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VALPAÇOS: FEIRA DO FOLAR CANCELADA DEVIDO AO CORONAVÍRUS

A Câmara de Valpaços anunciou hoje o cancelamento da Feira do Folar prevista para abril, um dos principais eventos do concelho e que representa um volume de negócios na ordem dos 1,5 milhões de euros.

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A Câmara de Valpaços anunciou hoje o cancelamento da Feira do Folar prevista para abril, um dos principais eventos do concelho e que representa um volume de negócios na ordem dos 1,5 milhões de euros.

Esta medida “excecional e de ordem preventiva” foi decretada pelo município na sequência dos últimos desenvolvimentos da pandemia da Covid-19 e das diretrizes da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O folar, uma espécie de bolo de carnes, é presença obrigatória na mesa dos transmontanos durante a celebração da Páscoa e é também a atração principal da feira que se deveria realizar entre os dias 03 e 05 de abril, neste concelho do distrito de Vila Real.

Na edição anterior, a organização disse que o certame alavanca um volume de negócios na ordem dos “1,5 milhões de euros” no recinto da feira e no concelho, através da restauração, hotelaria ou comércio locais”.

Em 2019, passaram pelo recinto entre 150 a 200 mil visitantes, muitos deles provenientes da vizinha Galiza e de toda a região Norte de Portugal.

Nesta feira, são vendidos folares de produção tradicional e industrial, produzidos pelas padarias ou em fornos de particulares, que aproveitam o certame para fazer algum rendimento extra.

Este certame é também visto como uma “oportunidade única para que muitos produtores arranjem clientela para vender o folar o ano inteiro e não apenas na época da Páscoa”.

O município decidiu ainda suspender a feira semanal, bem como os equipamentos municipais, como as piscinas, o pavilhão desportivo, o gabinete de apoio ao emigrante, a loja ponto já, os cursos profissionais, a Casa do Vinho, a loja interativa de turismo e a projeção de filmes.

Decidiu ainda cancelar qualquer atividade social, cultural ou recreativa que implique a concentração de pessoas, bem como todas as atividades referentes ao projeto de solidariedade social Afetos ou o projeto Proximidade ao Idoso Isolado.

E recomendou às freguesias e ao movimento associativo local para que suspendam ou adiem iniciativas que envolvam a concentração de pessoas, como, por exemplo, caminhadas.

Os serviços municipais continuam em funcionamento, contudo, a câmara apelou aos munícipes para que os “procurem em situações essenciais ou inadiáveis, devendo ser privilegiado o contacto telefónico ou eletrónico”.

A autarquia disse que as medidas são temporárias e durarão até que haja orientações em contrário.

Em Portugal, a DGS atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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