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NACIONAL

VENTURA PEDIRÁ ‘REUNIÃO DE EMERGÊNCIA’ A FERRO SE CASTRAÇÃO QUÍMICA NÃO SUBIR A PLENÁRIO

O deputado único do Chega, André Ventura, afirmou hoje que irá pedir uma ‘reunião de emergência’ ao presidente da Assembleia da República se o diploma que prevê a castração química para agressores sexuais de menores não for discutido em plenário.

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O deputado único do Chega, André Ventura, afirmou hoje que irá pedir uma “reunião de emergência” ao presidente da Assembleia da República se o diploma que prevê a castração química para agressores sexuais de menores não for discutido em plenário.

A reação do deputado, em declarações aos jornalistas no parlamento, surge horas depois de a conferência de líderes parlamentares ter decidido pedir uma clarificação do parecer da Comissão de Assuntos Constitucionais, que não concluiu pela sua inconstitucionalidade – apesar todos os partidos ter defendido esta tese.

O projeto do Chega que pede agravamento de penas para crimes de abuso sexual de crianças e uma pena acessória de castração química está agendado para debate em plenário no dia 28 – marcação feita antes desse parecer inicial da 1.ª Comissão – por arrastamento de uma iniciativa do PS que “procede ao reforço do quadro sancionatório e processual em matéria de crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual de menores”.

“Estamos em diligências junto dos serviços para garantir que o projeto vai, apesar de tudo, a debate dia 28, todas as indicações que temos é que não será assim. Caso se confirme, pediremos uma reunião de emergência a Ferro Rodrigues para que esclareça para que serviu a primeira decisão dele – que era no sentido de ter dúvidas, mas admitir”, afirmou.

Anteriormente, o presidente da Assembleia da República disse ter dúvidas, mas admitiu o diploma com o argumento de que o texto não versa só a matéria que considera violar a Constituição, passível de ser alterada, mas também outras, relativas, por exemplo, ao agravamento de penas para crimes de abuso sexual de menores.

O deputado André Ventura acusou os partidos de “conluio antidemocrático”, uma vez que esta decisão da conferência de líderes foi tomada numa reunião para a qual o Chega não foi convocado.

“Parece-nos uma manobra meramente dilatória para impedir que, no dia 28, ou portugueses saibam quem está contra ou a favor da castração química de pedófilos e agressores sexuais”, considerou.

André Ventura questionou também se a primeira Comissão irá funcionar, no futuro, como “um filtro” dos processos que podem ou não subir a plenário.

“Se a primeira comissão pode vetar normas que sobem ou não a plenário, passamos a ter uma democracia feita à medida. Há em Portugal um Tribunal Constitucional”, alertou.

O deputado único do Chega questionou se o mesmo se passará com projetos do partido como a redução de deputados ou a prisão perpétua.

“Se calhar já não estou aqui a fazer muita coisa”, acrescentou.

Em 12 de fevereiro, numa reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais, todos os partidos com representação parlamentar, do Bloco de Esquerda ao CDS-PP, consideraram inconstitucional o projeto de lei do Chega que agrava as penas por crimes de abuso sexual de crianças, incluindo a pena de castração química.

Os deputados optaram, no final, por concluir que o projeto poderia ser debatido em plenário, apesar de dúvidas por alegada violação do princípio constitucional do respeito pela dignidade humana.

De acordo com o projeto do Chega, “é punido com a pena acessória de castração química” quem reincidir na prática de ato sexual com menores de 14 anos.

A castração química como forma de punição de agressores sexuais, a qualquer culpado de crimes de natureza sexual cometidos sobre menores de 16 anos, era uma das propostas eleitorais do Chega, que elegeu um deputado, André Ventura, nas legislativas de outubro de 2019.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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