REGIÕES
VIMIOSO: ESCOLA CONCLUIU QUE “SODOMIZAÇÃO SEXUAL” AFINAL FOI “BRINCADEIRA”
Uma “brincadeira”, simulando “exames médicos à próstata”, terá originado o episódio de sodomização de um aluno de 11 anos, por outros oito, ocorrido a 19 de janeiro numa escola de Vimioso, em Bragança, concluiu o agrupamento de escolas local.
Uma “brincadeira”, simulando “exames médicos à próstata”, terá originado o episódio de sodomização de um aluno de 11 anos, por outros oito, ocorrido a 19 de janeiro numa escola de Vimioso, em Bragança, concluiu o agrupamento de escolas local.
“Segundo o processo instaurado ao nível da escola, terá existido uma ‘brincadeira’ entre alunos, simulando exames médicos à próstata”, refere o ministério da Educação, em resposta escrita enviada hoje à agência Lusa.
A tutela sublinha que “a preocupação da escola centrou-se na proteção do aluno envolvido nesse episódio, mobilizando para tal o apoio do serviço de Psicologia e Orientação, a vigilância dos assistentes operacionais, os professores e o respetivo diretor de turma”.
“Naturalmente, tendo havido comportamentos inadequados, houve alunos suspensos preventivamente, sendo que um viu prorrogado o prazo de suspensão. Já regressaram [todos] à escola e estão a frequentar as aulas”, indica o ministério da Educação.
Os oito alunos, com idades entre os 13 e os 16 anos, foram suspensos quatro dias. Após essa suspensão, sete regressaram logo à escola e um oitavo regressou mais tarde ao estabelecimento de ensino que continuou a ser frequentado pela alegada vítima.
Dois dos suspeitos têm 16 anos – já podem responder criminalmente – e um deles é irmão da vítima, que fez 16 anos no dia da suposta agressão sexual.
O episódio aconteceu em 19 de janeiro deste, mas só três dias depois é que a GNR foi informada da ocorrência.
Na sua resposta, o ministério da Educação acrescenta que “as restantes entidades ainda não concluíram e/ou não deram conhecimento da conclusão das respetivas diligências”, referindo-se aos inquéritos abertos pelo Ministério Público e pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência.
Quatro dias após a Lusa noticiar o caso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) dava conta da instauração de inquéritos crime e tutelar educativo, explicando que o “o inquérito tutelar educativo encontra-se previsto na Lei Tutelar Educativa, quando estão em causa factos qualificados pela lei como crime, praticados por menor(es) entre os 12 e os 16 anos”.
Ainda de acordo com o ministério da Educação, o Agrupamento de Escolas de Vimioso “continua a dar especial atenção a eventuais situações que ponham em causa a segurança dos alunos, mantendo o trabalho colaborativo com as instituições parceiras”.
“Durante todo o ano letivo, é realizado um conjunto de ações com o objetivo de sensibilizar os alunos para os perigos da atualidade (exemplos Violência e Bullying, Internet Segura, Violência sexual sobre crianças e jovens, consumo de drogas), valendo a esta escola a atribuição de selos como ‘Escola sem Bullying — Escola sem Violência’ ou ‘Escola Saudável'”, lê-se na resposta.
A escola já tinha anunciado a instauração de processos disciplinares aos oito alunos e à assistente operacional que, alegadamente, presenciou a situação e nada fez.
Várias fontes ouvidas pela Lusa confirmaram que o episódio de sodomização ocorreu no interior do estabelecimento de ensino, “com recurso a uma vassoura”, e na presença de uma funcionária, pelo menos, que “nada fez” para travar os supostos agressores, informação que também consta de uma exposição da Junta de Freguesia de Vimioso.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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