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VILA REAL: RESINORTE DIZ QUE ‘NÃO DETETOU’ LEXIVIADOS EM ATERRO

A Resinorte realizou uma auditoria interna ao aterro de Vila Real que “não detetou” a presença de lixiviados no local denunciado pelas autarquias e população, garantindo hoje ter adotado medidas de minimização de risco associado à atividade.

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A Resinorte realizou uma auditoria interna ao aterro de Vila Real que “não detetou” a presença de lixiviados no local denunciado pelas autarquias e população, garantindo hoje ter adotado medidas de minimização de risco associado à atividade.

A Câmara de Vila Real anunciou no dia 10 de fevereiro ter apresentado uma queixa ao Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR e Agência Portuguesa do Ambiente (APA) devido à “gravidade” de um “possível derrame de lixiviados” que suspeitava serem provenientes do aterro sanitário que é gerido pela Resinorte.

A denúncia foi feita depois de queixas das populações locais e das juntas de freguesia de Andrães e de Folhadela.

A APA disse à agência Lusa ter-se deslocado ao aterro do Vale do Douro Norte, acompanhada do SEPNA da GNR de Vila Real, com o “objetivo de verificar o cumprimento das condições de descarga de águas residuais definidas na licença de utilização dos recursos hídricos, tendo efetuado recolhas de água para análise laboratorial”.

No âmbito desta ação, segundo a APA, “constatou-se algumas irregularidades que podem advir da exploração do aterro”, tendo notificado a Resinorte a “tomar medidas para minimizar os impactos da atividade nos recursos hídricos”.

Contactada pela agência Lusa para um ponto de situação, a entidade operadora do aterro, a Resinorte, explicou hoje que após a deteção de líquido junto ao talude da Autoestrada 24 (A24) e próximo do aterro sanitário, “foram solicitadas análises e realizada uma auditoria interna detalhada, tendo estas apresentado como resultado preliminar valores que não acusam a presença de lixiviado neste local específico”.

“Contudo, este acontecimento motivou um estudo técnico ao aterro sanitário de Vila Real, onde foram identificados pontos de melhoria e definidas várias medidas concretas, já em execução pela Resinorte e do conhecimento do município e das autoridades nacionais”, referiu.

A empresa concretizou que a “auditoria interna exaustiva” foi realizada com técnicos especializados, incluindo nesta equipa o projetista do aterro, e sublinhou que foram adotadas medidas tais como a “captação das insurgências do talude da autoestrada e encaminhamento das mesmas para tratamento, limpeza da rede pluvial superficial exterior ao aterro”, entre outras iniciativas com vista “à contenção e minimização de riscos associados à atividade”.

Carlos Silva, vereador da Câmara de Vila Real, afirmou hoje que a autarquia “acompanha de perto a situação do aterro com vista à urgente resolução dos problemas detetados”.

Entretanto, foi já agendada, para data não indicada, uma visita técnica ao local da APA e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), que é a entidade licenciadora da atividade.

A Resinorte garantiu ainda que “trabalha diariamente para garantir o tratamento e valorização de resíduos urbanos e para minimizar odores na exploração do aterro sanitário de Vila Real, sendo prioridade o bem-estar das populações”.

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BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA

A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

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A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.

Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.

O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.

“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.

A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.

“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.

Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.

“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.

O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.

“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.

A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.

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MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

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A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.

Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.

No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.

O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.

A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.

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