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UTILIZADORES DA LINHA DE CASCAIS MUITO DESCONTENTES COM A CP

Os utilizadores da linha de Cascais apelam para que os horários sejam cumpridos e as estações e comboios modernizados. A inexistência de alternativas de transporte público para o trajeto condiciona as deslocações entre Cascais e Lisboa.

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Os utilizadores da linha de Cascais apelam para que os horários sejam cumpridos e as estações e comboios modernizados. A inexistência de alternativas de transporte público para o trajeto condiciona as deslocações entre Cascais e Lisboa.

Henrique Garcia esperava pelo comboio de regresso a Cascais na estação de Cais do Sodré, em Lisboa, impaciente, depois de um dia de trabalho. À agência Lusa, disse utilizar o comboio apenas porque não tem carro e “não há alternativa”.

“O serviço é péssimo, quer seja no horário ou nas condições do comboio. Com o calor que está torna-se impossível estar dentro do comboio”, disse, acrescentando que é frequente ver pessoas a ficar no cais porque os comboios ficam facilmente cheios.

Henrique Garcia explicou também que o problema se adensa nas horas de ponta e nos fins de semana, quando mais pessoas pretendem deslocar-se para a linha de Cascais, onde se situam várias praias.

“Na hora de ponta há quem vá para a praia e quem venha e no fim de semana é ainda pior. As condições pioram no verão e a supressão de comboios é muito má, não deveriam tomar esta medida”, afirmou, referindo-se à redução de horários que está em vigor até dia 9 de setembro.

A redução de horários, que vigora desde 5 de agosto, consiste na alteração dos tempos de espera entre a passagem de cada comboio dos habituais 12 para 15 minutos, uma diferença de três minutos que para Elisabete Pinto, utilizadora frequente da linha de Cascais, é “aceitável”.

“A alteração de horários de verão não me vai transtornar desde que se cumpram os horários. Uma vez que há menos pessoas a trabalhar, muito embora continuem a vir alguns turistas, penso que o movimento de pessoas tem reduzido e é aceitável que reduzam o número de comboios por dia, não é algo que ache errado”, afirmou.

Segundo Elisabete Pinto, um dos maiores problemas da linha é o incumprimento de horários e o desinvestimento que se nota nas estações e carruagens.

“O número de comboios por dia tem sido suficiente desde que sejam cumpridos os horários, mas os horários não têm sido cumpridos. É frequente não se cumprirem horários, já não temos a certeza de que o comboio chega à hora marcada, pode chegar dois, três minutos ou muito tempo depois. O certo é que esta linha precisa de investimento”, acrescentou.

Para esta utilizadora, “os dias de greve são os piores”, já que só consegue chegar ao centro da capital portuguesa através de meios de transporte próprios.

“Em dias de greve, por exemplo, apenas conseguimos chegar a Lisboa por meios próprios. Não há uma camionete, pelo menos que eu tenha conhecimento. Ou usamos meios próprios ou ficamos em casa, não é fácil chegar a Lisboa quando há greves”, disse.

No seu entender, é essencial apostar na conservação da linha.

“Quando nos confrontamos com a ausência deste meio de transporte não temos transporte alternativo válido. Seria importante, mesmo em termos de turismo, já que vemos diariamente turistas a utilizarem esta linha, conservá-la, o que é valioso tem de ser conservado”, referiu.

“É uma pena porque esta linha é uma linha magnífica, os comboios já estão um pouco envelhecidos e têm que se cuidar devidamente”, acrescentou.

Opinião semelhante tem Elisabete Almeida, que utiliza a linha de Cascais há um ano e meio, e também acha que deve ser dado maior “cuidado à manutenção” do material circulante e das estações.

“O que se nota, fruto da época, é a substituição da máquina em função dos funcionários. Já me aconteceu ter que utilizar a máquina de venda de bilhetes automáticos para ajudar outros passageiros. [A estação de] Santo Amaro de Oeiras tem estado fechada, sem qualquer tipo de apoio. Para mim é fácil, porque trabalho em tecnologias de informação, utilizar as máquinas e tirar bilhetes. Tenho socorrido as pessoas e ajudado, mas é fruto da época, o cliente é o utilizador-pagador”, disse.

Questionados pela agência Lusa, a bordo do comboio que fazia a viagem entre Cascais e Cais do Sodré, um grupo de três passageiros afirmava que nos últimos anos as estações estão a degradar-se e os comboios já não oferecem a segurança que se sentia há, por exemplo, 10 anos, lembrando que era “muito raro ver um polícia” a bordo das carruagens, facto que agora é “normal”.

Durante mais de uma hora na estação de Cais do Sodré, é possível observar as constantes filas para a bilheteira e máquinas automáticas para a compra de bilhetes, com dezenas de turistas que aguardam pelo carregamento dos cartões para poder embarcar, enquanto nas plataformas de embarque os passageiros se apressavam para seguir viagem, motivados pelas altas temperaturas ou pela imposição de horários de trabalho a cumprir.

MM | LUSA

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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