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VIMIOSO: AUTARQUIAS INVESTEM NA VALORIZAÇÃO DA OLIVEIRA SANTULHANA

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O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vai dedicar investigação a uma variedade de oliveira tradicionalmente desprezada, mas que se tem revelado pela qualidade dos azeites produzidos nos concelhos de Vimioso e Bragança.

Os dois municípios formalizaram esta sexta-feira uma parceria com a academia para fazer a caracterização e valorização da oliveira Santulhana, originária do concelho de Vimioso e praticamente circunscrita a este e ao município vizinho de Bragança.

O presidente da Câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo, tem a expectativa de que deste trabalho possa surgir, no futuro, um selo de qualidade nos azeites produzidos com a Santulhana, que poderá passar por uma Denominação de Origem protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP).

O presidente do IPB, Orlando Rodrigues, explicou esta sexta-feira que o trabalho de investigação vai ser feito no Centro de Investigação de Montanha (CIMO) e “visa criar condições para proteger este património que é uma variedade própria desta região, com maior expressão nos concelhos de Bragança e Vimioso”, embora se encontrem também olivais em Macedo de Cavaleiros.

“É uma variedade que dá uns azeites particulares, que tradicionalmente não se consideravam azeites de muita qualidade, mas que o trabalho que temos vindo a fazer no politécnico em torno dos azeites da nossa região tem revelado que esta variedade tem um grande potencial de dar azeites de muita qualidade”, explicou.

Esta associação entre os municípios e o politécnico pretende criar condições para valorizar este património que o presidente do IPB descreve como “um património genético muito interessante e com interesse económico”.

Os azeites produzidos com esta variedade de azeitona “são muito frutados, com característicos aromáticas muito particulares e que os tornam particularmente apreciados, sobretudo nos nichos de elevada qualidade”, segundo disse.

Os dois municípios apoiarão financeiramente com 60 mil euros durante três anos o projeto para conhecer melhor este património e o valorizar, como indicou o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias.

O autarca enfatizou que, em virtude dos “bons resultados” que os azeites da Santulhana têm tido no mercado, “entendeu-se que deveria ser mais explorado tudo aquilo que tem a ver com esta variedade para se poder valorizar ainda mais sob o ponto de vista económico e isso significar maior rentabilidade para os produtores”.

O autarca de Vimioso, Jorge Fidalgo, salientou a expressão que esta cultura tem, nomeadamente em algumas freguesias como Santulhão, Matela e Algoso”, ou seja na zona mais quente do concelho. Jorge Fidalgo lembrou que foi constituída há pouco tempo uma associação de produtores de azeite da variedade Santulhana e garantiu que “há muitos produtores a apostar nesta variedade”.

O politécnico de Bragança tem produzido plantas desta variedade nas suas estufas, que o presidente de Vimioso descreve como “uma azeitona maior” com “grande rentabilidade no azeite”.

“O que se pretende é que as pessoas continuem a cultivar a que já existe e que nas plantações novas possam plantar oliveira Santulhana”, salientou.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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