REGIÕES
VILA REAL: LUIS TÃO (PSD/CDS) FOI A BISALHÃES PARA LEMBRAR QUE ‘ESTÁ TUDO PARADO’
O cabeça-de-lista da coligação PSD/CDS-PP/Aliança à Câmara de Vila Real, Luís Tão, foi esta quarta-feira a Bisalhães mostrar que o projeto de salvaguarda da olaria negra, classificada pela UNESCO, “está parado” e que a autarquia “está inativa”.
O cabeça-de-lista da coligação PSD/CDS-PP/Aliança à Câmara de Vila Real, Luís Tão, foi esta quarta-feira a Bisalhães mostrar que o projeto de salvaguarda da olaria negra, classificada pela UNESCO, “está parado” e que a autarquia “está inativa”.
“Viemos a Bisalhães ver a realidade, não aquilo que nos contam, mas ver a realidade que se passa. Fornos recuperados, verificamos in loco que não existem. Há um trabalho feito, reconheço, do reconhecimento pela UNESCO e depois há um projeto de salvaguarda urgente, com fundos comunitários disponíveis, que não está executado. Está parado, eu diria, há mais de dois anos”, afirmou à agência Lusa.
E, para Luís Tão, “é urgente pegar nesse dinheiro e aplicar em Bisalhães”.
A tarde da candidatura “Vila Real à Frente” foi dedicada à freguesia de Mondrões, com passagem pela aldeia de Bisalhães. Em 2016, o processo de fabrico do barro preto de Bisalhães foi inscrito na lista do Património Cultural Imaterial que necessita de salvaguarda urgente da UNESCO.
Os elementos da coligação visitaram uns dos fornos comunitários da localidade, bem como outros fornos privados, viram peças tradicionais e a roda, falaram com um dos artesãos e descendentes e observaram a sinalética existente que, para o candidato, “é miserável”.
“A urgência da salvaguarda diz-nos que os oleiros já têm uma certa idade, que é difícil passar isto de geração para geração. Há um projeto que tem que vir para o terreno para defender esta arte, que é uma arte característica da aldeia de Bisalhães, mas que tem um impacto muito grande no concelho”, referiu.
A coligação defende a construção de um centro interpretativo e de estudos, que assuma o papel de “guardião” do legado e do futuro do barro negro e onde seja possível meter as mãos no barro e fazer uma peça de olaria.
Quer ainda apoiar os artesãos locais no acesso às matérias-primas, obtenção de carta de artesão e escoamento de produtos.
Luís Tão afirmou que a “autarquia está inativa”, a “fazer-se de morta” e que, “ainda por cima, tem a ousadia de dizer que está tudo bem”. “Não, está tudo mal em relação a Bisalhães, está tudo mal. Está iniciado um bom processo, mas a salvaguarda urgente está parada”, frisou.
No programa da coligação “Vila Real à Frente”, a cultura e o turismo estão em destaque e, entre as propostas, Luis Tão apontou o “Festival Livrar-te”, que junta arte e o livro, o prémio “Árvore do Ano”, um plano municipal de cultura e turismo, que identifique todos os recursos culturais e turísticos do concelho, roteiros turísticos que se estendam às aldeias e um museu ligado às corridas automóveis.
O candidato contou que decidiu tirar o curso de Engenharia Mecânica “pela paixão” que tem pelas corridas automóveis desde os seis anos.
E, se for eleito, garantiu que, “claro, que as corridas são para continuar e até para melhorar”.
Os candidatos à presidência da Câmara de Vila Real nas eleições autárquicas de domingo são Rui Santos, atual presidente que se recandidata pelo PS, Luís Tão (PSD/CDS-PP/Aliança), Luís Santos (BE), Alexandre Coelho (CDU) e Sérgio Ramos (Chega).
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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