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INTERNACIONAL

SUÉCIA: QUATRO CAÇAS RUSSOS VIOLAM ESPAÇO AÉREO DA SUECO PERTO DA ILHA DE GOTLAND

Quatro caças russos violaram hoje o espaço aéreo sueco a leste da ilha de Gotland, no mar Báltico, adiantou o Exército, numa altura em que crescem as tensões entre a Rússia e o Ocidente devido à invasão da Ucrânia.

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Quatro caças russos violaram hoje o espaço aéreo sueco a leste da ilha de Gotland, no mar Báltico, adiantou o Exército, numa altura em que crescem as tensões entre a Rússia e o Ocidente devido à invasão da Ucrânia.

“Dois Sukhoi Su-27 e dois Sukhoi Su-24 violaram o espaço aéreo sueco”, disse o Exército da Suécia em comunicado.

A invasão russa da Ucrânia reacendeu o debate sobre a adesão da Suécia à NATO.

Em janeiro, a Suécia enviou tanques e dezenas de militares armados para as ruas de Visby, uma cidade portuária na ilha de Gotland, no mar Báltico, numa ação incomum tomada em resposta ao aumento da “atividade russa” na região.

“As Forças Armadas estão a tomar as medidas necessárias para proteger a integridade da Suécia e demonstrar a nossa capacidade de proteger a Suécia e os interesses dos suecos”, adiantou à agência de notícias AFP o ministro da Defesa, Peter Hultqvist, através de ‘e-mail’, na ocasião.

A medida surgiu depois de três navios russos terem navegado no mar Báltico, cruzando o estreito do Grande Cinturão na Dinamarca.

Em comunicado, os militares disseram que as tropas seriam enviadas para “reforçar as operações em muitos locais”, devido ao “aumento da atividade russa no mar Báltico”.

Hutqvist disse também à agência de notícias TT que as patrulhas na ilha de Gotland mostravam que a Suécia estava a levar a situação a sério e que não seria “apanhada de surpresa”.

As Forças Armadas da Suécia disseram ter detetado uma crescente atividade russa no mar Báltico, ao indicarem a existência de “elementos que se desviam no quadro normal” e decidiram reforçar a preparação militar no país escandinavo.

A Defesa sueca considerava, no entanto, que o risco de ataque ao país escandinavo era “baixo”.

A tensão entre a Suécia e a Rússia acentuou-se nos últimos anos, coincidindo com o início do conflito russo-ucraniano, com denúncias mútuas de violações do espaço aéreo, em particular pela parte sueca.

O incidente mais grave ocorreu em 2014, quando Estocolmo se referiu a uma violação do seu território por um alegado submarino estrangeiro, responsabilizando indiretamente a Rússia, mas a principal prova, diversas fotos disponibilizadas por civis, foi abandonada alguns meses depois.

Nos últimos anos, a Suécia intensificou a sua colaboração com a NATO, com quem mantém um acordo de associação, e aprovou várias medidas para aumentar o orçamento da Defesa.

O Governo de Estocolmo decidiu ainda enviar um destacamento permanente para Gotland, restabelecer o serviço militar obrigatório, permitir a presença de tropas da NATO em território sueco e reeditar um guia com informação sobre a forma de atuar em caso de emergência ou invasão militar.

Em 2018, as Forças Armadas suecas convocaram os 22.000 membros da Guarda nacional, um corpo permanente de reservistas voluntários, para comprovar a sua capacidade de mobilização, medida que não era adotada desde 1975.

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BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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