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INTERNACIONAL

TRUMP “NÃO HESITARIA” ENTRAR EM GUERRA

Donald Trump “não hesitaria” entrar em “guerra”, assim como “é muito provável” que se envolva em conflitos internos de países estrangeiros, acredita o historiador da Universidade de Northwestern Robert Wallace.

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Os Estados Unidos da América de Donald Trump “não hesitariam” em participar num terceira guerra mundial assim como “é muito provável” que se envolvam em conflitos internos de países estrangeiros, acredita o historiador da Universidade de Northwestern Robert Wallace.

Em declarações à Lusa, o estudioso defendeu que ao contrário do que aconteceu na Primeira Grande Guerra (que durou de 1914 a 1918 e na qual os norte-americanos apenas entraram a 06 de abril de 1917) e na Segunda Guerra Mundial (que rebentou em 1934, tendo durado até 1945 mas a participação norte americana iniciou-se só em 07 de dezembro de 1941), os Estados Unidos liderados por Trump “entrariam de imediato” num conflito mundial.

No dia 6 de abril passam cem anos da entrada dos EUA na I Guerra Mundial mas hoje, Robert Wallace não acredita num novo conflito global, mas antes no lançamento de uma bomba atómica.

“Os Estados Unidos da América (EUA) não hesitariam em entrar num conflito mundial, entrariam de imediato, logo no início. A América atravessa uma fase estranha. Por um lado está a isolar-se, veja-se a política de fronteiras ou anti-imigração, o recuo na Aliança do Atlântico Norte e, por outro, está fazer uma grande aposta no poderio militar”, disse.

Para o professor, a “aposta” de Trump no “poderio militar” tem um objetivo: “Ganhar uma guerra, seja ela qual for. Ele quer estupidamente ganhar uma guerra e acha que pode, mas vai acabar por levar os EUA a viver um novo Vietname, ou um novo Afeganistão ou um novo Iraque”, disse.

Robert Wallace acredita que Donald Trump vai levar os EUA a entrar em “conflitos internos” de países estrangeiros.

O senhor “Trump, que não tem propriamente noção do que está a fazer, está agora a começar a entrar numa aventura militar no estrangeiro, no Médio Oriente, em África. É muito provável que se venha a meter em conflitos internos, ele já está a mandar soldados, vidas norte-americanas para morrer nestas terras estrangeiras e longínquas e apenas porque sim”, defendeu.

No entanto, o historiador não acredita que, “pelo menos a breve prazo”, haverá um conflito mundial: “Acho que não haverá uma guerra. Acho que haverá o lançamento de uma bomba nuclear, seja pela Coreia do Norte, seja por um grupo terrorista”, disse.

“Se um grupo terrorista mandar uma bomba para Jerusalém, o que acontecerá? Os Estados Unidos de Trump vão dizer que vão encontrar quem o fez e vão destrui-los. É o mais provável que aconteça”, explanou.

Apesar da certeza num “novo conflito, não necessariamente global”, o norte-americano apontou uma “janela de esperança” para os Estados Unidos da América.

“Felizmente, o secretário da defesa Norte-Americano [Jim Mattis] é um militar experiente e Trump prometeu deixar nas mãos dos militares as decisão militares e isso é um alivio. O “botão” está com o Trump mas ele prometeu deixar ser Mattis premi-lo. E ele [Mattis] é ponderado”, referiu.

Isto porque, explicou, “ele (Donald Trump) apercebeu-se que não sabe nada sobre guerra e andou em escolas militares, respeita os militares, não respeita políticos mas respeita militares”, tendo mesmo três generais na sua Administração.

“A nossa esperança é que sejam esses militares a impedi-lo de fazer qualquer coisa mesmo, mesmo doida”, disse.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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