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NACIONAL

TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO AVISAM: “A LUTA CONTINUA”

A greve nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) apresentou hoje índices de adesão “bastante elevados”, a rondar os 85%, e os trabalhadores avisam o Governo que não vão desistir de lutar por uma tabela salarial justa.

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A greve nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) apresentou hoje índices de adesão “bastante elevados”, a rondar os 85%, e os trabalhadores avisam o Governo que não vão desistir de lutar por uma tabela salarial justa.

“A greve está a decorrer dentro daquilo que era a nossa expectativa”, com índices de adesão “bastante elevados, que rondam os 85%”, declarou esta tarde Luís Dupont, presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica, referindo que há instituições e hospitais a atingir os 90% e 95% de adesão à greve.

Em frente do Hospital de Santo António do Porto, na escadaria com perto de uma centena de manifestantes, Ana Paula Gonçalo, 46 anos, licenciada em análises clínicas e saúde pública e mestre em oncologia, disse à Lusa que trabalha há quase 20 anos na área e recebe menos de 1.200 euros mensais e garante que não vai parar de lutar por melhores condições de progressão na carreira.

“Nós vamos lutar sempre. Não vamos desistir, não vamos parar, não pode ficar assim, é impossível, é um desrespeito, (…), vestimos a camisola pelos doentes e não aceitamos ser tratados assim”, promete, recordando que aqueles trabalhadores não podem mais ser “ignorados”, assim como não podem ser ignorados “os anos de serviço.

“Estamos a lutar por uma carreira justa que já leva anos e anos de atraso. São quase 20 anos de atraso em relação a outras carreiras, somos profissionais fundamentais. Estamos em todas as áreas da saúde (…) e não temos o mínimo respeito por parte do ministério, do Governo e dos anteriores Governos”, critica Ana Paula Gonçalo.

Alexandra Rema, 44 anos, técnica de anatomia patológica no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), conta que se licenciou há 17 anos, mas que continua a receber um ordenado como bacharel e que o Governo lhe propõe um aumento de “sete euros” na carreira.

“Somos licenciados e pagam-nos como bacharéis, por isso há 18 anos que estamos a aguardar. A proposta do governo, põe-nos quase todos, praticamente 90% dos colegas, na base da nova carreira e, por ridículo que pareça, a maior parte das pessoas se calhar de um bacharel para uma licenciatura, na proposta do Governo, vai ganhar mais sete euros”, conta, classificando a proposta de “surreal”.

Alexandra Rema recordou que no dia 22 de maio passado, o ministro das Finanças, Mário Centeno, “veio para a televisão arrogante”, dizer que finalmente ao fim de não sei quantos Governos se tinha “restituído e posto tudo correto” com aquelas carreiras, mas afinal o que se passou, segundo aquela grevista, foi que “fechou” a porta e disse “ou isto ou nada”.

Os TSDT voltaram a fazer greve dia 24 de maio e as negociações reabriram, acrescentou.

Luís Dupont adiantou esta tarde, no Porto, em frente ao Hospital de Santo António, que na região Norte, por exemplo, os serviços das colheitas de sangue nos Hospitais de São João e de Santo António estavam com uma “adesão de 100%” à greve, garantindo-se apenas os serviços mínimos aos doentes oncológicos.

Neste momento e após o encerramento das negociações em maio com o Governo sem acordo, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica solicitou “uma negociação suplementar” este mês, tendo já sido realizadas duas reuniões, que “não foram conclusivas”.

“Foram reuniões exploratórias de ver se havia possibilidades de haver novas propostas da parte do Governo no sentido de vir de acolher as reivindicações dos sindicatos e neste momento o Governo comprometeu-se a apresentar novas propostas fundamentais”, referiu aquele sindicalista.

Regulamentar a “tabela salarial” e a “transição dos atuais profissionais que estão na carreira para a nova tabela” e ter os trabalhadores posicionados “em todas as categorias, porque a proposta do Governo coloca 95% dos trabalhadores na base da carreira” são três propostas fundamentais elencadas por Luís Dupont.

Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) são constituídos por 19 profissões e são cerca de 10 mil a trabalhar nos serviços públicos de saúde em Portugal.

Os quatro sindicatos que convocam a paralisação nacional de hoje exigem uma tabela salarial que respeite as suas habilitações profissionais e ainda outras matérias que respeitam às transições para nova carreira e ao sistema de avaliação, bem como à contagem do tempo de serviço.

Os sindicatos recordam que aguardam uma revisão da carreira há largos anos e que não aceitam que “o Governo inviabilize uma retoma das negociações” e prolongo uma “injustiça que se arrasta há 18 anos”.

LUSA

NACIONAL

25 DE ABRIL: HÁ 17 RUAS EM PORTUGAL COM O NOME DE “OLIVEIRA SALAZAR”

As principais figuras do antigo regime, 50 anos após o fim da ditadura em Portugal, mantêm-se presentes em pelo menos 721 artérias do país, de 195 concelhos, sendo que 17 têm o nome de Salazar.

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As principais figuras do antigo regime, 50 anos após o fim da ditadura em Portugal, mantêm-se presentes em pelo menos 721 artérias do país, de 195 concelhos, sendo que 17 têm o nome de Salazar.

De entre estradas, avenidas, ruas, vias, travessas, azinhagas, alamedas, praças, largos, escadas, calçadas, becos, terreiros, pracetas, pontes e bairros, permanecem no espaço público largas centenas de topónimos de protagonistas do Estado Novo, de acordo com a base de dados dos CTT — Correios de Portugal facultada à agência Lusa, embora Humberto Delgado ou Aristides de Sousa Mendes também fiquem como símbolos de resistência na ditadura.

Sobrevivendo à iniciativa de apagar a ideologia e memórias de 48 anos de ditadura, após o 25 de Abril de 1974, pelo menos 17 ruas mantêm o nome de António de Oliveira Salazar, que governou entre 1932 e 1968, primeiro como ministro das Finanças e depois como presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro).

Em Santa Comba Dão, distrito de Viseu, o ditador que nasceu na antiga freguesia de Vimieiro dá nome a avenida (e apelido a escola), em Armamar, no mesmo distrito, destaca-se com outra avenida, praça e travessa, em Castelo Branco e Leiria, com duas ruas, e Ansião (Leiria), Cadaval (Lisboa), Carregal do Sal e Penodono (Viseu), Odemira (Beja), Santo Tirso (Porto), Tomar (Santarém), Vila Flor (Bragança), Vila Nova de Gaia (Porto), na maioria com uma rua cada.

Na cadeira de Salazar sucedeu Marcelo Caetano, último primeiro-ministro do Estado Novo, que se rendeu no Quartel do Carmo na “revolução dos cravos”, com 16 placas, de quatro ruas em Pombal, em distintos lugares ou freguesias, e um beco em Peniche, no distrito de Leiria, duas ruas e largo em Cadaval, avenida e largo na Maia (Porto), largo em Arganil (Coimbra), travessa em Penalva do Castelo (Viseu), e ruas em Rio Maior e Tomar (Santarém) e Cascais e Sintra (Lisboa).

O último Presidente da República do Estado Novo, Américo Tomás, almirante apelidado pelo povo de “corta-fitas”, dá nome a avenida na Covilhã (Castelo Branco), e ruas de Celorico da Beira (Guarda), Ferreira do Zêzere (Santarém), e Cadaval e Loures (Lisboa).

O marechal Francisco Craveiro Lopes, Presidente da República entre 1951 e 1958, figura em 16 placas de duas ruas em Loures e em Odivelas (Lisboa), avenidas em Vendas Novas (Évora), Cascais e Lisboa, e rua em Almeirim, Santarém, Bragança, Castelo Branco, Mirandela (Bragança), Peniche, Ponte de Sor (Portalegre), Santa Maria da Feira (Aveiro) e Vila Nova de Gaia.

O general Óscar Carmona, chefe de Estado entre 1926 e 1951, soma 41 referências toponímicas, de avenidas em Cascais (duas e uma rua), em Chaves (Vila Real), Santa Comba Dão, Tabuaço (Viseu) e Vila Flor, e ruas também nos distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém e Viseu.

Carmona dá ainda nome a praças em Alcanena e Entroncamento (Santarém), Castelo Branco e Felgueiras (Porto), a largos em Anadia (Aveiro), Fronteira (Portalegre), Leiria e Odivelas, e uma ponte em Vila Franca de Xira (Lisboa).

O marechal Gomes da Costa, monárquico que foi Presidente da República em 1926, deposto por um golpe liderado por Carmona, possui 35 topónimos, e Carrazeda de Ansiães (Bragança) lidera em número, com duas ruas e uma travessa, seguindo-se Almeirim com duas ruas, ou Nisa (Portalegre) e Portimão (Faro) com uma rua e uma travessa cada.

O nome do marechal está também patente em avenidas de Oeiras, Lisboa, Matosinhos, Vila Nova de Gaia e Porto, assim como em ruas da Horta (Açores) e municípios dos distritos de Beja, Braga, Beja, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Viseu, Santarém ou Setúbal.

O escritor e jornalista António Ferro dá nome a rua e praceta em Cascais, a ruas em Amadora (Lisboa), Matosinhos, Portalegre e Portimão e praceta em Oeiras.

Pelo menos 72 topónimos nos distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real têm o nome de Duarte Pacheco, engenheiro que foi ministro das Obras Públicas e responsável por projetos como o aeroporto de Lisboa e a Ponte Salazar, rebatizada Ponte 25 de Abril, que liga Lisboa a Almada.

O cônsul português em França Aristides de Sousa Mendes, que concedeu à revelia de Salazar vistos a judeus, que fugiam ao exército alemão nazi, na Segunda Guerra Mundial, regista 63 topónimos nos distritos de Aveiro, Beja, Braga, Bragança. Coimbra, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu.

O general Humberto Delgado, que tentou derrubar o regime salazarista através de eleições, possui 448 topónimos, com destaque para Sintra, com 17 placas em quatro avenidas, nove ruas, duas pracetas e duas travessas, em distintos lugares ou freguesias, seguido de Loures, com 16, dos quais 12 ruas, dois largos e uma praça.

Além da toponímia, figuras do Estado Novo estão ainda presentes na estatuária ou na ponte e viaduto Duarte Pacheco, em Penafiel e Lisboa, respetivamente.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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