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VILAR DE PERDIZES: CONGRESSO DE MEDICINA POPULAR ARRANCA EM EDIÇÃO ONLINE

O 34.º Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, que decorrerá pela primeira vez num formato ‘online’ em 05 de setembro, terá a oportunidade de regressar às origens com uma componente mais científica, explicou hoje a organização.

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O 34.º Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, que decorrerá pela primeira vez num formato ‘online’ em 05 de setembro, terá a oportunidade de regressar às origens com uma componente mais científica, explicou hoje a organização.

“Este será um ano diferente e uma experiência nova para nós. Vamos ver até que ponto resulta, mas esperamos que sim, pois conseguimos um bom painel, com temas interessantes, afastamo-nos um pouco da temática do esotérico e aproximamo-nos mais da parte científica, numa tentativa de regressarmos às origens”, realçou à Lusa um dos elementos da organização, a cargo da Associação de Defesa do Património Vilar de Perdizes.

João Ribeiro lembra que a pandemia de covid-19 ‘obrigou’ o congresso a realizar-se ‘online’, em vez de decorrer como habitualmente em Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre, no distrito de Vila Real.

“Não haverá a feira, que trazia o esotérico a Vilar de Perdizes, mas ainda assim vamos abrir o salão do congresso na aldeia, para a projeção em vídeo do evento, para os locais e também para um ou outro visitante que marque presença, dentro do limite estabelecido para aquele espaço”, sublinhou.

De fora na edição de 2020 fica o espaço físico para diversos intervenientes, desde curandeiros, bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, tarólogos ou massagistas, que atraíam muitos curiosos e turistas.

O congresso ‘online’ arranca às 10:30 e tem encerramento previsto às 15:30. O programa da manhã conta com a intervenção da engenheira zootécnica Alexandra Contreiras, com o tema “A biodiversidade e o impacto das plantas na saúde”, e de um professor de neurologia e de farmacologia clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, com o tema “Doença de Parkinson – como tratar a doença para além dos medicamentos”.

Já à tarde, Maria Fernanda Botelho (Western Herbal Medicine de Glasgow, Escócia) terá uma intervenção com o tema “As plantas na saúde e na mulher” e o médico oncologista dos Hospitais da Universidade de Coimbra Paulo Tavares fará uma intervenção com o tema “O uso terapêutico da canábis na oncologia”.

“Tentámos fazer um painel atrativo, que não fugisse muito ao que o congresso é, mas que tivesse muito também de universitário e científico. Em todos os painéis haverá espaço para a intervenção do público”, frisou João Ribeiro.

O Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, que tem como principal impulsionador o padre António Fontes, que lançou o evento em 1983, procura manter-se ativo e será transmitido através do canal da rede social Youtube do município de Montalegre.

Para o vice-presidente da Câmara de Montalegre, David Teixeira, a solução encontrada para o congresso com a sua realização ‘online’ permite “dar um salto para as novas tecnologias”.

“Muito se discutia sobre o caminho e o rumo a dar a este congresso e a covid-19 ajuda a encontrar uma solução diferente. É um risco que temos de correr, mas é também um desafio no ano em que estamos a viver”, realçou.

Para o autarca, apesar de se perder a proximidade que as pessoas criaram com o padre Fontes, em Vilar de Perdizes, haverá, no entanto, uma conquista ao transportar o congresso para os meios digitais.

“Será uma grande hipótese para se internacionalizar mais e melhor este congresso. Vamos também voltar à raiz do mundo mais académico, pois o programa deste ano volta a conquistar esse espaço”, apontou.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 820 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.807 em Portugal.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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