REGIÕES
VINHOS DO ALGARVE COM QUEBRAS NA PRODUÇÃO NA ORDEM DOS 20%
A produção de vinho do Algarve este ano deve registar uma quebra de 20% face a 2021 devido à seca e ao calor, que impediram o normal desenvolvimento da uva, estimou a presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve.
A produção de vinho do Algarve este ano deve registar uma quebra de 20% face a 2021 devido à seca e ao calor, que impediram o normal desenvolvimento da uva, estimou a presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve.
Em declarações à Lusa, Sara Silva adiantou que, até junho, as expectativas dos seus cerca de 50 produtores eram de “crescimento” depois de “um ano recorde” em 2021, mas as elevadas temperaturas e a falta de chuva prejudicaram o crescimento dos bagos e as perspetivas para a colheita deste ano situam-se entre 1.000.000 e 1.200.000 litros.
“O que temos apurado, efetivamente, é que vai haver uma quebra de produção que ronda os 20%”, afirmou, explicando que “o facto de não haver precipitação” obriga os produtores a “começar a rega com cada vez mais antecedência” e as “altas temperaturas, principalmente no mês de julho, fizeram com que algumas vinhas registassem escaldão”.
A presidente da direção da Comissão Vitivinícola do Algarve esclareceu que, apesar de “não terem sido muitas”, das vinhas afetadas por escaldão, muitas acabaram por sofrer “stresse hídrico” e “os bagos não se desenvolveram da melhor forma, comprometendo a rentabilidade esperada”.
“Efetivamente, ao fazerem a vindima, [os produtores] verificaram que o que havia na vinha não era o expectável”, acrescentou, assegurando que a predominância de “pequenos produtores, com um ou dois hectares”, e a “seleção manual nas vinhas e nas adegas, garante a qualidade” do produto final, “apesar de não ser um ano brilhante”.
Sara Silva assinalou que, em 2021, a Comissão teve “um dos anos recorde de produção, com mais de 1.500.000 litros”, e os dados disponíveis até agora – que só serão confirmados em novembro -, apontam para que a colheita “alcance sem dúvida 1.000.000 de litros, mas fique aquém do ano passado” e “não ultrapasse 1.200.000 de litros”.
A presidente da Comissão Vitivinícola algarvia explicou que, apesar de a rega ter sido antecipada por “muitos dos produtores” e começado em maio, “com custos acrescidos”, “alguns deles consideraram que deviam ter começado antes, tendo em conta o resultado final” da vindima, que foi antecipada até às últimas semanas de julho.
“É preciso um acompanhamento da maturação”, sustentou, sublinhando que “a vindima deve avançar o quanto antes”, logo que as condições sejam ideais, porque o calor altera rapidamente os níveis de acidez e pode prejudicar a qualidade final.
Neste ponto, os produtores deparam-se com a falta de mão-de-obra especializada e a “dificuldade em encontrar pessoas disponíveis para o trabalho na vinha”, realçou a presidente da Comissão, que tem produtores “um pouco por todo o Algarve”, mas com maior incidência em Lagoa, Silves, Lagos e Tavira.
Os vinhos do Algarve têm a particularidade de “a comercialização ser sobretudo feita na região”, aproveitando a proximidade com o turismo e as oportunidades que o enoturismo aporta ao setor, observou.
“Temos em média pouco mais de um milhão de garrafas comercializadas e, no total, cerca de 70% a 80% é vendida aqui na região. O remanescente tem alguma expressão, ainda pouca, a nível nacional, e o restante, cerca de 10 a 15%, é para alguma exportação, através de grandes casas que já estão mais estabelecidas além-fronteiras”, quantificou.
O setor vitivinícola do Algarve procura agora “desenvolver ainda mais um produto em expansão, que é o enoturismo, associado à restauração e alojamento”, e aproveitar a “dinâmica do turismo” e os “canais da hotelaria e da restauração” para escoar uma colheita de 2022 da qual “vão sair seguramente excelentes vinhos, mas não com as quantidades desejadas”, concluiu.
REGIÕES
BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA
A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.
A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.
“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.
Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.
O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.
“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.
A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.
“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.
Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.
“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.
O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.
“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.
A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.
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MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.
A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.
Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.
No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.
O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.
A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.
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