CIÊNCIA & TECNOLOGIA
TECNOLOGIA PORTUGUESA EM MARTE
Um foguetão Russo partiu para o espaço, levando consigo a EXOMARS rumo a Marte, numa missão espacial em busca de sinais de vida no Planeta Vermelho. Duas empresas portuguesas têm um papel essencial neste projecto europeu, que pode culminar numa das maiores descobertas da humanidade. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Lançado a partir de Baikonur, no Cazaquistão, o foguetão Proton-M integra a chamada missãoExoMars que é uma parceria entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Russa (Roscosmos), integrada no âmbito do programa Aurora que tenta encontrar sinais de que há ou tenha havido vida em Marte.
Nesta missão, que pode mudar a forma como entendemos o mundo em que vivemos, duas empresas de Coimbra, a Active Space Technologies e a CRITICAL Software, têm papeis fundamentais.
A chegada do Proton-M a Marte está prevista para Outubro, e nessa altura o foguetão deverá dividir-se em duas componentes: por um lado, o satélite Trace Gas Orbiter (TGO) que, durante os próximos 5 anos, vai espiar a atmosfera marciana em busca de metano, de vapores de água e de outros vestígios de gases e avaliar se serão produtos de actividade biológica ou geológica; por outro lado, oSchiaparelli, um módulo de demonstração de entrada, descida e aterragem que vai servir essencialmente, para teste com vista à próxima missão, perspectivada para 2018.
Com a ExoMars 2018, o plano é enviar para Marte um robô que percorrerá a superfície do planeta em busca de sinais químicos de vida, recolhendo e analisando as amostras in loco.
A Active Space Technologies (AST) está já a trabalhar nessa missão, depois de ter estado activamente envolvida no projecto térmico do Schiaparelli que foi hoje lançado para o espaço.
Esta empresa de Coimbra, que a par da CRITICAL Software integra o consórcio internacional, sob a liderança da Thales Alenia Space Italia, que trabalha com a ESA, está a desenvolver e a testar as estruturas electro-mecânicas do robô que vai aterrar e percorrer Marte, em 2018.
A AST também, tem trabalhado com a NASA, nomeadamente no fabrico e montagem dos protótipos de teste da nave Orion que vai ser lançada para o espaço, em 2017, para um voo não tripulado à volta da Lua, e que visa substituir o Space Shuttle para transportar astronautas em missões espaciais.
A CRITICAL Software (CS) participou na concepção e no desenvolvimento do satélite TGO, sendo responsável pelo software que controla a missão espacial e “pelos respectivos instrumentos de bordo, bem como por validar o sistema implementado no satélite e proceder aos testes do funcionamento do equipamento real, garantindo que não existem quaisquer falhas”, explica a própria empresa de Coimbra no seu site.
O director de desenvolvimento de negócio da CS, Bruno Carvalho, releva que “o nível de criticidade destes equipamentos e do sistema implementado no satélite são elevados”, notando que a participação da empresa portuguesa na sua primeira missão a Marte reflecte “o know-how e as competências tecnológicas e humanas” dos seus profissionais.
Com 15 anos de experiência no sector espacial, a CS também trabalha com a NASA, além de estar envolvida em vários projectos europeus, nomeadamente no desenvolvimento do software do satélite do Sentinel-3A que, durante os próximos 7 anos, vai recolher dados sobre a Terra.
Vê aqui o vídeo da simulação de lançamento;
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CIÊNCIA & TECNOLOGIA
O MANTO DA TERRA É MENOS MISTURADO DO QUE SE PENSAVA – ESTUDO
Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.
Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.
Ambas as ‘ilhas’ foram descobertas no final do século passado. Os investigadores definem-nas como dois “supercontinentes” localizados entre o núcleo e o manto da Terra: um sob África e o outro sob o Oceano Pacífico, ambos a mais de 2000 quilómetros abaixo da superfície da Terra.
“Estas duas grandes ilhas estão rodeadas por uma espécie de ‘cemitério’ de placas tectónicas que foram transportadas para lá por um processo de subducção, em que uma placa submerge sob outra e se afunda da superfície da Terra até uma profundidade de quase 3.000 quilómetros”, realçou Arwen Deuss, sismóloga da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e uma das autoras do estudo publicado na quarta-feira na revista Nature.
Até agora, os modelos sísmicos utilizavam apenas velocidades de onda para distinguir a composição e as características térmicas de diferentes partes da estrutura interna da Terra.
A investigação atual combinou as velocidades das ondas com uma técnica chamada “observações de atenuação” que permitiu o estudo do interior da Terra em três dimensões, algo “fundamental para compreender a evolução da composição” do manto, apontaram os autores.
A nova técnica permitiu-lhes “obter uma visão do interior do planeta, semelhante à que os médicos obtêm do corpo humano através dos raios X”.
Os resultados indicaram que, quando atingem estas ‘ilhas’ interiores do tamanho de continentes, as ondas abrandam porque a temperatura é mais elevada.
Ao estudar a composição dos minerais no manto, os investigadores descobriram também que o tamanho dos grânulos minerais nestas ‘ilhas’ gigantes é visivelmente maior do que nas placas tectónicas ‘mortas’ que as rodeiam.
“Estes grânulos minerais não crescem de um dia para o outro, o que só pode significar uma coisa: são muito maiores, mais rígidos e, por isso, mais antigos do que os cemitérios de camadas mortas circundantes. Isto indica que as ‘ilhas’ não participam no fluxo no manto terrestre”, explicou outra autora, Sujania Talavera-Soza, da mesma universidade.
“Ao contrário do que nos ensinam os livros de geografia, o manto também não pode ser bem misturado. Há menos fluxo no manto terrestre do que pensamos”, acrescentou Talavera-Soza.
O conhecimento do manto terrestre é essencial para compreender a evolução do planeta e de outros fenómenos à superfície da Terra, como os vulcões e a formação de montanhas.
Para este tipo de investigação, os sismólogos aproveitam as oscilações provocadas por fortes sismos que ocorrem a grandes profundidades, como o que ocorreu na Bolívia em 1994 — 650 quilómetros abaixo da superfície — sem causar danos ou vítimas, e a descrição matemática da força destas oscilações.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DE COIMBRA LANÇA LIVRO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ABELHAS DE PORTUGAL
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.
A obra “Chaves Dicotómicas dos Géneros de Abelhas de Portugal. Hymenoptera: Anthophila”, uma adaptação e tradução de “Key to the Genera of European Bees (Hymenoptera: Anthophila)”, é o primeiro a ser publicado sobre o tema para Portugal e em português, revelou a FCTUC, em nota enviada à agência Lusa.
Produzido no âmbito dos projetos PolinizAÇÃO e EPIC-Bee, em colaboração com a Imprensa da Universidade de Coimbra, o livro já está disponível para ‘download’ gratuito.
“Desenvolvido como uma ferramenta para a identificação de géneros de abelhas, o livro destina-se principalmente a um público académico e técnico, constituindo um marco significativo no campo da entomologia e um contributo valioso para a conservação dos insetos polinizadores”, referiu a FCTUC.
A produção do livro técnico contou com o envolvimento de investigadores do FLOWer Lab do Centro de Ecologia Funcional e do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, nomeadamente Hugo Gaspar, Sílvia Castro e João Loureiro.
“Este livro preenche uma lacuna de décadas na investigação sobre as abelhas selvagens em Portugal, uma vez que atualiza o conhecimento e aproxima-o da comunidade entomológica nacional através da adaptação e tradução para a língua portuguesa”, afirmou o entomólogo e aluno de doutoramento da FCTUC, Hugo Gaspar.
O trabalho “será extremamente útil não só para investigadores que trabalham no estudo e conservação de polinizadores, mas também para estudantes, naturalistas e para todos os que tiverem interesse em aprender sobre a identificação de abelhas”, acrescentou.
A obra contou também com a colaboração do investigador da Universidade do Porto, José Grosso-Silva, e da equipa de investigadores ligada ao Laboratório de Zoologia da Universidade de Mons (Bélgica), através dos projetos europeus Spring, Orbit e Epic-Bee.
A FCTUC declarou que este lançamento reforça o compromisso da Universidade de Coimbra em promover a ciência e desenvolver ferramentas de apoio à investigação científica e ao conhecimento sobre biodiversidade.
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