refere-se à objecção do Executivo como uma “falsa questão”.
Foi dito pelo Governo que será difícil que em Janeiro se deixe de fazer o pagamento em duodécimos (…) porque será complicado fazer a alteração do sistema informáticos numa administração pública que é vasta”.
Aos jornalistas, no final da primeira reunião de negociação geral na Função Pública, a presidente do STE considerou essas “dificuldades técnicas” como “uma falsa questão”, uma vez que poderão ser contornadas. Daí Helena Rodrigues ter deixado a garantia de que irá insistir no assunto na próxima reunião negocial, a ter lugar na próxima semana.
O STE defende que o pagamento por inteiro ou em duodécimos do subsídio de Natal deve ser uma opção do trabalhador.
O subsídio de Natal, recorde-se, deixou de ser pago aos funcionários públicos em Novembro/Dezembro e é desde 2013 pago em duodécimos distribuídos pelos 12 meses do ano.
O Governo está a ponderar pôr fim ao sistema de duodécimos – uma ideia que já vem da campanha eleitoral de António Costa, na corrida a São Bento, em 2015 – mas poderá então não ser logo em janeiro, deixando de fora o subsídio de Natal.
Na reunião de hoje com o STE, o Governo mostrou ainda abertura para negociar a atualização das pensões e dos salários no próximo ano. Um tema que não está ainda fechado.
“A nossa proposta, de atualização nominal de 2%, é perfeitamente razoável”, disse Helena Rodrigues, uma vez que tendo em conta a inflação estimada para o próximo ano, o valor da “atualização ficará abaixo do 1%”.
ECONOMIA & FINANÇAS
PROIBIÇÃO DE CARROS NOVOS A GASÓLEO E GASOLINA AMEAÇA SOBERANIA DA UE
O Tribunal de Contas Europeu alertou que a proibição da venda de automóveis novos a gasolina e a gasóleo a partir de 2035 pode por em causa a liderança europeia, por falta de competitividade sobretudo no fabrico de baterias.
O Tribunal de Contas Europeu alertou que a proibição da venda de automóveis novos a gasolina e a gasóleo a partir de 2035 pode por em causa a liderança europeia, por falta de competitividade sobretudo no fabrico de baterias.
Num relatório divulgado esta segunda-feira, o Tribunal de Contas Europeu (TCE) destaca um possível choque entre o Pacto Ecológico Europeu e “a soberania industrial” da União Europeia (UE) com a aposta em veículos elétricos.
O TCE constatou que, apesar do grande apoio público, as baterias fabricadas na UE “continuam a custar muito mais do que o previsto”, o que afeta a competitividade dos automóveis elétricos europeus em relação a outros produtores mundiais, podendo também “levar a que os carros elétricos europeus não estejam ao alcance de uma grande parte da população”.
Menos de 10% do fabrico mundial de baterias está sediado na Europa, destaca o texto, sendo a grande maioria produzida na China.
O setor das baterias da UE depende das importações de recursos de países de fora, com os quais o bloco não tem os devidos acordos comerciais: 87% do lítio em bruto provém da Austrália, 80% do manganês da África do Sul e do Gabão, 68% do cobalto da República Democrática do Congo e e 40% da grafite da China, refere a instituição.
O TCE alerta ainda que as infraestruturas de carregamento de veículos ainda levantam muitos obstáculos, quer pela escassez de oferta, quer pela falta de um meio harmonizado de pagamento.
Perante a dificuldade encontrada em reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) no setor rodoviário e o fraco desenvolvimento dos biocombustíveis, a UE aposta nos veículos elétricos como a melhor alternativa possível.
Reduzir ou eliminar as emissões de CO2 dos carros de passageiros é um elemento essencial da estratégia europeia para o clima, cujo objetivo é chegar às zero emissões líquidas de GEE até 2050, ano em que a UE deverá atingir a neutralidade carbónica.
ECONOMIA & FINANÇAS
QUASE 77 MIL EUROS EM COIMAS DEVIDO A PUBLICIDADE ENGANOSA ENTRE 2020 E 2024
A Direção-Geral do Consumidor (DGC) aplicou coimas no valor de 76.900 euros a supermercados devido a publicidade enganosa entre 2020 e 2024, na sequência de 126 processos de averiguação, informou hoje a entidade.
A Direção-Geral do Consumidor (DGC) aplicou coimas no valor de 76.900 euros a supermercados devido a publicidade enganosa entre 2020 e 2024, na sequência de 126 processos de averiguação, informou hoje a entidade.
Os processos foram instaurados na sequência de denúncias e queixas apresentadas tanto por consumidores no livro de reclamações como por outros agentes económicos.
No setor dos supermercados resultaram 35 processos de contraordenação devido a publicidade enganosa, em especial a promoções não efetuadas pelo preço anunciado.
A Direção-Geral do Consumidor também aplicou duas medidas cautelares que determinaram a suspensão imediata de duas campanhas publicitárias.
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