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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

A LUA 47 ANOS DEPOIS

O homem pisou na Lua pela primeira vez em 20-07-1969 … já se passaram 47 anos. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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A LUA 47 ANOS DEPOIS

É provável que não te lembres ou nem sequer ainda tenhas nascido, mas já passaram 47 anos que o homem foi pela primeira vez à Lua. Célebre a frase: “um pequeno passo para um homem um grande passo para a humanidade”. A primeira visita do homem à Lua a bordo da missão Apollo 11, da Nasa. Embora não tenham faltado promessas de que retornaríamos ao solo lunar, nunca visitamos nosso satélite natural depois da segunda missão à Lua, a Apollo 12, e é provável que não voltaremos lá tão cedo.

A corrida espacial foi com certeza um dos maiores marcos da guerra ideológica travada entre os EUA e seus aliados contra a União Soviética e aqueles que a apoiavam. Embora os russos tenham conseguido mandar o primeiro homem ao espaço, o astronauta Iuri Gagarin, em 1961, muitos têm os EUA como o ganhador desta “corrida”, já que oito anos depois, o piloto de testes Neil Armstrong foi o primeiro ser humano a pisar e caminhar sobre a superfície da Lua.

Apesar de muitos não conseguirem relacionar os fatos, as circunstancias sob as quais a missão Apollo 11 foi realizada respondem muitas das perguntas sobre o motivo de nunca mais termos voltado ao satélite natural. Na época, a ida à Lua era uma cartada final do “Tio Sam” para uma disputa na qual os soviéticos estavam com uma boa vantagem: até 1969, a URSS já tinha mandado uma série de veículos para o espaço, incluindo a cápsula Vostok, responsável por levar Iuri Gagarin ao espaço, e a Sputnik 2, que três anos antes, fez a cadelinha Laika ficar famosa em todo o mundo por ser o primeiro ser vivo a chegar à órbita da Terra.

Se pensarmos que os EUA precisavam de algo realmente grande para superar seus inimigos ideológicos, fica mais fácil compreender por que John F. Kennedy, presidente dos EUA de 1961 até seu assassinato em 1963, comprometeu o governo norte-americano a levar um de seus homens à Lua, e trazê-lo de volta em segurança até o fim dos anos 60. Nos dias actuais, não existe mais essa necessidade em comprovar seu poderio militar e espacial, então a máquina norte americana, junto do que restou da antiga União Soviética, passou a focar a sua actividade em objectivos mais rentáveis e de maior benefício em curto prazo: em 2010, o presidente dos EUA, Barack Obama, cancelou o programa Constellation, que prometia uma missão de volta à Lua até o ano de 2020. Três anos depois, em 2013, o administrador da Nasa, Charles Bolden, afirmou que a agência actualmente não tem planos de voltar ao satélite com um ser humano, e que as coisas devem continuar assim durante muitas décadas. Sim, “décadas”.

Os custos de uma viagem à Lua não compensam face ao que é espectável descobrir na Lua. Na verdade, muitos dizem que tudo de importante que podemos descobrir da Lua será possível encontrar por meio de mera observação, já que ela está relativamente próxima do nosso planeta. O alto preço envolvido na ideia, junto da baixa probabilidade da visita trazer reais benefícios ao conhecimento científico, reduzem a possibilidade dos EUA ou algum país envolvido em pesquisas espaciais decidir visitar o nosso satélite natural. De qualquer forma, a sensação nostálgica de algo que grande parte de nós sequer viveu, assim como o fascínio que o espaço causa sobre a maioria das pessoas, acabam por manter a esperança de que algum dia nós possamos voltar à Lua com os avanços da tecnologia actual.

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PAÍSES DA EUROPA, ÁSIA, AMÉRICA E OCEÂNIA “BLOQUEIAM” DEEPSEEK

Em pouco mais de uma semana países da Europa, Ásia, América e Oceânia decidiram bloquear o uso da plataforma de inteligência artificial (IA) chinesa DeepSeek aos seus funcionários, depois desta agitar o mercado com um barato modelo de código aberto.

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Em pouco mais de uma semana países da Europa, Ásia, América e Oceânia decidiram bloquear o uso da plataforma de inteligência artificial (IA) chinesa DeepSeek aos seus funcionários, depois desta agitar o mercado com um barato modelo de código aberto.

Quando menos se esperava, em 20 de janeiro a DeepSeek divulgou o seu último modelo de IA, o R1, que disse ser comparável ao o1 da OpenAI, criadora do ChatGPT, no que respeita à resolução de problemas matemáticos, programação e inferência de linguagem.

Lançada em 2023 pelo fundo chinês High-Flyer Quant, a DeepSeek oferece serviços 95% mais baratos que o modelo o1 da OpenAI, mas tem suscitado dúvidas relativamente a questões de segurança, nomeadamente em termos de gestão de informação por parte de Pequim, e suspeitas de ter infringido patentes tecnológicas norte-americanas para criar a sua própria concorrência.

Este novo modelo agitou as bolsas mundiais, mas também aumentou o estado de alerta sobre a segurança dos dados.

E 11 dias depois, em 31 de janeiro, o Congresso norte-americano proibiu os seus funcionários de usar a DeepSeek, advertindo que há evidências da existência de “atores” que “já estão a usar DeepSeek para distribuir ‘software’ malicioso e infetar dispositivos“.

Foram ainda tomadas medidas de segurança para restringir a funcionalidade da IA chinesa em todos os dispositivos do Congresso e proibida a sua instalação em qualquer telemóvel, computador ou ‘tablet’ oficial.

Na Europa, a Itália foi um dos primeiros países a avançar com a proibição, em 30 de janeiro, medida tomada pela entidade responsável pela proteção de dados, que ordenou a proibição “urgente e imediata” da DeepSeek ao não ter recebido a informação pedida um dia antes à tecnológica chinesa.

A mesma entidade abriu uma investigação à DeepSeek.

O governo dos Países Baixos proibiu esta quinta-feira os funcionários de usarem a plataforma de IA chinesa por esta ser “sensível à espionagem” e depois da Autoridade de Proteção de Dados do país instar os cidadãos a serem prudentes no uso desta plataforma.

Da Irlanda, a Comissão de Proteção de Dados (DPC), um dos principais reguladores da União Europeia (UE), solicitou na semana passada à DeepSeek informações sobre a gestão de dados privados dos utilizadores neste país, preocupada com a possibilidade de a informação privada dos clientes ser armazenada em servidores localizados na China.

“Escrevemos à DeepSeek solicitando informações sobre o processamento de dados realizado em relação a assuntos na Irlanda”, disse o vice-comissário da DPC, Graham Doyle.

Noutro continente, vários ministérios sul-coreanos decidiram suspender o acesso destes aos seus computadores, pelas mesmas suspeitas, uma medida que foi igualmente tomada pelo governo australiano.

Também Taiwan tomou a mesma decisão de bloquear a DeepSeek, pelo “risco para a segurança”.

Depois da chinesa Huawei, que foi banida das redes 5G em muitos países, entre os quais Portugal, por questões de cibersegurança, e com a proibição do TikTok nos Estados Unidos suspensa para já, a DeepSeek é a empresa que se segue nos receios acerca da segurança de dados e de espionagem.

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LEI CIBERSEGURANÇA PROÍBE “FORNECEDORES DE RISCO” E PERMITE ‘ETHICAL HACKING’

O ministro da Presidência afirmou hoje que o novo regime de cibersegurança tem soluções inovadoras como a exclusão da responsabilidade criminal no ‘ethical hacking’ e permite a proibição de fornecedores e equipamentos de elevado risco para a segurança nacional.

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O ministro da Presidência afirmou hoje que o novo regime de cibersegurança tem soluções inovadoras como a exclusão da responsabilidade criminal no ‘ethical hacking’ e permite a proibição de fornecedores e equipamentos de elevado risco para a segurança nacional.

António Leitão Amaro falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Ministros que aprovou a proposta de lei do novo regime jurídico de cibersegurança, que transpõe a diretiva europeia NIS2 [Network and Information Security].

“Esta foi uma consulta pública, como vos disse, muitíssimo participada”, pelo que “tivemos que a estender porque havia um interesse tão grande, 149 contributos que levaram a algumas alterações relevantes”, salientou o governante.

“Queria também destacar, entre essas várias medidas que adotámos, também soluções inovadoras e criativas, como a exclusão de responsabilidade criminal no chamado ‘ethical hacking’, quando há uma, se quiserem, uma função e uma atuação de prevenção de identificação de vulnerabilidades com intrusão, mas sempre com a vantagem e com o interesse de proteger os sistemas informáticos de um terceiro”, apontou.

A diretiva permite, “e há países que o poderão não querer fazer, mas nós entendemos que vale a pena”, acrescentou, quando questionado sobre o ‘ethical hacking’.

“Há pessoas que se dedicam num espírito – e isso tem de ser demonstrado no caso – de defesa do interesse comum e da segurança comum a identificar vulnerabilidades em sistemas de outras organizações”, prosseguiu.

E “podem fazer incursões nesses sistemas, identificar a vulnerabilidade se e desde que reportem a vulnerabilidade e não tenham retirado vantagem, dados para si, ou para terceiros, com essa atuação, o ‘hacking’ que existe é considerado ‘ethical'”, explicou o ministro.

“Ou seja, ético, ou seja, de interesse público, ou seja, uma parceria, se quiser, pública-privada para policiamento das vulnerabilidades”, especificou Leitão Amaro.

Neste caso, a opção do Governo é “achar que há um ganho nessa parceria público-privada” e, por isso, “devemos excluir a responsabilidade” mediante o cumprimento daqueles requisitos, apontou.

Este é “também um regime jurídico que permite a proibição de fornecimentos e fornecedores e equipamentos de elevado risco para a segurança nacional”, destacou.

Trata-se de um “conjunto amplo de medidas que naturalmente iremos discutir com o parlamento, mas numa versão já muito robustecida que coloca Portugal entre os primeiros a ter o seu novo regime jurídico de cibersegurança avançado, mas tendo um grande equilíbrio entre nível muito elevado de proteção e de segurança, que vai implicar um grande esforço e uma grande adaptação a nível nacional e custos”.

Mas, por outro lado, “mitigar ao máximo esses custos, é uma reforma verdadeira de um espaço que tem sido esquecido”, rematou António Leitão Amaro.

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