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TRUMP QUER DEPORTAÇÕES, PRISÕES E MUROS

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que vai deportar ou prender dois a três milhões de imigrantes ilegais, e que a construção do muro na fronteira com o México pode ser parcialmente substituída por uma cerca. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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TRUMP QUER DEPORTAÇÕES, PRISÕES E MUROS

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que vai deportar ou prender dois a três milhões de imigrantes ilegais, e que a construção do muro na fronteira com o México pode ser parcialmente substituída por uma cerca.

“O que vamos fazer é encontrar as pessoas que são criminosas ou têm registo criminal, membros de gangues, traficantes de drogas – provavelmente dois milhões, até podem chegar a três milhões – (…) e ou vamos expulsá-las do nosso país ou vamos encarcerá-las”, disse Trump numa entrevista que será transmitida pelo canal televisivo CBS às 22:00 de Lisboa.

“Mas vamos expulsá-las do nosso país, estão cá ilegalmente”, disse o futuro Presidente, acrescentando que depois da fronteira ser “segura”, as autoridades responsáveis pela emigração vão fazer uma “determinação” sobre os restantes imigrantes sem documentos que ficarem no país.

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“Depois de a fronteira ficar segura e depois tudo estar normalizado, vamos fazer uma determinação sobre as pessoas de quem estão a falar, que são ótimas pessoas, mas vamos fazer uma determinação sobre isso”, disse.

“Mas antes de fazermos essa determinação, é muito importante, vamos tornar as fronteiras seguras”, acrescentou.

Questionado sobre se realmente vai construir um muro ao longo da fronteira com o México, uma das mais mediáticas e controversas propostas eleitorais de Trump, o vencedor das eleições respondeu: “Sim”.

Depois da vitória de terça-feira, o Governo do México veio novamente garantir que não iria financiar a construção do muro, e o vice-presidente da equipa de transição da nova Presidência, o republicano Newt Gingrich, quando questionado sobre o tema, respondeu que o muro tinha sido “um grande instrumento de campanha”.

Na entrevista, a primeira desde que venceu as eleições de terça-feira passada, Trump admitiu ainda que o muro pode ser parcialmente substituído por uma cerca, acolhendo as ideias de alguns congressistas republicanos.

“Para certas áreas, sim, mas noutras áreas, um muro é mais apropriado”, disse, acrescentando: “Eu sou muito bom nisto, chama-se construção”.

Na conversa com a jornalista, que inclui segmentos com a mulher, Melanie, e os filhos, Trump revelou que ganhou 100 mil seguidores no sábado nas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram, e explicou porque razão usa tanto o Twitter, quando foi questionado se iria “continuar a disparar o que lhe passava pela cabeça” quando chegar à Casa Branca.

“Vou ser muito comedido, se o usar sequer”, respondeu, referindo-se ao Twitter. No entanto”É uma forma moderna de comunicação, não há nada que ter vergonha. Juntando o Twitter, o Facebook e o Instagram, tenho 28 milhões de pessoas, dá para passar a mensagem. Quando alguém escreve uma má história sobre mim, ou a história é imprecisa, tenho um meio de ripostar”.

“O facto de [estas redes sociais] terem tanto poder ajudou-me a ganhar as corridas nas quais eles [a campanha democrata] gastaram mais dinheiro do que eu”, disse ainda Trump.

LUSA

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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