NACIONAL
UNIDADES DE SAÚDE APONTAM “FALHAS” NA VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE E COVID-19
A Associação de Unidades de Saúde Familiares alertou esta segunda-feira para “falhas persistentes” na disponibilização de vacinas da gripe e da covid-19 em centros de saúde, salientando que tem havido partilha de vacinas entre unidades vizinhas para minimizar o impacto.
A Associação de Unidades de Saúde Familiares alertou esta segunda-feira para “falhas persistentes” na disponibilização de vacinas da gripe e da covid-19 em centros de saúde, salientando que tem havido partilha de vacinas entre unidades vizinhas para minimizar o impacto.
“A partilha de vacinas entre USF [Unidades de Saúde Familiar] vizinhas tem sido necessária para minimizar o impacto, mas isso não é sustentável e reflete uma grave falha na coordenação, na comunicação e na distribuição das vacinas da gripe e, principalmente, da covid-19”, avisa a USF-AN em comunicado.
Apesar de reconhecer “uma melhoria geral” comparativamente com o ano anterior, a associação manifesta “uma vez mais, a sua preocupação” com o desenrolar do processo de vacinação sazonal, “especialmente com as dificuldades que as equipas dos cuidados de saúde primários estão a sentir“.
A associação tem solicitado semanalmente às unidades dos cuidados de saúde primários o preenchimento de um questionário, tendo em conta a tipologia de vacina e o ‘stock’ de doses suficientes para vacinar.
“Embora se observe uma melhoria geral em comparação com o ano anterior, para a qual a USF-AN contribuiu com os sucessivos alertas que foi lançando, os dados mostram ainda falhas persistentes na disponibilização de vacinas nos centros de saúde (que não parecem estar a acontecer nas farmácias) e que continuam a comprometer o sucesso da campanha, com desgaste dos profissionais e da confiança dos utentes”, salienta.
Segundo a associação, observou-se, em várias regiões, a exclusão de algumas unidades do fornecimento de vacinas, resultando em situações de falhas de ‘stock’ para dar resposta à procura, “não permitindo ainda que as equipas convoquem ativamente os utentes elegíveis que são da sua responsabilidade vacinar”.
Dos dados recolhidos, a associação conclui que a falha de vacinas tem ocorrido “e aumentado persistentemente de semana para semana” na vacina de dose elevada da gripes e na vacina contra a covid-19.
Diz ainda que tem tido informação de que as farmácias, das mesmas regiões onde estão a ocorrer os problemas de distribuição para os centros de saúde, “receberam uma quantidade significativamente maior de doses de vacinas, o que lhes tem permitido uma capacidade de resposta muito mais ágil, para além de terem podido começar a vacinação mais cedo”.
“Ainda, em muitas zonas a distribuição das vacinas segue um protocolo rígido, duas vezes na semana, que nem sempre se coaduna com a adaptação a picos de procura e dimensão demasiado pequena de muito dos frigoríficos”, alerta.
Segundo o último relatório publicado pela Direção-Geral da Saúde, a maior taxa de cobertura vacinal, entre as diferentes faixas etárias, para covid-19 e gripe, foi registada entre os idosos com 85 anos ou mais, que são vacinados exclusivamente nos centros de saúde, apesar da falta de ‘stock’ existente em algumas unidades.
Tendo por base o relatório da DGS, a USF-AN refere que o SNS, devido à vacinação nos centros de saúde, poupou aos contribuintes portugueses aproximadamente 2,8 milhões de euros, sugerindo que sejam investidos na contratação de profissionais de saúde que faltam no SNS.
Adianta que as farmácias irão receber pelas vacinas administradas até ao momento aproximadamente 4,2 milhões de euros, propondo, nestes caso, que, “no próximo ano, estes milhões sejam investidos na contratação de profissionais de saúde que faltam no SNS”.
NACIONAL
CCPJ: NOVOS ELEITOS APÓS MANDATO “IMPOPULAR” DE LICÍNIA GIRÃO
A Lista A elegeu esta quarta-feira quatro representantes dos jornalistas na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), com 143 votos, tendo-se ainda registado 22 votos brancos.
A Lista A elegeu esta quarta-feira quatro representantes dos jornalistas na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), com 143 votos, tendo-se ainda registado 22 votos brancos.
Em comunicado, a CCPJ divulgou terem sido eleitos para o exercício efetivo do mandato para o próximo triénio os jornalistas Alexandra Correia (Visão), Paulo Agostinho (Lusa), Mariana Oliveira (Público) e Alexandra Inácio (JN).
A Lista A, a única que se apresentou a votos e que conta com o apoio do Sindicato dos Jornalistas, avançou com várias linhas programáticas sob o mote: “Credibilidade do jornalismo / Independência dos jornalistas”.
“A lista A quer ser representativa da classe e é composta por jornalistas ligados a diversos órgãos de comunicação social, com percursos profissionais que refletem a diversidade dos meios e de diferentes grupos empresariais de comunicação social”, lê-se na apresentação da lista, que integrou jornalistas que se estreiam na CCPJ.
A eleição dos representantes dos jornalistas decorreu através de voto eletrónico, entre o dia 20 e esta quarta-feira, e presencialmente, ao longo desta quarta-feira.
As entidades empregadoras nomeiam mais quatro jornalistas para um plenário, que vai eleger o presidente do organismo.
Em outubro, três membros da CCPJ renunciaram aos cargos em divergência com a presidente do órgão, Licínia Girão, segundo exposições ao plenário da entidade a que a Lusa teve acesso.
Depois de Anabela Natário e Isabel Magalhães terem renunciado ao cargo em 24 de outubro, Miguel Alexandre Ganhão apresentou no final do mês de outubro do ano passado a renúncia após reunião do plenário da CCPJ.
Estes três membros foram eleitos pelos jornalistas para o plenário do órgão.
“Não podemos aceitar mais a má gestão da CCPJ nem fazer de conta que nada se passa neste organismo, onde tentámos sempre trilhar o caminho para o qual fomos eleitas pelos nossos pares” e “é precisamente em nome do respeito à instituição, de modo a prevenir o futuro, que nos propusemos explicar neste documento a nossa decisão”, afirmam Anabela Natário e Isabel Magalhães, numa exposição datada de 24 de outubro.
Por sua vez, Miguel Alexandre Ganhão considerou que “o mandato da CCPJ nos últimos tempos tem sido um enorme equívoco”, explicando as razões da sua renúncia.
“Como não se antevê que até ao fim do mandato desta CCPJ seja mudada a orientação desta comissão, e estando eu de acordo com muitos dos reparos feitos pelas vogais Anabela Natário e Isabel Magalhães, não me resta outra alternativa que não seja a renúncia ao meu mandato com efeitos imediatos”, rematou.
NACIONAL
POLÍCIA JUDICIÁRIA INVESTIGA CARTAS COM PÓ SUSPEITO ENVIADAS A VÁRIAS INSTITUIÇÕES
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje que está a investigar, após um pedido da PSP, a origem de várias cartas com um pó suspeito no interior enviadas a instituições e órgãos de soberania.
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje que está a investigar, após um pedido da PSP, a origem de várias cartas com um pó suspeito no interior enviadas a instituições e órgãos de soberania.
A PJ referiu em comunicado que “face aos factos, encontra-se a investigar, em estreita articulação com a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR), a origem dos vários subscritos enviados, com idêntica missiva e conteúdo”.
Fonte policial adiantou à Agência Lusa que as cartas foram enviadas à Assembleia da República, presidência do Conselho de Ministros, Campus XXI (a designação da nova sede do Governo), Ministério da Administração Interna e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
“A investigação destina-se a identificar a origem e autoria das cartas, bem como a natureza da substância incluída nas mesmas”, adiantou a PJ no comunicado.
A direção nacional da PSP informou também em comunicado que “hoje, pelas 14:40, respondeu a diversas chamadas de remessa de envelopes suspeitos, designadamente para alguns órgãos de soberania e entidades públicas”.
A PSP adiantou que, através do Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo da Unidade Especial de Polícia e do Comando Metropolitano de Lisboa, “reagiu de imediato com equipas especializadas, treinadas e capacitadas para este tipo de ameaça, tendo tido a colaboração da Guarda Nacional Republicana, da Polícia Judiciária e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)”.
Não houve danos materiais nem lesões pessoais a registar, sublinhou a PSP.
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