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NACIONAL

TROTINETES: FERIDOS EM ACIDENTES TRIPLICARAM EM 4 ANOS – INEM

Os feridos de acidentes envolvendo trotinetes, bicicletas e skates transportados pelo INEM quase que triplicaram em quatro anos, totalizando 6.280, revelou hoje o presidente daquele instituto, alertando para as lesões que podem ser “muito graves ou mesmo fatais”.

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Os feridos de acidentes envolvendo trotinetes, bicicletas e skates transportados pelo INEM quase que triplicaram em quatro anos, totalizando 6.280, revelou hoje o presidente daquele instituto, alertando para as lesões que podem ser “muito graves ou mesmo fatais”.

“Os acidentes envolvendo bicicletas, trotinetes e skates tem vindo a aumentar, particularmente a nível dos grandes centros urbanos”, realçou Luís Meira, presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no seminário “Mobilidade Ativa: Futuro em Segurança”, que se realiza ao longo do dia de hoje em Lisboa, numa organização do Ministério da Administração Interna e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Ressalvando que há dificuldade em obter dados fidedignos sobre a sinistralidade da designada mobilidade suave, Luís Meira precisou que um em cada três feridos é grave.

O INEM registou 6.280 feridos com trotinetes, bicicletas e skates em 2022, no ano anterior tinha transportado 3.251, enquanto em 2020 — ano marcado pelas restrições à circulação da pandemia — foram 2.642 feridos e em 2019 foram 2.265.

Em relação a 2021, os feridos de acidentes transportados pelo INEM aumentaram 93% em 2022.

Dos 6.280 feridos transportados pelo INEM no ano passado, 4.254 eram ciclistas, 4.254 utilizadores de trotinetes e 335 de skates.

Sobre os utilizadores de trotinetes, os acidentes aumentaram 78% no ano passado em relação a 2021, quando se registaram 946, voltando a descer em 2020 (367), enquanto em 2019 o INEM registou 577 feridos.

Em relação aos ciclistas, o Instituto Nacional de Emergência Médica registou 4.254 acidentes em 2022, baixando para 3.004 em 2021, para 1.970 em 2020 e 1.510 em 2019.

De acordo com o INEM, a maioria dos acidentes envolvendo a mobilidade suave aconteceu nos meses de verão, nomeadamente em julho e agosto, e os concelhos de Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Cascais e Coimbra são aqueles com maior número de desastres.

O presidente do INEM manifestou-se ainda preocupado com a utilização cada vez mais de bicicletas e trotinetes em serviços de entregas e defendeu que é necessário a imposição de regras, uma regulamentação “mais severa” e uma fiscalização “mais apertada”.

Também presente no seminário, o diretor do centro de responsabilidade integrado de traumatologia ortopédica do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, João Fernandes, anunciou que esta unidade vai assinar, na primeira semana de fevereiro, um protocolo com a ANSR para a partilha de dados e para que passa a existir mais informação sobre os acidentes e feridos envolvendo trotinetes.

O médico, que dirige o único hospital que recebe este tipo feridos da região sul, o Hospital de São José, referiu que é necessário ter mais informações, relembrando que nesta unidade de saúde até há bem pouco tempo eram dois funcionários que mensalmente contabilizaram “à unha” os sinistros.

Com este protocolo, os dados da sinistralidade envolvendo trotinetes provavelmente vão ser cinco vezes mais, alertou, dando conta do problema atual que são estes feridos, nomeadamente devido às lesões graves e complexas que atingem vários órgãos, por não usarem capacete, serem estrangeiros e não terem seguro.

O médico explicou que estes feridos são “um peso económico e social” para o Estado, chegam a estar mais de um mês internados nos hospitais, são submetidos a várias cirurgias e ocupam camas nos cuidados intensivos.

“Estes feridos estão a ocupar camas que o Serviço Nacional de Saúde não estava a contar”, disse, frisando que muitos chegam a hospital alcoolizados.

NACIONAL

BANCO ALIMENTAR RECOLHE 1800 TONELADAS DE COMIDA NOS ÚLTIMOS DIAS

A campanha do Banco Alimentar contra a Fome recolheu mais de 1.800 toneladas de alimentos nos últimos três dias, avançou hoje a presidente da entidade, salientando a “grande solidariedade” dos portugueses que “doaram tempo e alimentos”.

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A campanha do Banco Alimentar contra a Fome recolheu mais de 1.800 toneladas de alimentos nos últimos três dias, avançou hoje a presidente da entidade, salientando a “grande solidariedade” dos portugueses que “doaram tempo e alimentos”.

“A campanha correu muito bem. Tivemos muitos voluntários e uma grande adesão de quem foi às compras. Mais uma vez os portugueses mostraram uma grande solidariedade, seja através da doação de tempo quer seja de alimentos”, afirmou à Lusa a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome (FPBACF), Isabel Jonet.

Até às 18:00 deste domingo, “já tinham sido contabilizadas mais de 1.800 toneladas de produtos doados”, acrescentou Isabel Jonet, salientando que este é ainda um valor provisório, uma vez que alguns dos 21 bancos espalhados pelo país ainda não terminaram as contagens.

Nos dois primeiros dias de campanha — sexta-feira e sábado – recolheram 1.555 toneladas e hoje tinham contabilizado 340 toneladas.

Isabel Jonet afirmou acreditar que, quando as contas estiverem fechadas, será revelado um novo record em relação a 2022.

“Não tenho quaisquer dúvidas de que vamos ultrapassar o valor do ano passado”, disse, acrescentando que no último natal os voluntários recolheram 2.098 toneladas.

A presidente do FPBACF lembrou que há cada vez mais gente a atravessar sérias dificuldades financeiras: “Quando as pessoas pedem ajuda para comer é quando já se esgotaram todos os outros pedidos de ajuda. Não é fácil pedir ajuda para comer”.

“Existem cerca de dois milhões de pessoas que vivem com menos de 591 euros por mês”, sublinhou Isabel Jonet, lembrando que metade destas pessoas “vive com menos de 224 euros”.

No ano passado, 17% das pessoas em Portugal estavam em risco de pobreza (mais 0,6 pontos percentuais do que no ano passado), segundo dados divulgados recentemente pelo INE.

Além destes casos, identificados nas estatísticas, existem muitas outras situações, como “jovens casais com crianças”, que trabalham, têm rendimentos superiores, mas “não conseguem pagar as contas”, alertou Isabel Jonet, dando exemplos de famílias que “viram o empréstimo da casa aumentar quatro vezes”.

“Nós vimos cair em situação de pobreza pessoas que nunca imaginaram estar nesta situação”, lamentou, explicando que há cada vez mais gente a usufruir do trabalho dos bancos alimentares.

Neste fim de semana, cerca de 40 mil voluntários tornaram possível a campanha que decorreu nos últimos três dias sob o mote “A sua ajuda pode ser o que falta à mesa de uma família”.

Em regra, o Banco Alimentar promove duas campanhas por ano que se destinam a angariar alimentos básicos para pessoas carenciadas, como leite, arroz, massas, óleo, azeite, grão, feijão, atum, salsichas, bolachas e cereais de pequeno-almoço.

Os bens entregues aos voluntários à saída dos supermercados foram encaminhados para os diversos armazéns do Banco Alimentar, onde são separados e acondicionados antes de serem distribuídos pelas pessoas com carências alimentares comprovadas.

A presidente da FPBACF saudou o empenho dos voluntários, “pessoas muito diferentes que querem estar lado a lado a contribuir para uma mesma causa”.

“Há muita malta jovem, escuteiros, guias, mas também escolas e empresas que promovem ações de voluntariado, mas também pessoas que aparecerem em nome individual”, disse, acrescentando que há “pessoas de todas as idades, convicções e até diferentes clubes de futebol”.

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NACIONAL

SAÚDE: 39 SERVIÇOS DE URGÊNCIA COM LIMITAÇÕES NA PRÓXIMA SEMANA

Trinta e nove serviços de urgência em todo o país vão estar limitados na próxima semana, incluindo algumas áreas mais críticas, como a Via Verde AVC, indicou hoje a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

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Trinta e nove serviços de urgência em todo o país vão estar limitados na próxima semana, incluindo algumas áreas mais críticas, como a Via Verde AVC, indicou hoje a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

Segundo o novo plano de reorganização da rede dos serviços de urgência do SNS, para o período entre 03 e 09 de dezembro, na próxima semana verifica-se a alteração em alguns pontos da rede, mantendo-se 44 serviços de urgência a funcionar em pleno (53%), e nos outros 39 vai haver constrangimentos nalgumas especialidades.

Em relação à atual semana são mais três os serviços de urgência que vão ter constrangimentos a partir de domingo.

O plano indica que as especialidades com mais constrangimentos nas urgências são cirurgia geral, pediatria, ortopedia e ginecologia e obstetrícia, mas há cinco hospitais que apresentam em alguns dias limitações nas urgências da Via Verde AVC, designadamente Viana do Castelo, Guimarães, Guarda, Leiria, Santarém e Garcia de Orta, em Almada.

Na Região Norte, que tem 29 pontos de urgência, serão afetadas 13 urgências em algumas especialidades. No Centro estarão limitados oito dos 17 pontos e na Região de Lisboa e Vale do Tejo 15 das 19 urgências estarão a funcionar condicionadas em algumas especialidades.

A Região do Alentejo tem um dos 12 pontos de urgência limitados e no Algarve duas das seis urgências estarão condicionadas.

No documento, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde sublinha que a próxima semana “será importante para avaliar os efeitos dos recentes acordos com os médicos e os impactos que poderão ter na organização das escalas, de forma a se planear a resposta até ao final do ano”.

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