NACIONAL
TELEMÓVEL AO VOLANTE REPRESENTA MAIS DE 100 MULTAS POR DIA
A GNR e a PSP passaram, em média, 107 multas por dia em 2018 por uso do telemóvel durante a condução, num ano em que o total de infrações chegou perto de 40.000.
Dados avançados à agência Lusa pelas duas forças de segurança indicam que a PSP multou 17.050 condutores e a GNR 22.226 em 2018, totalizando 39.276 infrações por uso do telemóvel durante a condução.
Em relação ao ano anterior, estas infrações registaram uma ligeira diminuição em 2018, menos 2.385, tendo a PSP multado 18.860 e a GNR 22.801 condutores em 2017 (41.661 no total).
Os dados mostram também que as duas forças de segurança detetaram 237.045 automobilista a usar telemóvel ao volante nos últimos cinco anos, designadamente 121.085 a Guarda Nacional Republicana e 115.960 a Polícia de Segurança Pública.
Nos último cinco anos foi em 2015 que a GNR encontrou mais condutores nesta situação, 28.963, seguido de 2016 (24.676), 2017 (22.801), 2014 (22.419) e 2018 (22.228).
Também na área da PSP foi no ano passado (17.050) que se registaram menos contraordenações por uso do telemóvel ao volante, mas foi em 2016 que se verificaram mais multas (33.265), seguindo-se 2015 (25.064), 2014 (21.721) e 2017 (18.860).
A PSP ressalva que os autos por ‘uso indevido do telemóvel durante a condução’ compreendem também a “utilização pelo condutor, durante a marcha do veículo, de auscultadores sonoros sem um único auricular ou microfone com sistema de alta voz”.
Na resposta enviada à Lusa, a PSP chama a atenção para vários estudos, que revelam que a utilização do telemóvel durante a condução aumenta quatro vezes o risco de ocorrência de acidente de viação.
A PSP avança também que manter uma conversa telefónica durante a condução possui efeitos “tão nocivos como conduzir sob influência de álcool”.
“A utilização do telemóvel possui um impacto negativo no seu desempenho por parte dos condutores, na medida que origina o aumento do tempo de reação, má avaliação das velocidades, não manutenção das distâncias de segurança, mau posicionamento na interpretação da sinalização, podendo até ser ignorada, desrespeito das regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões”, refere ainda a PSP.
Também a GNR considera que a utilização do telemóvel durante a condução constitui “uma das principais preocupações no que diz respeito à prevenção de sinistralidade”.
As duas forças de segurança referem que a principal consequência de se utilizar o telemóvel durante a condução é a distração, que é um fator potenciador de acidentes de viação.
Além do uso do telemóvel, a GNR alerta também para a utilização de outros equipamentos cujo manuseamento pode afetar o exercício da condução, como é o caso dos aparelhos GPS, ‘tablets’ e equipamentos interativos presentes no automóvel.
Dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) indicam que 513 pessoas morreram em acidentes rodoviários no ano passado, mais três do que em 2017, registando-se uma subida pelo segundo ano consecutivo do número de mortos
Segundo a ANSR, o número de acidentes também aumentou em 2018, tendo sido registados 132.378 desastres nas estradas portuguesas, mais 2.170 do que no ano transato.
Por sua vez, o número de feridos graves registou uma ligeira diminuição no ano passado, totalizando 2.093, menos 105 do que em 2017.
LUSA
NACIONAL
PORTUGAL DEVE PREPARAR-SE PARA OS PIORES FENÓMENOS CLIMÁTICOS EXTREMOS
O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse hoje à Lusa que, devido às mudanças climáticas, Portugal deve preparar-se para mais e piores fenómenos extremos como que o causou inundações em Lisboa na quinta-feira.
O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse hoje à Lusa que, devido às mudanças climáticas, Portugal deve preparar-se para mais e piores fenómenos extremos como que o causou inundações em Lisboa na quinta-feira.
A região da Grande Lisboa registou 197 ocorrências na quinta-feira devido ao mau tempo, incluindo quedas de árvore, inundações e quedas de estruturas, tendo-se ainda registado um fenómeno extremo de vento na bacia do Tejo.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera está a analisar o fenómeno, pois poderá configurar do ponto de vista técnico um tornado.
“Sempre houve inundações, mas nos anos mais recentes há uma frequência e uma maior severidade”, disse José Carlos Pimenta Machado, à margem do Fórum e exposição internacional de cooperação ambiental de Macau 2024.
O vice-presidente da APA recordou que, entre o final de outubro e o início de novembro, “em 15 dias choveu mais no [rio] Lima do que chove em dois anos no Algarve”.
“O risco aumentou, por isso temos que viver com o risco e aumentar os projetos de proteção”, sublinhou Pimenta Machado. “Prevenção e muito ordenamento do território, é mesmo a nossa grande aposta”, acrescentou.
“Temos que preparar as cidades, territórios e infraestruturas para esta nova realidade, para viver com picos de precipitação, longos períodos de seca e ondas de calor”, disse o dirigente.
Pimenta Machado defendeu que Lisboa “está a fazer o seu caminho e bem”, dando como exemplo a implementação do plano geral de drenagem, que vai “drenar as zonas de mais vulnerabilidade”.
O plano, no valor 130 milhões de euros, prevê a construção de dois túneis de drenagem do excesso de água das chuvas para o rio Tejo, um com cinco quilómetros entre Campolide e Santa Apolónia e outro de um quilómetro, de Chelas ao Beato.
O dirigente sublinhou ainda a importância de “criar mais zonas verdes para aumentar a infiltração, aumentar as bacias de retenção”, e deu como exemplo a Praça de Espanha, que “já foi testada este ano e funcionou muito bem”.
Pimenta Machado mencionou também o plano para construir a barragem de Girabolhos, em Seia, para “permitir minimizar as cheias” na zona do Baixo Mondego.
Pelo contrário, sublinhou o vice-presidente da APA, o Algarve continua a atravessar “a pior seca de sempre”, apesar das recentes chuvas.
Pimenta Machado referiu também que Portugal já perdeu para o mar uma área de 12,2 quilómetros quadrados — “equivalente a 1.700 campos de futebol” — e que 20% da costa, 180 quilómetros, estão em risco de erosão costeira.
“Esta guerra entre a terra e o mar sempre existiu, mas é atualmente potenciada pelas mudanças climáticas”, alertou o dirigente.
Pimenta Machado defendeu a necessidade de “não aumentar as construções na costa” e de apostar em “colocar areia nas praias” em vez de, como no passado, em “muitas obras pesadas, esporões e quebra-mares”.
NACIONAL
LISTA OFICIAL DOS 17 MINISTROS DO GOVERNO DE LUÍS MONTENEGRO
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
A posse dos ministros do XXIV Governo Constitucional está prevista para terça-feira e a dos secretários de Estado para dois dias depois.
A lista de nomes propostos por Luís Montenegro para ministros do XXIII Governo Constitucional é a seguinte:
Primeiro-ministro
Luís Montenegro
Ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros
Paulo Rangel
Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim Miranda Sarmento
Ministro da Presidência
António Leitão Amaro
Ministro Adjunto e da Coesão Territorial
Manuel Castro Alemida
Ministro dos Assuntos Parlamentares
Pedro Duarte
Ministro da Defesa Nacional
Nuno Melo
Ministra da Justiça
Rita Júdice
Ministra da Administração Interna
Margarida Blasco
Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Alexandre
Ministra da Saúde
Ana Paula Martins
Ministra das Infraestruturas e Habitação
Miguel Pinto Luz
Ministro da Economia
Pedro Reis
Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Palma Ramalho
Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Carvalho
Ministra da Juventude e Modernização
Margarida Balseiro Lopes
Ministro da Agricultura e Pescas
José Manuel Fernandes
Ministra da Cultura
Dalila Rodrigues
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