REGIÕES
VILA REAL: RUI SANTOS LAMENTA DISCRIMINAÇÃO DO MINISTÉRIO DA CULTURA
O presidente da Câmara de Vila Real lamentou hoje que, no âmbito das reformas da gestão do Património anunciadas pelo Ministério da Cultura, se tenham criado entidades com sede em Lisboa e no Porto, sem privilegiar o Interior.
O presidente da Câmara de Vila Real lamentou hoje que, no âmbito das reformas da gestão do Património anunciadas pelo Ministério da Cultura, se tenham criado entidades com sede em Lisboa e no Porto, sem privilegiar o Interior.
“Achamos absolutamente extraordinário que, no âmbito das reformas que tem havido no Ministério da Cultura, se tenham criado novos organismos, e extraordinariamente um tem sede em Lisboa e outro tem sede no Porto”, afirmou o autarca socialista Rui Santos, que falava aos jornalistas após uma conferência de imprensa de apresentação do programa cultural do município para o verão.
A partir de 01 de janeiro de 2024, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai dar lugar a duas entidades distintas: o instituto público Património Cultural, com sede no Porto, e a empresa pública Museus e Monumentos de Portugal, com sede em Lisboa, ambos com obrigação de cumprimento de “eficiência económica nos custos” e uma “gestão por objetivos”.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura na semana passada.
“Eu fiz parte do Movimento Pelo Interior e uma das nossas propostas era que, qualquer novo organismo a ser criado pelo Estado central, a sede fosse num território do Interior. Lamentamos que isso não tenha acontecido nesta área da cultura tão importante para o país e tão transversal a todo o território”, salientou ainda Rui Santos, que lembrou a iniciativa lançada em maio de 2018 e que propunha um conjunto de medidas para revitalizar o Interior do país.
No âmbito da reforma anunciada pelo Ministério da Cultura, o Santuário Rupestre de Panóias, em Vila Real, até aqui sob alçada da Direção Regional de Cultura do Norte, poderá passar para a gestão municipal.
Já a Sé de Vila Real fica sob gestão do instituto público Património Cultural.
“Nós estamos disponíveis a conversar com o Ministério da Cultura, mas há um pressuposto que estará sempre presente: aceitaremos ou não esta nova competência, isto é, responsabilizarmo-nos pelos Santuário de Panóias se pudermos fazer muito, muito melhor do que aquilo que o Ministério da Cultura tem feito, de forma centralizada”, afirmou o presidente.
E acrescentou: “O Ministério tem feito quase nada e se nos derem condições para prestigiar, divulgar, para explicar a importância daquele monumento a todos os cidadãos portugueses e estrangeiros que nos visitam, se tivermos essa possibilidade na passagem da responsabilidade desse espaço para o município, aceitaremos, se for para ficar tudo na mesma, não, obrigado”.
No entanto, Rui Santos ressalvou que, até ao momento, “houve uma conversa informal” sobre esta possibilidade e que “não está nada decidido”.
Classificado como monumento nacional desde 1910, o Santuário de Panóias foi construído na transição do século II para o século III pelo senador romano Caius Calpurnius Rufinus e foi dedicado às divindades infernais.
Está localizado em Vale de Nogueiras, concelho de Vila Real, é composto por três templos erigidos sobre fragas imponentes e possui cavidades de diversas dimensões onde tinham lugar os rituais e celebrações.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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