CIÊNCIA & TECNOLOGIA
VIVEU 555 DIAS SEM CORAÇÃO
O jovem de 25 anos esteve quase um ano e meio a viver sem coração, enquanto aguardava por um transplante. Tudo graças a um dispositivo inovador que levava na mochila. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Durante quase um ano e meio, Stan Larkin levou uma vida semelhante à de tantos outros jovens americanos: estava com a família, passeava com os amigos e até jogava basquete.
A diferença é que este jovem de 25 anos, diagnosticado com cardiomiopatia, uma condição genética que afeta os músculo cardíacos, viveu 555 dias sem coração, conta a BBC.
Stan, que vive no estado do Michigan, nos Estados Unidos, foi submetido a uma cirurgia para retirar o órgão vital no dia 7 de novembro de 2014.
Durante os 18 meses seguintes, enquanto aguardava por um doador compatível para que pudesse fazer o transplante, foi mantido vivo graças a um coração artificial temporário.
O dispositivo é conectado por dois tubos que saem do corpo do paciente a uma máquina chamada “Freedom Driver”, que garante a energia para o funcionamento do coração artificial e permite que o sangue seja bombeado para o corpo.
Fabricado pela empresa SynCardia, o aparelho pesa cerca de seis quilos e foi carregado pelo jovem numa mochila, o que lhe permitiu fugir à cama do hospital e esperar pelo transplante enquanto levava uma vida quase normal.
No mês passado, os médicos finalmente encontraram um doador compatível e Stan recebeu um transplante. Neste momento, o americano já recuperou da cirurgia e teve alta hospitalar.
“É impressionante como ele conseguiu levar uma vida ativa com o dispositivo. Até jogou basquete”, disse à BBC o médico Jonathan Haft, que procedeu às duas cirurgias no Centro Cardiovascular Frankel da Universidade de Michigan.
“Obviamente que o Stan queria o transplante, queria livrar-se da mochila e de todo o trabalho envolvido. Mas em termos de independência e de qualidade de vida foi realmente extraordinário ver como se saiu bem”, avalia.
Apesar de não ser algo inédito, o caso do jovem americano é bastante incomum.
“Foi o primeiro paciente no estado do Michigan que pôde sair do hospital à custa dessa tecnologia, esse componente externo que permite ao paciente esperar pelo transplante em casa”, salienta Haft.
Segundo a Universidade de Michigan, antes desta tecnologia portátil ser aprovada nos Estados Unidos, em junho de 2014, o coração artificial era ligado a uma máquina chamada “Big Blue”, que pesava cerca de 190 quilos e tinha uma dimensão semelhante à de uma máquina de lavar roupa.
Perante essas características, os pacientes que usavam essa tecnologia ainda eram obrigados a permanecer no hospital durante vários meses ou anos até encontrarem um doador.
De acordo com o médico, o coração artificial usado por Stan é implantado cerca de 200 vezes por ano em todo o mundo, um número bastante baixo comparado com os milhões de pessoas que tem graves doenças cardíacas.
Stan faz parte de um grupo bastante seleto de pacientes nos Estados Unidos que puderam beneficiar da independência proporcionada por este sistema portátil, segundo os dados da universidade.
Numa entrevista depois do transplante, o jovem descreve os últimos meses como uma “montanha-russa de emoções”.
“O dispositivo precisa de energia para funcionar. Há baterias que dão ao paciente alguma liberdade por um curto período de tempo, mas é sempre preciso transportar baterias extra para carregar o aparelho quando a bateria está no fim”, explica.
Além disso, o médico responsável pelas cirurgias ressalta que os tubos que saem da pele são grandes e bastante susceptíveis a infecções.
O cirurgião prevê que os avanços tecnológicos vão ser capazes de produzir dispositivos ainda menores, mais leves e com baterias mais duradouras.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
O MANTO DA TERRA É MENOS MISTURADO DO QUE SE PENSAVA – ESTUDO
Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.
Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.
Ambas as ‘ilhas’ foram descobertas no final do século passado. Os investigadores definem-nas como dois “supercontinentes” localizados entre o núcleo e o manto da Terra: um sob África e o outro sob o Oceano Pacífico, ambos a mais de 2000 quilómetros abaixo da superfície da Terra.
“Estas duas grandes ilhas estão rodeadas por uma espécie de ‘cemitério’ de placas tectónicas que foram transportadas para lá por um processo de subducção, em que uma placa submerge sob outra e se afunda da superfície da Terra até uma profundidade de quase 3.000 quilómetros”, realçou Arwen Deuss, sismóloga da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e uma das autoras do estudo publicado na quarta-feira na revista Nature.
Até agora, os modelos sísmicos utilizavam apenas velocidades de onda para distinguir a composição e as características térmicas de diferentes partes da estrutura interna da Terra.
A investigação atual combinou as velocidades das ondas com uma técnica chamada “observações de atenuação” que permitiu o estudo do interior da Terra em três dimensões, algo “fundamental para compreender a evolução da composição” do manto, apontaram os autores.
A nova técnica permitiu-lhes “obter uma visão do interior do planeta, semelhante à que os médicos obtêm do corpo humano através dos raios X”.
Os resultados indicaram que, quando atingem estas ‘ilhas’ interiores do tamanho de continentes, as ondas abrandam porque a temperatura é mais elevada.
Ao estudar a composição dos minerais no manto, os investigadores descobriram também que o tamanho dos grânulos minerais nestas ‘ilhas’ gigantes é visivelmente maior do que nas placas tectónicas ‘mortas’ que as rodeiam.
“Estes grânulos minerais não crescem de um dia para o outro, o que só pode significar uma coisa: são muito maiores, mais rígidos e, por isso, mais antigos do que os cemitérios de camadas mortas circundantes. Isto indica que as ‘ilhas’ não participam no fluxo no manto terrestre”, explicou outra autora, Sujania Talavera-Soza, da mesma universidade.
“Ao contrário do que nos ensinam os livros de geografia, o manto também não pode ser bem misturado. Há menos fluxo no manto terrestre do que pensamos”, acrescentou Talavera-Soza.
O conhecimento do manto terrestre é essencial para compreender a evolução do planeta e de outros fenómenos à superfície da Terra, como os vulcões e a formação de montanhas.
Para este tipo de investigação, os sismólogos aproveitam as oscilações provocadas por fortes sismos que ocorrem a grandes profundidades, como o que ocorreu na Bolívia em 1994 — 650 quilómetros abaixo da superfície — sem causar danos ou vítimas, e a descrição matemática da força destas oscilações.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DE COIMBRA LANÇA LIVRO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ABELHAS DE PORTUGAL
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.
A obra “Chaves Dicotómicas dos Géneros de Abelhas de Portugal. Hymenoptera: Anthophila”, uma adaptação e tradução de “Key to the Genera of European Bees (Hymenoptera: Anthophila)”, é o primeiro a ser publicado sobre o tema para Portugal e em português, revelou a FCTUC, em nota enviada à agência Lusa.
Produzido no âmbito dos projetos PolinizAÇÃO e EPIC-Bee, em colaboração com a Imprensa da Universidade de Coimbra, o livro já está disponível para ‘download’ gratuito.
“Desenvolvido como uma ferramenta para a identificação de géneros de abelhas, o livro destina-se principalmente a um público académico e técnico, constituindo um marco significativo no campo da entomologia e um contributo valioso para a conservação dos insetos polinizadores”, referiu a FCTUC.
A produção do livro técnico contou com o envolvimento de investigadores do FLOWer Lab do Centro de Ecologia Funcional e do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, nomeadamente Hugo Gaspar, Sílvia Castro e João Loureiro.
“Este livro preenche uma lacuna de décadas na investigação sobre as abelhas selvagens em Portugal, uma vez que atualiza o conhecimento e aproxima-o da comunidade entomológica nacional através da adaptação e tradução para a língua portuguesa”, afirmou o entomólogo e aluno de doutoramento da FCTUC, Hugo Gaspar.
O trabalho “será extremamente útil não só para investigadores que trabalham no estudo e conservação de polinizadores, mas também para estudantes, naturalistas e para todos os que tiverem interesse em aprender sobre a identificação de abelhas”, acrescentou.
A obra contou também com a colaboração do investigador da Universidade do Porto, José Grosso-Silva, e da equipa de investigadores ligada ao Laboratório de Zoologia da Universidade de Mons (Bélgica), através dos projetos europeus Spring, Orbit e Epic-Bee.
A FCTUC declarou que este lançamento reforça o compromisso da Universidade de Coimbra em promover a ciência e desenvolver ferramentas de apoio à investigação científica e ao conhecimento sobre biodiversidade.
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