REGIÕES
FARO: LIGAÇÃO FLUVIAL LUSO-ESPANHOLA PELO GUADIANA INTERROMPIDA
A ligação fluvial entre Vila Real de Santo António e Ayamonte (Espanha) vai ser interrompida na terça-feira e só deverá ser retomada em dezembro, disse fonte da empresa portuguesa que assegura o serviço em parceria com uma espanhola.
A ligação fluvial entre Vila Real de Santo António e Ayamonte (Espanha) vai ser interrompida na terça-feira e só deverá ser retomada em dezembro, disse fonte da empresa portuguesa que assegura o serviço em parceria com uma espanhola.
Francisco Santos, gerente da Empresa de Transportes do Rio Guadiana, que gere a embarcação portuguesa da ligação por “ferry” entre as duas margens junto à foz do rio, explicou à agência Lusa que na base desta interrupção do serviço está uma decisão da embarcação espanhola de deixar de operar devido aos efeitos da pandemia de covid-19, numa altura em que o “ferry” português está no estaleiro para manutenção e renovação de licença caducada para poder voltar a operar.
“Quando uma das embarcações tem de ir ao estaleiro para reparações e para renovação de licença, a outra mantinha o serviço em atividade, mas a empresa espanhola decidiu deixar de operar porque há pouco movimento e não lhe compensa manter o serviço”, afirmou Francisco Santos.
O serviço esteve suspenso entre março e julho, no período em que as fronteiras europeias estiveram encerradas devido à primeira vaga de covid-19, mas agora nada fazia prever a paragem, comunicada pela empresa espanhola à congénere portuguesa.
“A tradição dos mais de 80 anos” de serviço em parceria apontava para que a embarcação de Ayamonte assegurasse o serviço até a de Vila Real de Santo António ter o a reparação e licenciamento concluídos.
“Eles decidiram parar a sua embarcação a partir de 03 de novembro e o serviço só deverá ser retomado em meados de dezembro”, previu Francisco Santos, perspetivando que, nessa altura, a embarcação portuguesa já tenha o processo de licenciamento concluído.
O representante disse que a empresa portuguesa “tem feito um esforço enorme para, mesmo com a perda de receitas — às vezes só se transportam quatro pessoas -, manter os postos de trabalho” e “não deixar os trabalhadores em dificuldades numa altura de crise”, mas “os espanhóis não têm esse problema porque quem opera a embarcação são os sócios da empresa”.
“A empresa espanhola alega que o movimento já não permite fazer frente aos gastos e vai ter de deixar de operar devido à pandemia”, lamentou Francisco Santos, frisando que a empresa portuguesa “também tem tido perdas de 80%”, mas “tem feito um esforço enorme para manter a atividade”.
Com a paragem da carreira fluvial mais a sul entre Portugal e Espanha, a única ligação entre o Algarve e a Andaluzia ativa é a ponte internacional do Guadiana, que liga Castro Marim, a cerca de cinco quilómetros a norte de Vila Real de Santo António, e Ayamonte.
A Lusa tentou obter esclarecimentos da Empresa de Transporte Fluvial del Guadiana S.L., responsável pela operação da embarcação espanhola, mas sem sucesso.
A intenção de paragem do serviço a partir de 03 de novembro foi, no entanto, anunciada pelo Ayuntamiento de Ayamonte nas redes sociais, onde dá conta de ter sido informado pela empresa de que, perante as circunstâncias provocadas pela pandemia de covid-29, teria de “suspender as ligações” entre as duas cidades fronteiriças “apenas durante um curto período de tempo, enquanto se estabiliza a situação sanitária”.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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