Ligue-se a nós

REGIÕES

VILA REAL: NOVO PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA TRAVAR O ‘CAOS HERDADO’

A Câmara de Vila Real quer implementar um plano de urbanização para travar o “caos urbanístico” herdado dos executivos PSD e “condicionar a construção desenfreada e sem regras” na cidade, disse hoje o presidente socialista do município.

Online há

em

A Câmara de Vila Real quer implementar um plano de urbanização para travar o “caos urbanístico” herdado dos executivos PSD e “condicionar a construção desenfreada e sem regras” na cidade, disse hoje o presidente socialista do município.

“Todos conhecemos bem a herança urbanística do PSD, todos conhecemos os mamarrachos que foram deixados, a construção de edifícios completamente desenquadrados e a volumetria exagerada em vários pontos do concelho” afirmou Rui Santos (PS), em conferência de imprensa.

O município está a preparar um novo instrumento de planeamento que irá ser implementado na cidade e parcialmente em oito freguesias periurbanas.

As normas provisórias do plano de urbanização vão ser levadas à votação hoje, numa Assembleia Municipal extraordinária, onde o PS tem maioria.

Este instrumento tem sido alvo de críticas por parte da oposição PSD que tem alertado para uma redução “de 45%” da área edificável, para “a pressa” em aprovar o documento e para a “inflação nos preços da habitação”.

Rui Santos disse que “é mentira” que se se esteja “a influenciar os preços da habitação” e acusou o PSD de “impreparação para analisar os dossiers importantes” e de estar “agarrado a vícios do passado”.

“Nós não voltaremos ao caos urbanístico que durante 30 anos alguns permitiram que acontecesse”, afirmou o presidente.

O autarca elencou exemplos de “más opções” como o edifício sob as escarpas do Corgo, na avenida Primeiro de Maio, recuperado após anos de abandono para acolher uma unidade de saúde familiar, mas que levou que a câmara foi condenada a pagar “600 mil euros” pela expropriação do terreno.

O vereador Adriano Sousa disse que a redução de 45% da área edificada é “uma falácia” argumentada pelos sociais-democratas e explicou que a “anterior lei de bases definia também como solo urbano a estrutura ecológica urbana que englobava áreas verdes de enquadramento e mistas e a própria reserva ecológica nacional”.

“A zona das escarpas do Corgo estava definida como solo urbano, mas não tinha capacidade edificatória”, exemplificou.

O presidente do município afirmou que há, no entanto, “opções estratégicas” como na avenida Aureliano Barrigas, onde não vai ser possível prolongar a construção porque aquela zona é considerada “um miradouro sobre a cidade”.

“Não vamos continuar a permitir atentados urbanísticos”, frisou.

Rui Santos explicou que as “normas provisórias são um instrumento legal que permite testar o plano de urbanização” até à sua aprovação final, que deverá acontecer em fevereiro de 2020.

Até lá, salientou, quem quiser poderá efetuar sugestões ou alertar para falhas, desafiando ainda o PSD a apresentar também propostas.

“O nosso compromisso é levar as propostas do PSD, sem qualquer alteração da nossa parte, para aprovação junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), que tem a palavra final sobre o plano”, sublinhou.

Se as normas provisórias forem aprovadas hoje, aumenta-se, segundo Rui Santos, o período de discussão pública.

O autarca lembrou ainda que o plano de urbanização é uma promessa eleitoral do PS.

Contactado pela Lusa, o vereador do PSD António Carvalho manteve as críticas ao plano de urbanização, frisou que o partido irá lutar “para impedir esta atrocidade e este corte cego da área urbana” e que irá ainda proporcionar esclarecimentos junto das populações afetadas.

Trata-se de um instrumento de planeamento intermédio entre o Plano Diretor Municipal (PDM) e o Plano de Pormenor e que dá cumprimento à Lei de Bases da Política Pública de Solos de Ordenamento do Território e de Urbanismo (LBPPSOTU), aprovada em 2014, e do novo Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT).

REGIÕES

ERMESINDE: A A4 VAI ESTAR CORTADA AO TRÂNSITO DURANTE A NOITE

A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

Online há

em

A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

Segundo a concessionária BCR-Brisa irão decorrer trabalhos de manutenção na zona da praça de portagem, entre as 21h00 e as 06h00.

Nesse período, como alternativa, os automobilistas deverão sair pelo ramo de Ermesinde (sentido Porto-Amarante) até à rotunda de Ermesinde, seguindo na quarta saída da rotunda pela via da esquerda no sentido A4 para Vila Real-Valongo, retomando aí o percurso, indica a concessionária.

LER MAIS

REGIÕES

VIANA DO CASTELO: NOVA FÁBRICA VAI CRIAR 500 POSTOS DE TRABALHO

O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

Online há

em

O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

Filip Schelfhout, presidente executivo do CTS Group, que falava na apresentação pública do projeto de investimento na Câmara de Viana do Castelo, adiantou que a nova unidade, a instalar em terrenos situados entre as freguesias de Darque e Vila Nova de Anha, adiantou que a fábrica irá produzir, por ano, 400 toneladas de Unidades de Distribuição de Energia Elétrica (EPOD), para o mercado mundial de data center.

O responsável revelou que a empresa NordicEpod, que resulta da parceira entre o grupo norueguês CTS e a norte-americana Eaton, vai construir a nova fábrica nos 110 mil metros quadrados adquiridos em Viana do Castelo e que os 500 postos de trabalho diretos serão preenchidos com mão-de-obra qualificada, sobretudo engenheiros.

Com um total de construção de 21 mil metros quadrados, a área de produção ficará instalada em 12 mil metros quadrados.

O responsável adiantou que 90% da produção da unidade, que vai entrar em laboração no dia 01 de fevereiro de 2026, destina-se ao mercado europeu e do Médio Oriente, mas estimou entrar no mercado nacional e em outros, face ao crescimento do setor.

Quando começar a laborar, a fábrica irá “despachar”, através do porto de mar de Viana do Castelo, situado a menos de um quilómetro, 10 toneladas EPOD’s, por semana, e 450, por ano, estimando uma faturação anual de 650 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, Francisco Reis CEO da BIMMS, que pertence ao grupo norueguês, explicou que os EPOD, que atingem 17 metros de comprimento e 3,5 de largura, são “equipamentos pré-fabricados de transformação de energia de média para baixa corrente que se destinam, essencialmente a suportar instalações críticas, como é o caso dos data centers que não podem ter falhas de energia”.

“Estamos a falar de data centers como a Amazon, Google, Meta, TikTok. São data centers que não podem deixar de ter energia elétrica porque se isso acontece o mundo para”, acrescentou.

Além do mercado externo, Francisco Reis disse que se espera o investimento esta segunda-feira anunciado venha a produzir para Portugal.

“O crescimento da fábrica pode ser feito em duas fases. Internamente terá duas linhas extra de produção que podemos ativar quando aumentar a procura, mas também podemos ativar a construção de outras fábricas, se for necessário servir outros mercados”, referiu.

Francisco Reis explicou que “a fábrica terá duas de produção, uma destinada aos EPOD e, outra, de produção de quadros elétricos”.

A “localização dos terrenos, junto ao porto de mar, a 10 minutos de distância do centro da cidade e a motivação do presidente da Câmara” determinaram a escolha de Viana do Castelo para a instalação da nova fábrica.

O autarca socialista Luís Nobre destacou a “magnitude do projeto e dos parceiros envolvidos”, num setor que considerou “emergente”, capaz de “ter um efeito de arrastamento de outros agentes económicos para se instalarem no concelho”.

“O volume de negócios da nova fábrica está estimado em 650 milhões de euros, por anos. Esse valor representa, atualmente, mais de metade das exportações de Viana do Castelo”, apontou.

Para Luís Nobre trata-se de “um investimento com uma forte componente de inovação e de impacto na nossa economia e na nossa riqueza”.

“Precisávamos deste projeto para tornar o nosso porto de mar num fator de criação de riqueza”, disse, referindo que no concelho estão instaladas mais de 30 multinacionais.

LER MAIS

MAIS LIDAS