Ligue-se a nós

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

8% DAS EMPRESAS TEM (OU TEVE) PROBLEMAS DE CIBERSEGURANÇA

Cerca de 8% das empresas portuguesas inquiridas num estudo europeu sobre cibersegurança indica ter tido problemas como falhas em serviços informáticos, corrupção ou acesso indevido a dados, mas a quase totalidade garante tomar medidas de prevenção.

Online há

em

Cerca de 8% das empresas portuguesas inquiridas num estudo europeu sobre cibersegurança indica ter tido problemas como falhas em serviços informáticos, corrupção ou acesso indevido a dados, mas a quase totalidade garante tomar medidas de prevenção.

Em causa está um inquérito, hoje divulgado pelo gabinete estatístico comunitário, o Eurostat, relativo às medidas de segurança usadas por empresas da União Europeia (UE) na área das tecnologias da informação, para o qual foram abrangidas 160 mil empresas que empregam 10 ou mais pessoas em áreas como a produção, energia, construção, comércio, informação e comunicação, imobiliário, entre outras.

Apesar de o Eurostat não precisar quantas empresas foram ouvidas em Portugal, indica que 98% das companhias nacionais usa, pelo menos, uma medida de segurança cibernética.

Considerando toda a UE, 93% das companhias também o faz, sendo que as medidas mais adotadas, a nível europeu, são a atualização dos sistemas operacionais, a criação de processos de autenticação de palavras-chave, o controlo no acesso à rede interna, a utilização de técnicas de encriptação em documentos ou correio eletrónico e a construção de redes privadas virtuais (as chamadas VPN).

Ainda relativamente a Portugal, 8% das empresas inquiridas indica ter tido problemas de cibersegurança em 2018, sendo estes normalmente relacionados com falhas nos serviços informáticos, destruição ou uso indevido de dados e, em menor escala, com o acesso a informações confidenciais.

Em toda a UE, a percentagem média de casos de problemas cibernéticos sobe para 12%.

Portugal surge abaixo da média comunitária – de 24% – no que toca à contratualização de seguros que salvaguardem este tipo de ataques, com apenas 10% das empresas nacionais a responder ter esta opção.

Ainda assim, mais de metade (54%) das empresas portuguesas inquiridas garante que os seus funcionários têm conhecimento das suas obrigações em termos de segurança ‘online’ (a média comunitária neste parâmetro é de 62%).

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

MARTE TEVE PERÍODOS QUENTES E ÁGUA DURANTE 40 MILHÕES DE ANOS

Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

Online há

em

Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

O facto de atualmente Marte ser frio e seco mas ter tido rios e lagos há vários milhares de milhões de anos intriga os cientistas há décadas.

“Tem sido um verdadeiro mistério que houvesse água líquida em Marte, porque Marte está mais longe do Sol e, além disso, o Sol era mais fraco no início”, explicou, em comunicado, Danica Adams, investigadora de pós-doutoramento da NASA na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson (SEAS) de Harvard e principal autora do novo artigo publicado na Nature Geoscience.

Anteriormente, existia a teoria de que o hidrogénio era o ingrediente mágico que, quando misturado com o dióxido de carbono da atmosfera marciana, desencadeava episódios de aquecimento global. Mas a vida útil do hidrogénio atmosférico é curta, pelo que foi necessária uma análise mais detalhada.

Agora, Adams, o professor Robin Wordsworth de Ciências Ambientais e Engenharia na SEAS, e a sua equipa realizaram modelação fotoquímica (semelhante aos métodos utilizados hoje em dia para rastrear poluentes atmosféricos) para preencher os detalhes da relação da atmosfera marciana primitiva com o hidrogénio e como este relacionamento mudou ao longo do tempo.

“Marte antiga é um mundo perdido, mas pode ser reconstruído em detalhe se fizermos as perguntas certas”, frisou Wordsworth.

“Este estudo sintetiza a química atmosférica e o clima pela primeira vez para fazer algumas previsões surpreendentes que podem ser testadas quando trouxermos rochas de Marte para a Terra”, acrescentou.

Adams modificou um modelo chamado CINETICA para simular como uma combinação de hidrogénio e outros gases que reagem com o solo e o ar controlavam o clima marciano primitivo.

Descobriu que durante os períodos Noachiano e Hesperian, entre há 4 e 3 mil milhões de anos, Marte passou por períodos quentes episódicos ao longo de cerca de 40 milhões de anos, com cada evento a durar 100.000 anos ou mais.

Estas estimativas são consistentes com as características geológicas de Marte atualmente. Os períodos quentes e húmidos eram causados pela hidratação da crosta, ou perda de água do solo, que fornecia hidrogénio suficiente para se acumular na atmosfera durante milhões de anos.

“Identificámos escalas de tempo para todas estas alternâncias. E descrevemos todas as peças no mesmo modelo fotoquímico”, sublinhou Adams.

O trabalho de modelação fornece novas perspetivas potenciais sobre as condições que sustentaram a química prebiótica (os fundamentos da vida posterior como a conhecemos) durante os períodos quentes, e os desafios para a persistência dessa vida durante os intervalos frios e oxidativos.

Adams e outros cientistas estão a começar a trabalhar para encontrar evidências destas alternâncias utilizando modelos químicos isotópicos e planeiam comparar estes resultados com rochas da próxima missão Mars Sample Return (MRS).

Como Marte não possui placas tectónicas, ao contrário da Terra, a superfície visível atualmente é semelhante à de antigamente, tornando a sua história dos lagos e rios muito mais intrigante, realçou ainda.

LER MAIS

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

ASTEROIDE BENNU REVELOU EXISTÊNCIA DE MOLÉCULAS DE ADN

Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

Online há

em

Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

De acordo com o trabalho publicado esta quarta-feira na revista científica Nature Astronomy, as amostras analisadas revelaram a presença das cinco bases nitrogenadas — adenina, guanina, citosina, timina e uracilo — necessárias para a construção de ADN e ARN.

Foram igualmente identificados pelos investigadores da Universidade Hokkaido, no Japão, os compostos xantina, hipoxantina e ácido nicotínico (vitamina B3).

Uma amostra de 121,6 gramas do asteroide Bennu chegou à Terra em 2023 à “boleia” da missão Osiris-Rex, da agência espacial norte-americana (NASA).

Tratou-se da maior amostra extraterrestre recolhida e enviada para a Terra.

Segundo uma das teses, os asteroides (corpos rochosos do Sistema Solar) contribuíram com água e componentes químicos essenciais para a vida na Terra há milhares de milhões de anos.

Embora os meteoritos na Terra provenham de asteroides, a interpretação dos seus dados “é desafiante” face à “exposição à humidade” da atmosfera e a “uma biosfera descontrolada”, refere a Universidade Hokkaido em comunicado, assinalando que “amostras imaculadas recolhidas de asteroides no espaço são os candidatos ideais”.

LER MAIS

MAIS LIDAS