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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

A TERRA VAI TENTAR COMUNICAR COM EXTRATERRESTRES

A organização sem fins lucrativos METI (Messaging Extraterrestrial Intelligence) em São Francisco, nos EUA, anunciou que vai começar a enviar sinais para o espaço a partir de 2018, para tentar contactar com extraterrestres, em vez de esperar que estes contactem a Terra. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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A organização sem fins lucrativos METI (Messaging Extraterrestrial Intelligence) em São Francisco, nos EUA, anunciou que vai começar a enviar sinais para o espaço a partir de 2018, para tentar contactar com extraterrestres, em vez de esperar que estes contactem a Terra.

Depois de décadas à procura de mensagens de seres extraterrestres, os cientistas dizem que é hora de cumprir uma regra básica de etiqueta – dizer “olá” primeiro.

No entanto, o plano que está a receber algumas críticas, com alguns cientistas a defender que os humanos não devem tentar procurar a vida extraterrestre, mas sim esconder-se dos alienígenas, pois existe a possibilidade de estes quererem conquistar o nosso planeta.

“É tarde demais para nos escondermos no Universo. Os extraterrestres podem estar à espera de uma indicação clara que mostre que estamos preparados para falar com eles”, explicou o presidente da METI, Dougas Vakoch.

“O ideal seria usar um transmissor bastante potente, como aqueles que são usados para estudar os planetas – como o Radiotelescópio de Arecibo”, sublinhou.

Em 2018, a organização pretende enviar algumas mensagens, via rádio ou sinais laser, para um planeta rochoso que orbita a Proxima Centauri – a estrela mais próxima do Sol – e depois para destinos mais distantes, a centenas ou milhares de anos-luz de distância.

Mas o projeto tem vindo a gerar alguma polémica. Alguns cientistas como o escritor de ficção científica David Brin e o físico Stephen Hawking perguntam: “E se os extraterrestres forem hostis, queremos realmente que saibam onde estamos?”

“Não devemos chamar a atenção para nós mesmos”, defendem os especialistas.

Outros cientistas defendem e apoiam a iniciativa, como Seth Shostak, astrónomo do Instituto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), que afirma que “há algo a ser aprendido, nada a temer, e pelo menos a possibilidade de descobrir algo verdadeiramente revolucionário – que temos companhia“.

Esta não é a primeira vez que os especialistas tentam contactar com extraterrestres. Em 1974, foi enviada uma mensagem através do Radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, com o objetivo de transmitir a uma possível civilização extraterrestre informações sobre o planeta Terra.

O sinal foi direcionado para o agrupamento estelar M13, que está a aproximadamente 25.000 anos-luz de distância, e possui cerca de 300.000 estrelas na Constelação de Hércules.

A mensagem foi transmitida no dia 16 de Novembro de 1974, e consistia em 1679 impulsos de código binário que demoraram três minutos a serem transmitidos.

“Se todos aqueles que podem enviar uma mensagem decidirem apenas recebe-la, esta será uma galáxia muito silenciosa”, explica o astrónomo Andrew Fraknoi, citado pelo PHYS.

O físico Stephen Hawking, que está contra a iniciativa, acredita que caso os extraterrestres descubram a Terra vão querer conquistá-la e colonizar o planeta.

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

O MANTO DA TERRA É MENOS MISTURADO DO QUE SE PENSAVA – ESTUDO

Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.

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Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.

Ambas as ‘ilhas’ foram descobertas no final do século passado. Os investigadores definem-nas como dois “supercontinentes” localizados entre o núcleo e o manto da Terra: um sob África e o outro sob o Oceano Pacífico, ambos a mais de 2000 quilómetros abaixo da superfície da Terra.

“Estas duas grandes ilhas estão rodeadas por uma espécie de ‘cemitério’ de placas tectónicas que foram transportadas para lá por um processo de subducção, em que uma placa submerge sob outra e se afunda da superfície da Terra até uma profundidade de quase 3.000 quilómetros”, realçou Arwen Deuss, sismóloga da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e uma das autoras do estudo publicado na quarta-feira na revista Nature.

Até agora, os modelos sísmicos utilizavam apenas velocidades de onda para distinguir a composição e as características térmicas de diferentes partes da estrutura interna da Terra.

A investigação atual combinou as velocidades das ondas com uma técnica chamada “observações de atenuação” que permitiu o estudo do interior da Terra em três dimensões, algo “fundamental para compreender a evolução da composição” do manto, apontaram os autores.

A nova técnica permitiu-lhes “obter uma visão do interior do planeta, semelhante à que os médicos obtêm do corpo humano através dos raios X”.

Os resultados indicaram que, quando atingem estas ‘ilhas’ interiores do tamanho de continentes, as ondas abrandam porque a temperatura é mais elevada.

Ao estudar a composição dos minerais no manto, os investigadores descobriram também que o tamanho dos grânulos minerais nestas ‘ilhas’ gigantes é visivelmente maior do que nas placas tectónicas ‘mortas’ que as rodeiam.

“Estes grânulos minerais não crescem de um dia para o outro, o que só pode significar uma coisa: são muito maiores, mais rígidos e, por isso, mais antigos do que os cemitérios de camadas mortas circundantes. Isto indica que as ‘ilhas’ não participam no fluxo no manto terrestre”, explicou outra autora, Sujania Talavera-Soza, da mesma universidade.

“Ao contrário do que nos ensinam os livros de geografia, o manto também não pode ser bem misturado. Há menos fluxo no manto terrestre do que pensamos”, acrescentou Talavera-Soza.

O conhecimento do manto terrestre é essencial para compreender a evolução do planeta e de outros fenómenos à superfície da Terra, como os vulcões e a formação de montanhas.

Para este tipo de investigação, os sismólogos aproveitam as oscilações provocadas por fortes sismos que ocorrem a grandes profundidades, como o que ocorreu na Bolívia em 1994 — 650 quilómetros abaixo da superfície — sem causar danos ou vítimas, e a descrição matemática da força destas oscilações.

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UNIVERSIDADE DE COIMBRA LANÇA LIVRO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ABELHAS DE PORTUGAL

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.

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A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.

A obra “Chaves Dicotómicas dos Géneros de Abelhas de Portugal. Hymenoptera: Anthophila”, uma adaptação e tradução de “Key to the Genera of European Bees (Hymenoptera: Anthophila)”, é o primeiro a ser publicado sobre o tema para Portugal e em português, revelou a FCTUC, em nota enviada à agência Lusa.

Produzido no âmbito dos projetos PolinizAÇÃO e EPIC-Bee, em colaboração com a Imprensa da Universidade de Coimbra, o livro já está disponível para ‘download’ gratuito.

“Desenvolvido como uma ferramenta para a identificação de géneros de abelhas, o livro destina-se principalmente a um público académico e técnico, constituindo um marco significativo no campo da entomologia e um contributo valioso para a conservação dos insetos polinizadores”, referiu a FCTUC.

A produção do livro técnico contou com o envolvimento de investigadores do FLOWer Lab do Centro de Ecologia Funcional e do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, nomeadamente Hugo Gaspar, Sílvia Castro e João Loureiro.

“Este livro preenche uma lacuna de décadas na investigação sobre as abelhas selvagens em Portugal, uma vez que atualiza o conhecimento e aproxima-o da comunidade entomológica nacional através da adaptação e tradução para a língua portuguesa”, afirmou o entomólogo e aluno de doutoramento da FCTUC, Hugo Gaspar.

O trabalho “será extremamente útil não só para investigadores que trabalham no estudo e conservação de polinizadores, mas também para estudantes, naturalistas e para todos os que tiverem interesse em aprender sobre a identificação de abelhas”, acrescentou.

A obra contou também com a colaboração do investigador da Universidade do Porto, José Grosso-Silva, e da equipa de investigadores ligada ao Laboratório de Zoologia da Universidade de Mons (Bélgica), através dos projetos europeus Spring, Orbit e Epic-Bee.

A FCTUC declarou que este lançamento reforça o compromisso da Universidade de Coimbra em promover a ciência e desenvolver ferramentas de apoio à investigação científica e ao conhecimento sobre biodiversidade.

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