REGIÕES
VALPAÇOS: AUTARCA ACUSA GOVERNO DE NÃO FAZER NADA PELA AGRICULTURA
O presidente da Câmara de Valpaços afirmou hoje que o Ministério da Agricultura “teima em não fazer nada” pelo setor, depois da quebra significativa na produção de castanha, que contribui para “o sustento de milhares de famílias”.
O presidente da Câmara de Valpaços afirmou hoje que o Ministério da Agricultura “teima em não fazer nada” pelo setor, depois da quebra significativa na produção de castanha, que contribui para “o sustento de milhares de famílias”.
“Estamos a correr o risco de o Interior que produz ficar cada vez mais ao abandono porque o nosso Ministério da Agricultura teima em não fazer nada pela agricultura, baseiam-se em regulamentos comunitários, baseiam-se na reposição do potencial produtivo”, afirmou Amílcar Almeida, que falava na conferência de imprensa de apresentação da edição 2023 da Feira da Castanha Judia, que decorre entre 10 e 12 de novembro, em Carrazedo de Montenegro.
O autarca social-democrata reagia às declarações da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que disse o Governo não pode apoiar os produtores de castanha transmontanos, por considerar que é uma matéria segurável e que fator produtivo não foi afetado.
A campanha da castanha deste ano fica marcada por uma quebra na produção que, em Valpaços, pode atingir, segundo Amílcar Almeida, os 80% ou, em alguns locais de maior altitude, os 100%.
“A castanha representa, num ano normal, cerca de 50 milhões de euros para a nossa economia. Estamos a falar de uma produção de 12 a 15 mil toneladas, este ano são cerca de duas mil toneladas. Estamos a falar de uma quebra muito significativa”, destacou o presidente
Neste e em outros municípios produtores, os castanheiros ficaram com as folhas castanhas e amarelas, parecendo queimadas, e o ouriço não desenvolveu e caiu precocemente.
O autarca explicou que a Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAPN) fez análises à parte vegetativa dos soutos e confirmou que os castanheiros foram afetados pela doença septoriose, o que pressupunha um tratamento preventivo que, muitos produtores, não fizeram, alguns por desconhecimento.
Este fungo surge em função das condições meteorológicas, nomeadamente em alturas em que se verifica um tempo húmido e depois calor intenso, como aconteceu em setembro
“Esperemos que os soutos não fiquem prejudicados em termos de produção futura. Vamos ter de estar mais prevenidos para nos próximos anos poder-se intervir junto dos soutos. Hoje em dia a cultura da castanha já pressupõem algum trabalho que não era necessário no passado”, sublinhou, referindo-se ao impacto das alterações climáticas.
Nesta zona da serra da Padrela, localiza-se a maior mancha de castanha judia da Europa. É um território de monocultura da castanha.
“Um mau ano agrícola reflete-se e de que maneira na economia familiar. É essa a nossa preocupação, em que as pessoas não abandonem o território e é essa preocupação que a senhora ministra da Agricultura não tem e que todo o Ministério da Agricultura não tem”, referiu, considerando que “nem tudo os seguros cobram”.
Amílcar Almeida disse que há um “descontentamento geral” e frisou que os agricultores precisam de “ânimo e não o têm”, acrescentando ainda às preocupações o aumento dos custos de produção, como os combustíveis ou os fitofármacos.
Os produtores, referiu, não estavam à espera “de dinheiro”, mas à espera de algumas medidas específicas, adiantando que há formas de apoio como isenções, por exemplo, nos descontos para a Segurança Social.
Apesar da quebra de produção, a castanha está a ser paga ao produtor a um valor inferior a 1,50 euros, um valor que, para os produtores, não paga os custos de produção.
Pelo recinto da feira, entre 10 e 12 de novembro, espalhar-se-ão 85 expositores, 18 dos quais de venda de castanha.
O autarca frisou que este certame é uma “verdadeira montra” dos produtos locais, pelo que à venda estarão também outros produtos endógenos como vinho, azeite, fumeiro, frutos secos, mel ou folar.
O programa da feira inclui a realização dos tradicionais magustos, um bolo de castanha de 600 quilos e provas de jeropiga.
REGIÕES
MATOSINHOS: UMA BREVE VIAGEM PELA HISTÓRIA DA INDÚSTRIA CONSERVEIRA
Num país com uma costa rica em peixe e tradições culinárias milenares, a indústria de conservas de peixe destaca-se como um pilar da economia e cultura portuguesas. Em Matosinhos, esta indústria floresceu, deixando um legado que merece ser contado e celebrado.
Num país com uma costa rica em peixe e tradições culinárias milenares, a indústria de conservas de peixe destaca-se como um pilar da economia e cultura portuguesas. Em Matosinhos, esta indústria floresceu, deixando um legado que merece ser contado e celebrado.
Primórdios e Expansão (Séc. XIX – XX)
A história da indústria de conservas em Matosinhos remonta ao século XIX, quando a proximidade do mar e a abundância de peixe fresco impulsionaram o surgimento das primeiras fábricas. Estas pequenas empresas, muitas vezes familiares, utilizavam técnicas artesanais para conservar o peixe, garantindo o seu consumo ao longo do ano.
No início do século XX, a indústria de conservas em Matosinhos experimentou um crescimento significativo. A modernização das fábricas, com a introdução de maquinaria e novas tecnologias, permitiu aumentar a produção e diversificar os produtos. As conservas de sardinha, atum e cavala tornaram-se um símbolo de Portugal, sendo exportadas para diversos países e apreciadas pela sua qualidade e sabor.
Apogeu e Reconhecimento (Séc. XX)
As décadas de 50 e 60 foram de ouro para a indústria de conservas em Matosinhos. As fábricas operavam a todo o vapor, empregando milhares de pessoas e contribuindo para o desenvolvimento da região. As conservas de peixe de Matosinhos eram reconhecidas internacionalmente, conquistando prémios e distinções em feiras e exposições.
O sucesso da indústria de conservas em Matosinhos deveu-se a vários fatores, como a qualidade do peixe, a experiência dos trabalhadores, o investimento em tecnologia e a forte ligação à tradição. As conservas de peixe tornaram-se um produto de excelência, representando o melhor de Portugal e da sua gastronomia.
Desafios e Adaptação (Séc. XXI)
No entanto, o século XXI trouxe novos desafios para a indústria de conservas em Matosinhos. A globalização, a concorrência de outros países e as mudanças nos hábitos de consumo exigiram uma adaptação constante. As fábricas modernizaram-se, investindo em novas tecnologias e processos de produção, e apostaram na diversificação de produtos, como as conservas gourmet e os produtos biológicos.
O Legado e o Futuro
Apesar dos desafios, a indústria de conservas em Matosinhos mantém-se viva, continuando a produzir conservas de peixe de alta qualidade. As fábricas, muitas delas centenárias, são um testemunho da história e da cultura da região, preservando técnicas artesanais e transmitindo conhecimentos de geração em geração.
A indústria de conservas em Matosinhos representa um legado valioso, que deve ser preservado e valorizado. As conservas de peixe são um produto único, com um sabor autêntico e uma história rica, que merece ser apreciado e divulgado. O futuro da indústria de conservas em Matosinhos passa pela inovação, pela sustentabilidade e pela valorização do património cultural, garantindo que este setor continue a ser um pilar da economia e da identidade portuguesas.
Uma viagem no tempo pela história da indústria conserveira de Matosinhos é uma imersão num universo de tradição, sabor e cultura. As conservas de peixe são um tesouro gastronómico que merece ser descoberto e apreciado, representando o melhor de Portugal e da sua gente.
Artigo gerado por AI
REGIÕES
PORTO: TINO DE RANS CONFIRMA NOVA CANDIDATURA À AUTARQUIA
O calceteiro Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, é candidato à Câmara Municipal do Porto para trazer frescura e movimento à cidade e dar voz às pessoas.
O calceteiro Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, é candidato à Câmara Municipal do Porto para trazer frescura e movimento à cidade e dar voz às pessoas.
“O Porto precisa de movimento, precisa de frescura e é isto que esta candidatura vai trazer”, afirmou Tino de Rans na Estação de São Bento, no Porto, a segurar uma mala de viagem onde se lia o lema da campanha “Porto a Bom Porto”.
O candidato à autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira que não pode recandidatar-se devido à limitação de mandatos, disse pretender ainda dar voz às pessoas, fixar os jovens e respeitar os idosos.
Na sua opinião, o Porto tem coisas “muito importantes”, mas falta-lhe algo simples que é fixar as pessoas na cidade.
“Fico triste quando um concelho com este potencial tem vindo a perder muita gente”, referiu.
Segundo Tino de Rans, é importante criar condições, nomeadamente habitação a preços acessíveis, para fixar os jovens no Porto.
Além disso, acrescentou, é necessário ouvir as pessoas para saber o que estas veem, querem e pensam para a cidade.
“O Porto tem potencial e futuro”, atirou o candidato, de 53 anos.
Tino de Rans, que diz conhecer o Porto muito bem fruto da sua profissão, assumiu que também quer voltar a ver as pessoas felizes com a cidade.
Entretanto, a Direção Política Nacional do Reagir, Incluir e Reciclar (RIR), partido fundado por Tino de Rans, manifestou “enorme surpresa” pela candidatura deste às eleições autárquicas.
O RIR revelou que Tino de Rans nunca apresentou à direção do partido qualquer projeto de candidatura à Câmara do Porto, nem expressou interesse nisso.
Considerando-se “totalmente desrespeitado” pelo fundador do partido, o RIR vincou que “não tem donos, nem pode ficar manietado à vontade e à vaidade do seu fundador”.
Motivo pelo qual irá reunir, a seu tempo, para decidir se apoiará ou não a candidatura de Tino de Rans às eleições autárquicas de 2025.
As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro deste ano.
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